História de João do Rêgo Maranhão


1-9-1859 - Quixeramobim . 8-12-1940 - Carolina [idade: 81 anos]

   NOTAS


Livro: Os descendentes de José do Rêgo Trigueiro e Flora Francelina do Rêgo Maranhão - Genealogia e Histórias

- Em out 2000 [Revista Século XX - Gente que fez Carolina] João do Rego Maranhão, construtor e comerciante, foi um homem decidido, de coragem e muito trabalhador. Não foi muito chegado às letras. Foi de pouca instrução mas de muito caráter e dignidade. Foi um exemplo de pessoa que lutou para sobreviver. Nasceu em Quixeramobim, no Ceará, no dia 1o de setembro de 1862. Era filho de José do Rego Trigueiro e de Flora Maranhão, ambos cearenses. Foi um jovem que não teve oportunidade para se dedicar aos estudos, mesmo os iniciais, pois sua família vivia lutando com dificuldades contra a seca que assolava a região. Aos quinze anos de idade, com a grande seca de 1877 atingindo não só o Ceará como todo o nordeste, transferiu-se para Carolina juntamente com os seus pais e irmãos. Todos foram bem recebidos na nova cidade que lhes oferecia muita água e terra para agricultura. A maioria da sua família foi para o sertão, alguns lavradores e outros vaqueiros; João do Rego ficou na cidade e como era um bom pedreiro inicialmente essa foi a sua profissão em Carolina.
João do Rego talvez o mais inteligente, foi se projetando na cidade, melhorando de vida e conquistando boas amizades como a do coronel Alípio Carvalho, do Bernardino Aqui Pereira, do Pedro Jácome e outros. Decorridos alguns anos, toda a irmandade deixou o sertão e veio para a cidade iniciando nova vida. Já bem de vida, como comerciante, João do Rego casou-se com sua prima que também fazia parte do grupo vindo do Ceará, Cândida Cavalcante Maranhão, filha de Raimundo Maranhão e de Ana Joaquina Cavalcante Maranhão, todos cearenses da vila de Iracema. Desse casamento nasceram os seguintes filhos: Nelson, Othon, Perolina, João Américo e Catão.
Com a melhora dos seus negócios, João do Rego foi o primeiro comerciante de Carolina a fazer compras na Bahia utilizando-se de embarcações, rios, tropa de burro e etc. até chegar em Pirapora e daí a Salvador. Era a chamada rota do rio do Sono; na volta chegava a Carolina de balsa de talos de buriti. Essa mesma viagem foi depois feita por Alípio Carvalho.
Em determinada época João do Rego exerceu os cargos de Juiz e Delegado, desempenhando ambos com autoridade e sensatez. Dessa maneira João do Rego passou a viver bem e teve condições de educar todos os seus filhos, por sinal, exemplos de cultura carolinense. João do Rego faleceu em Carolina no dia 8 de dezembro de 1940, deixando toda a sua experiência para o desenvolvimento da cidade. Familiares, amigos e conterrâneos sentiram, bastante sua morte. Merecidamente esta revista o homenageia.
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