Árvore genealógica de Maria José de Queiroz


avós
paternos
José Joaquim de Queiroz + Amélia Borges da Costa
PAI
José Joaquim de Queiroz Junior (Juca - Queiroz Jr)
08-12-1870 - Rio de Janeiro (RJ) (Brasil)
 †  15-09-1919 - Rio de Janeiro (RJ) (Brasil)
avós
maternos
Luiz Alves Pereira Machado + Anna Xavier Palhares
MÃE
Laura Palhares Machado (Laura Machado - Laura Queiroz)
11-04-1874 - Rio de Janeiro (RJ) (Brasil)
 †  29-12-1941 - Rio de Janeiro (RJ) (Brasil)

IRMÃO(s)
Maria José de Queiroz
1911

Maria José de Queiroz
(Jujuca)
15-11-1911 - Rio de Janeiro (RJ) (Brasil)
 † 06-11-1984 - Rio de Janeiro (RJ) (Brasil)
(idade: 73 anos)
 
CÔNJUGE(s)
Belarmino Maria Austregésilo de Athayde
cc em 12-07-1933 - Rio de Janeiro (RJ)
25-09-1898 - Caruaru (PE) (Brasil)
 †  13-09-1993 - Rio de Janeiro (RJ) (Brasil)


   NOTAS


Livro: Queiroz, Borges da Costa, Machado & Palhares - Genealogia e Histórias

- Em carta de 22 out 1911 [JJQJr para Laura] sobre o bebê que Laura Queiroz está esperando (que nasceu em 15 nov 1911 e se chamou Maria José - Jujuca) Há apenas um ponto do qual nunca conversamos de nome no caso de ser menina. Sem ser positivista, sou partidário dos nomes duplos e lembraria para a nossa filhinha, se assim for, o nome das duas tias Margarida e a Bijou, ou seja Julia Margarida ou Margarida Julia, como te parecer melhor a colocação dos dois nomes.

- Em carta de 21 nov 1911 [JJQJr para Laura], de volta a Esperança depois do nascimento da terceira filha, escreve: Muitas festinhas às duas, beijos a Maria José e lembranças aos teus - o que mostra que o nome escolhido foi Maria José. - e em seguida recebeu o apelido de Misé. Em carta de 19 abr 1912, o avô Luiz Machado já se refere à neta como Jujuca, apelido que usará durante toda a vida.

 

Os miosotis

Para Jujuca

Esperança 14 set 1912

Anna Amelia de Queiroz

 

Quando eu fitava ao sol as pétalas de safira

Dos miosotis gentis, orvalhados na aurora,

Eu ficava a pensar que o azul que o céu colora

daquela doce cor tão azul os vestira.

 

Estou bem certa, enfim, de que não me iludira.

Foram feitas do céu, estou bem certa agora,

As florinhas gentis ora tristonhas, ora

balançando-se a rir, à brisa que suspira.

 

Quem me contou... não sei... Sei que uma vez o dia

Raiara mais brilhante; o azul estava sem véu,

E quando em pleno azul o belo sol ardia,

 

Derreteu ao calor de seus raios - archotes

De surifulgente luz - um pedaço do céu,

E essas gotas azuis formaram os miosotis.

 

- Em carta de 15 nov 1914 [Laura para JJQJr] A Zuleika veio almoçar com a Zuzu e a governante. O Alberto foi ver a posse. Ela muito amável e carinhosa com todos contou muita coisa de Paris e distraiu-nos bem até de tarde, desceu às 17 1/2. O baile de Jujuca engrossou pois quando Zuleika saiu, entraram as meninas Buarque e Eugênio [Gudin] que chegou da Europa na quinta feira. Ele mandou-te um abração. Jantou também o Paulo Mattos que veio dar a notícia do match Flamengo Fluminense, e as meninas convidaram para jantar. Vês que esteve grosso o baile. A tua falta é que me foi imensamente sentida. Paciência.

