História de Gilda de Moraes Rocha


24-3-1919 - São Paulo . 25-12-2005 - São Paulo [idade: 86 anos]

   NOTAS


Livro: Os Carneiro de Mendonça

- Filósofa, crítica literária, ensaísta e professora universitária brasileira.  Nasceu em São Paulo e passou a infância na fazenda Santa Isabel de seus pais, em Araraquara, SP, retornando à cidade de São Paulo em 1930 para estudar no Colégio Stafford. Ingressou na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo em 1937, bacharelando-se em Filosofia em 1940. Integrou o grupo fundador da revista Clima, juntamente com seu futuro marido Antonio Candido. Recebeu o título de Doutora em Ciências Sociais com a defesa da tese intitulada "A moda no século XIX, em 1950". Estudou especialmente a obra de seu primo Mário de Andrade, escrevendo o roteiro para o filme de Ruy Santos (*1916) , A Casa de Mário de Andrade, 1955.  Em 1954 assumiu a disciplina de Estética no Departamento de Filosofia da USP, departamento que dirigidiu entre os anos de 1969 e 1972. Aposentou-se em 1973. Professora Emérita da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP em 1999, foi uma das principais pesquisadoras na área de estética e filosofia da arte. 

- Publicações

- A Idéia e o Figurado, Editora 34, São Paulo, 2005

- A lembrança que guardo de Mário, Gilda e Antonio Candido Mello e Sousa, Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, São Paulo: Instituto de Estudos Brasileiros, nº 36, p. 9-25, 1994 

- Os Melhores Poemas de Mário de Andrade, Seleção e Apresentação, Ed Global, São Paulo, 1988

- O Espírito das Roupas, A moda no século XIX, Ed Companhia das Letras, São Paulo, 1987

- Exercícios de leitura, incluindo o ensaio Teatro do Sul, Livraria Duas Cidades, São Paulo, 1980

- O Baile das Quatro Artes, Ed Livraria Duas Cidades, São Paulo, 1980

- O Tupi e o Alaúde: uma interpretação de Macunaíma, Ed Duas Cidades, São Paulo, 1979

- Tradução

- Arte e Sociedade, Roger Bastide, Ed Nacional, São Paulo, 1979

- Ascendência

- np. Cândido Lourenço Corrêa da Rocha (*Araraquara, SP), onde foi proprietário de importante fazenda de café, cc. Isabel do Carmo de Moraes Rocha (*16 jul 1856 São Paulo, SP).

- bnp. Comendador Joaquim Lourenço Corrêa (*Porto Feliz, SP), proprietário em Araraquara, SP das fazendas São Lourenço e Lageado, prestigioso político, de grande estima e elevado conceito em todo o Oeste do Estado, cc. Francisca Corrêa de Moraes.

- tnp. Major José Joaquim Corrêa da Rocha cc. Maria Pereira (ambos *Porto Feliz, SP).

- 4np. Francisco Corrêa de Moraes Leite (*ca 1760 Porto Feliz, SP †1835)  cc. Ana Francisca da Rocha (*Itú, SP).

- 5np. Tomaz Corrêa de Moraes (*ca 1730) e Isabel de Anhaia Leite.

- 6np. Francisco Corrêa de Moraes (*ca 1700) cc. Inês Cordeiro Monteiro (*Jundiaí, SP).

- por sua 5avó Isabel de Anhaia Leite, 6n. Antonio de Anhaia Lobo (* Itú, SP) c. 1724 Itú, SP c. Ana Cardoso.

- por sua b. Francisca Miquelina de Almeida Moraes, t. Major de Ordenanças Manoel José Leite de Moraes cc. Maria Luiza de Almeida.

- por sua avó Isabel Maria do Carmo de Almeida Leite Moraes, b. Joaquim de Almeida Leite Moraes (*10 maio 1834 Porto Feliz, SP) c. 1855 c. Ana Francisca (*São Paulo, SP).

- por seu b. Joaquim de Almeida Leite Moraes, t. Tenente Joaquim de Almeida Leite Moraes (* dez 1795 Porto Feliz, SP †29 jun 1854) c. 1830 Tietê, SP c. Isabel Rodrigues da Silva (†27 dez 1848 Tietê, SP). Joaquim D'almeida Leite Moraes, aos 27 anos, foi destacado como tenente na Barra de Santos (final 1822 a início 1823), no contingente de tropa Divisão Auxiliadora de Sertanejos de Sorocaba, das antigas milícias. De volta a Porto Feliz, em 1827, casou-se em primeiras nupcias com sua prima Carolina Correa de Moraes, transferindo-se com ela para Tietê, onde passaram a residir. Lá formou sua fazenda de cana de nome Palmeiras, no bairro de Ribeirão da Onça, com sede à margem esquerda do rio Tietê. Ficando viúvo em princípios de 1830 e em seguida também falecendo em tenra idade sua única filha, casou-se neste mesmo ano sua prima Isabel Rodrigues da Silva, com quem teve 13 filhos. Além dos afazeres da fazenda, negociava com tropas compradas no Rio Grande do Sul e vendidas no Rio de Janeiro. Ocupou em Tietê o cargo de Juiz de Paz, antes e depois da lei de 3 dez 1841, e o de vereador e presidente da primeira Câmara Municipal, de 1845 a 1849. Em 1848, falecendo sua segunda mulher, deixando vivos 10 filhos menores, casou-se em terceiras nupcias com sua cunhada e prima Maria Leite de Moraes, irmã de sua segunda mulher, com quem não teve filhos.  Foi homem probo, inteligente e laborioso, magnânimo para com os escravos, como para com os que dele se aproximavam.  Procurou sempre amparar os parentes pobres, criando-os e educando-os.

