Árvore genealógica de João Nogueira Rego


avós
paternos
José do Rêgo Trigueiro Junior + Flora Francelina do Rêgo Maranhão
PAI
Manuel do Rêgo Maranhão
- Quixeramobim (CE) (Brasil)
avós
maternos
- + -
MÃE
Ana Rosa Nogueira

IRMÃO(s)
João Nogueira Rego
1895

João Nogueira Rego
16-05-1895 - Carolina (MA) (Brasil)
 
CÔNJUGE(s)


   NOTAS


Livro: Os descendentes de José do Rêgo Trigueiro e Flora Francelina do Rêgo Maranhão - Genealogia e Histórias

- Em out 2000 [Revista Século XX - Gente que fez Carolina] João Nogueira Rêgo – Escrivão, intelectual, Poeta (1895 / 1951) – João Nogueira Rego foi um homem verdadeiramente extraordinário de inteligência privilegiada, culto, educado, excelente poeta, trabalhador, humilde e muito apegado à família.
Ainda não tinha nascido quando seu pai, Manoel do Rêgo Maranhão, cearense e sua esposa Ana Rosa Nogueira, maranhense de Fortaleza dos Nogueiras, partiram com os primeiros 5 filhos de Quixeramobim, CE fugindo da grande seca. Chegaram em Carolina em 1978. Anos depois nasceu o caçula no dia 16 de maio de1895.
Fez seus estudos iniciais com Aníbal Mascarenhas no Externado Veríssimo Vieira; a partir daí estudou com Euclides Maranhão, Raymundo Maia e José Queiroz no Colégio Almir Nina. Tornou-se praticamente autodidata pois estudava muito e sozinho todas as matérias do currículo escolar, principalmente o português. Devido ter que trabalhar, não prosseguiu para fazer um curso superior. Mas nem por isso deixou de estudar e ler. Lia muito se dedicando desde cedo à poesia.
Casou-se e, Boa Vista, GO (hoje Tocantinópolis/ TO) no dia 11 de agosto de 1928 com Maria Alves, mais conhecida por D. Mariquinha, filha de Nicolau Alves Correia e Maria Theodora da Paixão, ambos paraenses. Desse casamento nasceram: Hilda, Petrônio, Walmir, Aderson, Ana Rosa, Ênio, Dirce e Haldo. Teve ao todo 21 netos e 34 bisnetos e 1 trineto.
Através de nomeação foi escrivão titular do cartório do 2o Ofício de 1937 a 1948.
Desde cedo começou a colaborar com os jornais O Tocantins, O Sertanejo, A Tarde e O Jornal de Carolina, através de uma coluna literária onde eram publicadas as suas poesias.
Em 1947 a Associação de Intercâmbio Cultural de Guiratinga, MT promovendo e difundindo um dos mais expressivos valores de nossa poesia escolhe para homenagear o poeta João Nogueira Rêgo, oportunidade na qual mandou publicar várias de suas poesias e sonetos numa coletânea intitulada Poemas e Sonetos com prólogo do escritor e jornalista carolinense Raimundo Maranhão Ayres. Suas poesias foram traduzidas para o espanhol a fim de divulgar o grande cantor das paisagens e do bucolismo sertanejo.
Viveu a vida integrando-se no trabalho e na boemia da época e dela recebendo o indispensável estímulo para a feitura dos seus românticos versos. João Nogueira Rêgo tinha uma personalidade bastante cativante, era simples, comunicativo e tinha muitos amigos. Era amante das flores. Diariamente pela manhã colhia um ramo de jasmim em seu quintal e o colocava em sua mesa de trabalho. Vendo e sentindo aquele odor agradável, as coisas que lhe davam inspiração para suas poesias eram singelas, cheias de cheiro, luzes e cores. Destacamos suas obras literárias mais importantes: Vibrações, Evoluir, A Dor, Gênese e A Flor da Tapera. João Nogueira Rêgo transmitia seu sentimento em forma de poesia, com ritmo e beleza verbal e reunia em seus versos um mundo de sonhos, esperanças, sentimentos e fantasias. Tal era sua competência que muitos carolinenses lhe pediam, para fazer poesias expressando determinado sentimento, data ou mesmo uma paixão.
Além dessas atividades literárias, foi cronista, músico e comerciante, tendo composto a letra do hino do Ginásio do Sertão Maranhense.
Foi sempre um homem ligado às letras, nunca deixando de lado a leitura. No início da década de 1950 resolver fazer o curso de Direito de São Luís, por correspondência, porém acometido de grave doença veio a falecer em São Luís em 18 de dezembro de 1951. Esta merecida homenagem é um reconhecimento por tudo que fez pelo desenvolvimento de Carolina.
Copyrigth © 2021 . Priscilla Bueno