Árvore genealógica de Odolfo Ayres de Medeiros


avós
paternos
- + -
PAI
Honório Ayres da Silva
1850
 †  1934
avós
maternos
- + -
MÃE
Luzia Maria de Medeiros
- Carolina (MA) (Brasil)

IRMÃO(s)
Odolfo Ayres de Medeiros
1880

Odolfo Ayres de Medeiros
26-05-1880 - Carolina (MA) (Brasil)
 † 18-09-1940 - Caxias (MA) (Brasil)
(idade: 60 anos)
 
CÔNJUGE(s)
Adah Carvalho
03-05-1885 - Carolina (MA) (Brasil)
 †  1921 - Carolina (MA) (Brasil)

FILHO(s) de Odolfo Ayres de Medeiros e Adah Carvalho
Luzia Aires de Carvalho
1908 - Carolina (MA) (Brasil)

   NOTAS


Livro: Os descendentes de José do Rêgo Trigueiro e Flora Francelina do Rêgo Maranhão - Genealogia e Histórias

- Em out 2000 [Revista Século XX - Gente que fez Carolina] Odolfo Ayres Medeiros, educador, intelectual, professor, musicista (1880 / 1940) - Odolfo Ayres de Medeiros foi sem dúvida alguma um dos maiores educadores já passados por Carolina. De inteligência privilegiada, foi também grande intelectual juntamente com outros da sua época, Autodidata, nasceu em Carolina no dia 26 de maio de 1880. Filho mais velho de Honório Ayres da Silva e Luzia Maria de Medeiros, ambos carolinenses. Foram seus avós paternos Joaquim Ayres da Silva, de Porto Nacional/GO (hoje Tocantins) e Josina Barbosa Mascarenhas, de Carolina; e seus avós maternos Justino Antônio de Medeiros, pernambucano e Izabel Maria Conceição de Carolina.
Iniciou seus estudos em 1885 em Carolina. Com 10 anos devido ao seu notável talento para a música, iniciou também estudos da arte musical. A seguir foi para Barra do Corda e São Luiz onde cursou o nível secundário. Regressando a Carolina iniciou logo a tarefa de ensinar criando sua primeira escola em 1903, o Curso Noturno Secundário pelo qual passaram vários jovens da época que notabilizaram-se culturalmente mais tarde, como foi o caso de José Queiroz. Odolfo desde cedo tornou-se espiritualmente kardecista.
Foi casado em primeiras núpcias com Adah Carvalho Ayres, filha de Alípio Alcides de Carvalho e Rosa Sardinha, na época uma das mais importantes e conceituadas famílias locais. Tentou em 1907 com sua esposa Adah o comércio de mercadorias e borracha fora de Carolina. Ao regressar em 1908 voltou ao magistério e nesse ano nasceu a primogênita do casal Luzia, falecida. Em seguida nasceram Rosa, Ana (falecida), Alípio, Honório e Maria.
Mais tarde substituiu o professor Aníbal Mascarenhas ao seu nomeado diretor do Externato Público Secundário. Em 1917 fundou seu próprio colégio que em pouco tempo tornou-se o mais importante daquela região sertaneja, devido aos excelentes métodos de ensino e à capacidade de quem o dirigia, Odolfo Medeiros. Era o Colégio Carolinense, por onde passou a grande maioria dos estudantes da época. Odoldo lecionava letras e música. Preparou e editou uma cartilha que orientava os alunos quanto à ortografia da língua portuguesa. Além do conhecimento de português que possuía, Odolfo também era versado em francês e inglês. Organizou e fundou em parceria com seus irmãos Rodolfo e Osório a banda Euterpe Carolinense que era em suas apresentações, regida por Rodolfo Medeiros. Seu instrumento preferido foi a flauta com a qual fez figura importante fora de Carolina.
Com o falecimento em 1921 de sua esposa, contraiu segundas núpcias com Esimila Lopes filha de Antônio dos Santos Lopes e Germana Miranda e tiveram os seguintes filhos: Antônio (falecido), Orlando, Djalma, Adélman (falecido), José, Adah (falecida) e Teresa (falecida).
Odolfo Medeiros ocupou o cargo de Promotor Público em Carolina e o mandato de Deputado Estadual em São Luís.
Foi o responsável pelo traçado e abertura da estrada Barra do Corda / Carolina, juntamente com Justiniano Coelho, grande chefe político.
A cultura carolinense deve muito ao grande mestre que foi na realidade um dos maiores destaques da sua geração.
Em 1936 foi convidado para dirigir o importante Ginásio Caxiense na cidade de Caxias, MA e com as dificuldades existentes para sua própria sobrevivência em Carolina, para lá partiu em 1937 com a família, sendo nomeado diretor do ginásio e deixando grande lacuna em sua terra natal.
Em Caxias, ainda no exercício do cargo de diretor, faleceu em 18 de setembro de 1940 aos 60 anos. O povo de Caxias ofereceu-lhe um mausoléu. Posteriormente em 1959, nas comemorações do primeiro centenário da emancipação de Carolina, o então prefeito Genésio Gonçalves Maranhão em nome do povo carolinense o reverenciou com a ereção do seu busto numa das principais ruas que já tinha o seu nome, que também foi homenageado com seu nome num grupo escolar estadual, um instituto particular e uma biblioteca. Odolfo Medeiros foi um apóstolo da educação para todos os carolinenses. Esta homenagem à sua pessoa é mais do que justa pois foi em sua geração um dos heroicos idealistas e realizadores de Carolina.
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