Árvore genealógica de Raimundo Maranhão Ayres


avós
paternos
Honório Ayres da Silva + Luzia Maria de Medeiros
PAI
Osório Ayres de Medeiros
1889
 †  1977
avós
maternos
João do Rêgo Maranhão + Cândida Cavalcante de Albuquerque Maranhão
MÃE
Perolina Maranhão (Peró)
1892 - Carolina (MA) (Brasil)
 †  depois 1977

IRMÃO(s)
Raimundo Maranhão Ayres
1914

Raimundo Maranhão Ayres
03-10-1914 - Carolina (MA) (Brasil)
 † 1973
(idade: 59 anos)
 
CÔNJUGE(s)


   NOTAS


Livro: Os descendentes de José do Rêgo Trigueiro e Flora Francelina do Rêgo Maranhão - Genealogia e Histórias

- Em out 2000 [Revista Século XX - Gente que fez Carolina] Raimundo Maranhão Ayres, intelectual, jornalista, escritor e poeta (1914 - 1973) Raimundo Maranhão Ayres foi uma figura marcante na literatura brasileira. Foi uma estrela de grande luminosidade que brilhou um tempo relativamente curto. Foi um intelectual, um grande jornalista, escritor, poeta e atuou até em peças teatrais. Nasceu em Carolina no dia 3 de outubro de 1914 e era filho de Osório Ayres Medeiros e Perolina Maranhão Ayres, ambos carolinenses. Seus estudos primários foram feitos em sua terra natal no Colégio Carolinense de Odolfo Medeiros. Mas para dar continuidade aos seus estudos teve que ir para Belém, PA onde fez o curso de Contabilidade, formando-se em guarda-livros em 1931. Em Belém seus instintos para a leitura, principalmente para a literatura, despertaram tornando-se um intelectual de alto cunho, orador bastante fluente e jornalista.

Regressando à sua terra natal passou a outras atividades que não a de guarda-livros, importante para a época. Em 1933 foi um dos fundadores do Ideal Club, associação de jovens lítero-recreativa e de combate ao alcoolismo, sendo José Queiroz seu primeiro presidente. Atuou como jornalista colaborador no conceituado jornal da época A Tarde, onde passou a desenvolver essa importante atividade que fora iniciada em Belém quando estudante do Colégio Progresso Paraense, oportunidade em que fundou um jornalzinho manuscrito do grêmio literário. O teatro, arte cultural levada para Carolina por Aníbal Mascarenhas, passou a ser também a sua paixão. Em 1934 além de organizar pequenas peças, tinha uma coluna em A Tarde que tratava desse assunto numa coluna que assinava com o pseudônimo K.Lixto.

O seu grande amor em Carolina passou a ser Luzia Maranhão, filha de Deco Maranhão, família conceituada. Atraído pelos garimpos de diamantes do Mato Grosso, Deco e toda sua família se transferiu para Guiratinga naquele estado.  Raimundo passou a se envolver em Carolina com outra moça que não era do agrado da família. Terminou seu pai Osório mandando-o também para Guiratinga pois lá além de evitar um romance que não era do seu agrado, juntava-se à aquele que lhe era.

Foi grande a oportunidade surgida para Raimundo Maranhão desenvolver não só no âmbito de outro estado, como nacional e internacional a sua capacidade intelectual, cultural e jornalística.

Mesmo estando fora de sua terra natal, não a perdia de vista por completo. Em 1939 por interferência de José Queiroz e vários outros intelectuais, participou da organização e fundação da Casa Humberto de Campos em Carolina, Sociedade Literária Carolinense, uma pequena Academia de Letras em pleno sertão maranhense.

Casou-se com Luzia Maranhão, filha de Deco Maranhão e Guidú Ayres Maranhão, tendo o casal vários filhos.

Na parte de jornalismo, Raimundo Maranhão fundou o jornal-revista Novo Mundo com intercâmbio com vários países do continente sul-americano, daí sua projeção internacional e as consequentes distinções internacionais conferidas a ele.

Foi membro de dezenas de associações literárias do Brasil e do exterior, bem como correspondente de vários jornais importantes e academias literárias brasileiras.

Como escritor destacou-se escrevendo os livros Ronald de Carvalho e, 1939; Poesia e Fraternidade em 1946 e O Poeta da Flor de Neve em 1947.

Vitimado por problemas de saúde faleceu ainda novo com apenas cinquenta e nove anos em 1973 em Brasília, DF. Deixou muitas saudades. Raimundo Maranhão foi sem dúvida um colaborador para o desenvolvimento cultural de Carolina mesmo estando afastado da sua terra natal. Homenagem merecedora.

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