- por seu t. Joaquim de Almeida Leite Moraes, 4n. Manuel José Leite de Moraes (*Porto Feliz, SP) cc. Maria Luiza de Almeida. Seu 4avô Manuel José Leite Moraes era irmão de seu 4avô Francisco Corrêa de Moraes Leite, portanto seus anscestrais são os mesmos. Manuel José Leite de Moraes, ocupou em Porto Feliz, SP honrosos cargos de governança e foi proprietário de fazenda de cana, no bairro dos Pilões, onde fabricava açucar e aguardente. 

- por sua 4avó Maria Luiza de Almeida, 5n. José de Almeida Falcão (*Sorocaba, SP) cc. Maria Pinheiro (*Araritaguaba, SP).

- por seu 5avô José de Almeida Falcão, 6n. Mestre de Campo Antonio de Almeida Falcão (*Sorocaban, SP) cc. Gertrudes de Arruda Botelho (*Itú, SP). Foi o mestre de campo Antonio de Almeida Falcão, colaborador eficiente na formação do nosso Brasil. Depois de ocupar em Sorocaba honrosos cargos, acompanhou seu pai, o capitão-mor Fernando Dias de Almeida Falcão, nas suas, não poucas, entradas ao sertão, mormente na parte confinante com o Paraguai, então sob o domínio da Espanha.  Em 1726, foi por seus merecimentos, nomeado por D. Rodrigo Cesar de Meneses, mestre de campo.  Com a morte do seu pai em 1738, continuou à sua custa, o descobrimento nos sertões de minas de ouro, ganhando assim mais experiência da vida sertanista. Em 1753, quando aos 75 anos de idade procurava descansar das agruras e fadigas da vida do sertão, foi ainda chamado para um empreendimento à altura da sua bravura, o de assentar marcos divisórios com o Paraguai, empreendimento esse que só poderia ser entregue a paulistas acostumados aos sertões e à guerra aos índios.  Era preciso descobrir navegação que fosse dar ao vasto sertão entre o rio Grande (Paraná) e a vila de Corumatim, no Paraguai, para que pudessem ser colocados os marcos divisórios até a pagarem Sete Quedas. Seguiu antes para aqueles lados de Corumatim, como cabo de uma partida, o sargeto-mor José Custódio.  Diante dele porém, estava o grande sertão que o separava do Rio Grande (Paraná), povoado por índios conhecidos pela sua temeridade e que já tinham rechassado, por vezes, os castelhanos. O mestre de campo Antonio de Almeida Falcão, atendendo ao chamado, formou um corpo de 80 soldados de escopetas, e acompanhado do bravo João Raposo da Fonseca Leme, como seu valioso adjunto, partiu de Araritaguaba (Porto Feliz) pelo rio Tietê até o rio Grande (Paraná) e por este abaixo até às margens das Sete Quedas, onde deviam ser colocados marcos.  Tendo observado nessa descida que alguns rios originários do grande sertão, aquém de Corumatim, vinham desembocar no rio Grande (Paraná), escolheu um deles, o então chamado Camambaia, e por este seguiu por muitos dias até o porto denominado Guaicurus, onde com seus homens, desembarcou.  Tratou então de abrir daí, em pleno sertão, com grande risco, cerca de 15 léguas de picada até chegar a uma campanha, a poucas léguas de Corumatim, onde já se encontrava o sargento-mor José Custódio que viera pela campanha de Jacuí e que alí o esperava.  Os dois comandantes, reunidos e salvos, festejaram o encontro para o notável empreendimento e, com seus soldados formando um só corpo, conduziram os marcos e os foram assentando pela picada aberta e pelos rios Camambaí e rio Grande (Paraná) até as Sete Quedas.  Terminando o grande feito, os heróicos paulistas despediram-se, voltando o sargento-mór José Custódio, com seus soldados, para os lados de Corumatim, acompanhado de João Raposo da Fonseca Leme, que deliberara ficar alí, e voltando o mestre de campo Antonio de Almeida Falcão, com os seus camaradas, para São Paulo, onde foi recebido com calorosos louvores.

- por sua 5avó Maria Pinheiro, 6n. Marcelino Pinheiro de Almeida (*Nazareth) c. 1721 Itú, SP c. Josefa Bicudo Aranha (*Itú, SP).

- por sua b. Ana Francisca, t. Barbara Gomes da Silva.

- nm. Estacio Correia (*Paraná) cc. Elisa Candido Gomes (*Ilha do Governador, RJ)

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