História de Eliana Laura Carneiro de Mendonça (Mananinha)


17-5-1920 - Rio de Janeiro . 19-12-1920 - Rio de Janeiro

   NOTAS


Livro: Os Carneiro de Mendonça

Livro: Queiroz, Borges da Costa, Machado & Palhares - Genealogia e Histórias

- Cemitério São João Batista, Rio de Janeiro, RJ, túmulo 5703.

- Em cartão de 16 dez 1920 [Julia Machado para Anna Amélia) Cara Anna Amélia. Como tem passado a Eliana? Desejo que melhorando bem, e todos mais com saúde.

- Em cartão de 16 dez 1920 [Olga Machado para Anna Amélia] Minha cara Anna Amélia. Venho fazer uma visitinha a Eliana, desejando muito que ela esteja passando bem.

- Em carta de 23 dez 1920 Estação de José Leite, Rede Sul Mineira, Vista Alegre 23 - 12 - 1920 Anna Amélia e Marcos, Ontem, por uma cartinha de Fabio, soube que perderam a sua Elianinha e venho nesta lhes enviar um pesaroso abraço. Compreendo o que devem sentir nesse momento, porque também eu passei por esse sofrimento e de todo o coração desejo que na mutua resignação, encontrem algum consolo. Saudades a D. Laura e a Laly. De quem muito os aprecia, Chiquinha [Francisca de Assis Araújo casada co Carlos Carneiro de Mendonça, irmão de Alberto Carneiro de Mendonça]

- Em carta de 26 dez 1920 Aos prezados primos Marcos e Anna Amélia. Acabo de ser surpreendida com a notícia de haver falecido a pequenina Eliana. Não tenho palavras para lastimá-los porque qualquer uma seria pálida e inexpressiva para traduzir o horror da morte de um filho adorado. Como mãe que sou, peço que aceitem minha coparticipação à incalculável dor que os esmaga. Nada mais lhes posso dizer, senão que sinto imensamente o desgosto que sofrem. Da prima  Honorina, Petrópolis 26-12-920 [Honorina Guimarães, casada com João Paulo de Carvalho Tolentino, primo de Marcos, filho de sua tia Laura, irmã de seu pai Alberto Carneiro de Mendonça].

- Em carta de jan 1921 - papel timbrado: Abílio Machado, advogado, Santa Rita Durão, 1143, tel. 754 Sul, Belo Horizonte - Minha querida Anny, Só agora com grande surpresa e profundíssima dor d'alma, tivemos notícias da grande infelicidade que caiu sobre o teu lar em dias do ano que se findou! Com o meu Abílio que infelizmente já sofremos o mesmo que vocês estão, venho por esta trazer-te e ao Marcos bem como a D. Laura e Laly, o nosso abraço muito amigo, muitíssimo sentido e muito sincero! Desde que pelo Guilherme tive a dolorosa notícia, o meu pensamento a todo instante vem a figurinha linda do teu anjinho que se foi e um pesar profundíssimo se apodera de mim! Minha amiga, nos teus momentos de desespero, de mágoa, de dor, quero que pense sempre que estou cá de longe te acompanhando com o pensamento, pois a todo instante que intimamente choro a minha Marina, lembro-me muito das amigas que já sofreram a mesma desdita e as lamento sinceramente. Só a Divina Providência te trará remédio, a tua dor só o tempo correndo te habituará a sofrer a falta que sentes, mas o lugarzinho no coração, jamais será preenchido e a saudade atroz será tua constante companheira. Adeus. Mais uma vez te abraçamos, eu e o meu marido, a ti e ao teu. Da amiga de sempre Lucinha (?) A minha trindade, Marita, Abílio, Abel, envia à Marcia muitos carinhos.

- Em carta de 22 ago 1924, escrita em Milão, Itália, D. Laura conta a Marcos e Anna Amelia que encomendou o mármore para o túmulo da Mananinha. O mármore, que foi comprado em Gênova, levará 2 meses para ficar pronto (trabalhado) e mais 1 mês para ir de navio cargueiro, e ela gostaria que tudo estivesse pronto para 18 de dezembro.

- Em carta de 22 ago 1929 (de Laura em Milão para Anna Amelia e Marcos)  .. e este assunto não é nada alegre. é a sepultura da Mananinha.  Tratei em Genova o bloco de mármore rosa, mais ou menos como Anni quis o de São Paulo, pelo que me lembro. Fui ao cônsul pedir que fiscalizasse o marmorista para que seguisse tudo bem direito e ele e o auxiliar, Waldemar Araújo, foram amabilíssimos, não me deixando pagar tudo logo.  Dei um sinal ao homem e o resto, inclusive frete, etc., deixei no Consulado para que eles pagassem ao homem depois do bloco no cais e fizessem toda a despesa de embarque, frete, impostos, etc. etc.  Marcos será avisado e peço que logo que chegue dê providências para ser retirado e transportado; terá que pagar (por minha conta) só os direitos do Brasil, que dizem eles para mortos tem um grande abatimento (creio que 50%).  Anni, manda colocar a teu gosto. Caso não gostes do modo por que foi cavado, chama um operário que te compreenda e manda modificar a teu gosto pois expliquei muito, Jujuca desenhou e tudo mais, mas sabes que numa mistura de francês e português italianado, não sei se o homem compreendeu bem. Parece ter entendido o que eu disse pois repetia em italiano, mas pode não ter ficado como desejas.  Como é uma coisa rústica, podes mandar modificar.  Caso o Marcos não possa tirar mais dinheiro meu da Usina, na Locativa já devo ter algum da casa da Tijuca, e no banco, Jujuca já tem os 4 contos de juros e eu avisei ao Oromar que se eu precisasse, o Marcos iria lá ao Mercantil retirar com a procuração minha que tem.  Desejava muito encontrar ao chegar tudo pronto.  Apesar do marmorista ter pedido 2 meses para fazer e o frete ser em vapor de carga que leva 1 mês, creio que talvez possa ficar pronto para 18 de dezembro. Fui ver agora o recibo que tenho do Consulado, e é de 9 de agosto.  Se chegar aí até fim de novembro, acho que poderá ficar pronto para essa data, não acham? Anni pode acompanhar alguma modificação para ficar bem como ela queria.  Não escrevi sobre isso antes, porque queria explicar bem  e é raro ter tempo para demorar-me nas cartas.

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