- Em carta de 15 jan 1915 [JJQJr para Laura] Contraria-me bem não me ser, em absoluto, possível alugar uma casinha em Paquetá ou Icaraí, para que Jujuca além dos banhos, pudesse respirar o ar marinho. Se fosse um caso extraordinário, não mediria sacrifícios para a saúde dela, mas não sendo, felizmente, julgo que seria uma loucura fazê-lo nesse momento. O que podes fazer é dar, com ela e as meninas, um passeio na praia, todos os dias depois do banho. Não tenho bem presente a topografia do local dos banhos atualmente, mas penso que pode-se vir pela avenida de Ligação, da rua onde fica o estabelecimento, até o largo do Machado, beirando o mar. Sendo isso como penso possível, ela terá além dos banhos, uma meia hora ou mais de banhos de ar salino, muito bons para a tonificação geral do organismo e que no momento substitui mais ou menos o ar constante da praia. 

- Em carta de 17 jan 1915 [Laura para JJQJr] é mesmo uma maçada ter que transportar tanta coisa, mas para dois meses é preciso ter roupa que chegue. I Dr. Fernando acaba de sair e disse-me que é preciso variar um pouco a alimentação de Jujuca; aos poucos ela irá gostando de outras coisas... Leite antes do banho e ao chegar em casa. Muita regularidade nas horas. Os banhos de três ou quatro mergulhos, pouco espaçados. Deus permita que ela lucre bem com o tratamento.

- Em 21 jul 1916 [A Notícia] Tarde azul maravilhosamente transparente. Sem destino resolvo passear os nossos jardins e com a alma contente e sensível a toda a beleza que se deparar diante dos olhos, vou pela Glória ao Flamengo, contemplando as belezas da nossa Guanabara. é uma desolação o abandono de tanto recanto pitoresco. (...) Filosofando continuo até Botafogo onde tenho a ventura de encontrar a alegria de um bando alacre de crianças. é dia de espetáculo no Guignol e esperando o momento de aplaudir os grandes artistas que, dentro em pouco farão as delícias daquela minúscula plateia, a petizada corre alegre e satisfeita daquela liberdade, enquanto as governantes um pouco afastadas discutem sobre a guerra.  é um canto de Paris. Aproximo-me encantado com aquele espetáculo, chamo a mais pequenita delas, pergunto-lhe o nome: chama-se Lilise, é este o seu petit nom, é um mimo, um bibelot de Saxe, exprime-se em francês que é de resto a língua oficial daquela petizada; aproxima-se a sua irmã Maria da Glória, são as filhinhas do Dr. Tigre de Oliveira, (...) e a trigueira Zuzu, filhinha do Dr. Alberto de Queiroz, com mil cuidados com sua priminha, a muito loura Jujuca do Dr. Queiroz Junior.

- Em cartão de 18 jan 1921 Machado, Podes prevenir à Laura que comprei hoje as 100 apólices para a filinha dela, à razão de 797$000, preço mais baixo porque se venderam hoje em Bolsa. No sábado estarão transferidas e 2a. ou 3a. prestarei contas no Juízo. Adolpho Simonsen

- Em cartão de 27 jan 1921 Ilmo. Sr.  Adolpho Simonsen, Corretor de Fundos Públicos, José Caetano Machado, escrivão do 1 ofício da 2a. Vara de órfãos, cumprimenta e roga a fineza de informar (se esteja no seu conhecimento) a residência da Exma. Sra. D. Laura Machado de Queiroz, inventariante do espólio do seu marido Dr. José Joaquim de Queiroz Junior, a qual senhora, por intermédio de seu pai Sr.  Luiz Alves Pereira Machado, promoveu a extradição de um alvará para compra de apólices em nome da sua filha menor Maria. Agradece. 

- Em 28 jun 1929 viajou para Europa com sua mãe no SS Ourânia. Em carta de Laura do dia 7 jul: Jujuca dança muito todas as noites e teve o segundo prêmio no baile à fantasia. Estava linda (fora o corujismo) e todos encantados por ela. A argentina que tirou o primeiro prêmio estava bem, mas diz a maioria que houve cabala e a diferença de votos foi mínima entre as duas. 

- Em carta de 17 ago 1929 (Laura para Anna Amelia) Viemos hoje cedo de Lausanne a Montreux e daí a Aigle para tomar o elétrico cremalheira e subir, subir até aqui [Leysin], onde vínhamos apenas por 50 minutos (intervalo dos trens) visitar o Henrique, mas ele ficou tão contente de nos ver e pediu tanto, que resolvemos ficar para jantar com ele, dormir e seguir amanhã às 7 1/2.  Não imaginas como ficamos todos comovidos; o Henrique está outro, forte, corado, gordo que parece incrível. 

- Em 1 dez 1931 [Revista da Semana] Noivados: a senhorinha Maria José de Queiroz e o Dr. Austregésilo de Athayde.

- Em 12 jul 1933 [Diário Carioca] Casamentos - Enlace Maria José Queiroz - Austregésilo de Athayde: Realiza-se hoje o enlace matrimonial da Srta. Maria José de Queiroz, filha do Dr. Queiroz Junior, já falecido, e de D. Laura Machado Queiroz, e fino elemento da nossa sociedade, com o Dr. Austregésilo de Athayde, filho do desembargador Feliciano de Athayde e de D. Constância Austregésilo de Athayde e um dos mais altos valores de nossa imprensa sendo atualmente diretor dos Diários Associados.  O ato civil se realizará às 16 horas na casa da noiva à rua Marquês de Abrantes, 189 e o religioso às 17 horas na igreja do Sagrado Coração de Jesus, à rua Benjamin Constant.  Paraninfarão a cerimônia civil por parte da noiva o comandante Joaquim Costa e sua senhora D. Laura Margarida de Queiroz Costa, e por parte do noivo o Dr. Gustavo Garnett e sua senhora D. Paula Garnett. Na cerimônia religiosa serão padrinhos da noiva o Sr. Marcos de Mendonça e a poetisa Anna Amélia Carneiro de Mendonça, e do noivo o Dr. Assis Chateaubriand e D. Adelaide Paula Lopes. Os noivos que contam em nossa sociedade com um grande número de simpatias e amizades, seguirão ainda esta semana para Buenos Aires em viagem de núpcias.

- Em 13 jun 1956 (Diário de Noite) As Bandeirantes precisam de dinheiro para terminar a construção da sede na av. Marechal Câmara. Para angariar fundos Maria José Austregésilo de Athayde, fará cinema. Jujuca, presidente das Bandeirantes, é uma das senhoras que mais trabalham pelas boas causas. Autêntico baluarte das iniciativas de verdadeira solidariedade humana na capital da República. O cinema será no próximo dia 29, com o filme Vinte Mil Léguas Submarinas de Walt Disney, no Astória, às 22 horas.

- Em 8 jul 1956 [Diário de Notícias] Entrevista - em 1941 (com a morte de sua mãe, Laura), assumiu a tesouraria da Pro Matre em seu lugar, passando depois para a Secretaria, cargo que ocupava ainda em 1956. Além de seu trabalho na Pro Matre e nas Bandeirantes, sou a secretária particular do meu marido. Sou eu quem bate à máquina seus artigos, respondo cartas, organizo seus arquivos, classifico seus trabalhos publicados. Como mãe me esforço muito para compreender os problemas da mocidade atual. é difícil a gente se habituar à mentalidade dos nossos filhos, mas me julgo na obrigação de entendê-los e creio que o consigo. Quero sempre ser deles não apenas a mãe, mas principalmente a companheira e a amiga.

- Em out 1956 [Gazeta de Notícias] Era presidente da Federação das Bandeirantes do Brasil.

- Em 8 nov 1984 (última Hora) Sepultamento: Foi enterrada no Mausoléu dos Imortais da Academia Brasileira de Letras, D. Maria José Queiroz Austregésilo de Athayde, D. Jujuca, ex-presidente da Federação das Bandeirantes do Brasil e mulher do escritor e jornalista Austregésilo de Athayde, presidente da Academia Brasileira de Letras e do Jornal do Comércio.

Links externos


Casamento Jujuca e Athayde

descrição: Filme amador do fundo Austragésilo de Athayde, do acervo da Academia Brasileira de Letras. Digitalizado no LUPA, em 2024, a partir de material reversível silencioso, em 9,5mm.

Álbuns


Anna Amelia & Laly



26 fotografias.



Residências - Marques de Abrantes - a casa

Rua Marquês de Abrantes, 189 - Casa para onde se mudaram Laura Machado Queiroz, após a morte de seu marido José Joaquim de Queiroz Junior, suas filhas Anna Amelia e o marido Marcos Carneiro de Mendonça e a filha nascida em 1918 Marcia, Laura Margarida (Laly), Maria José (Jujuca), e as irmãs de Laura, Margarida, Maria Luiza e América.

26 fotografias.


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