Árvore genealógica de Roberto Carlos Vasco Carneiro de Mendonça


avós
paternos
Joaquim Carneiro de Mendonça Franco + Maria Augusta Rodrigues Loures
PAI
Carlos Carneiro de Mendonça (1º do nome)
14-07-1862
 †  10-10-1904 - Rio de Janeiro (RJ) (Brasil)
avós
maternos
Hipolito Candido de Assis Araujo + Emilia de Almeida Brito
MÃE
Francisca de Assis Araujo (Chiquita / Chiquinha)
ca 1870
 †  11-03-1961 - Rio de Janeiro (RJ) (Brasil)

IRMÃO(s)
Roberto Carlos Vasco Carneiro de Mendonça
1894

Roberto Carlos Vasco Carneiro de Mendonça
1894
 † 12-04-1946 - Rio de Janeiro (RJ) (Brasil)
(idade: 52 anos)
 
CÔNJUGE(s)


   NOTAS


Livro: Os Carneiro de Mendonça

- Revolucionário, em 1924 foi preso e enviado para campo de concentração na Amazonia. 

- Mais tarde, por volta do ano 1928, Heliodora Carneiro de Mendonça, ainda criança, foi visitá-lo na Ilha das Cobras, onde esteve preso novamente. 

- Após a revolução de 1930, interventor federal no Ceará de 22 set 1931 a 5 set  1934, apresentando relatório de suas atividades ao presidente Getulio Vargas, publicado pela Imprensa Oficial do estado do Ceará em 1936, p. 64. Foi ministro do Trabalho, Indústria e Comércio no governo José Linhares, de 31 out 1945 a 31 jan 1946. Um dos delegados plenipotenciários que representaram o Brasil na assinatura da Convenção para coordenar, ampliar e assegurar a execução dos tratados existentes entre os Estados Americanos, firmada em Buenos Aires, a 23 de dezembro de 1936, por ocasião da Conferência Interamericana de Consolidação da Paz.  Por ter ficado órfão, era como um irmão seus quatro primos, filhos de Alberto e Leocádia Carneiro de Mendonça e aparece no centro da foto da família tirada por volta de 1928 na casa de Fabio e Gilda Carneiro de Mendonça. Ele e sua irmã Helena tinham uma égua chamada Roblena. Foi visitar seu primo Henrique Carneiro de Mendonça no dia 12 abr 1946. Henrique faria aniversário no dia seguinte. Quando saiu disse: "volto amanhã!", porém, no carro enquanto o motorista dirigia a caminho de casa, encostou a cabeça no ombro de sua mãe e morreu. As notícias dos jornais da época, contrariam a versão familiar de sua morte.

- O jornal O Globo de 7 abr 1937, noticia deu desligamento do Exército: "Desligado do Exérxito o major Carneiro de Mendonça - Tocante despedida do chefe do D.P.C. áquele militar - Por ter sido reformado, nos termos do decreto n. 19697 de 12 fev 1931, como solicitou, for desligado hontem do Estado Maior do Exército, o major Roberto Carneiro de Mendonça, da arma de cavalaria, que vinha servindo naquelle departamento technico.  Desligando aquele oficial o general Horta Barbosa, chefe interino do E.M.E., declarou no seu boletim, o seguinte: "é com tristeza que esta chefia vê o afastamento definitivo do quadro de oficiaes do major Roberto Carneiro de Mendonça  que durante a sua vida militar só soube dignificar e enaltecer o Exército.  Este official que se achava à disposição do Estado Maior do Exército, ha cerca de dois annos, desempenhou sempre com grande abnegação e patriotismo as  missões que lhe foram dadas, nas quaes teve o ensejo de aquilatar a serenidade, o descortino e a confiança na solução de certos problemas que interessam de perto a grandeza da Patria.  A par disto tudo, é notoria a probidade profissional que caracterizou toda sua vida militar e publica e a prova está no escrupulo final que teve afastando-se da actividade militar, ao verificar que uma lesão adquirida em serviço não mais lhe permitia prestar serviços que o Exército delle ainda precisava.  Por todos estes motivos, esta chefia louva o referido official e envia suas despedidas, fazendo-o conhecedor de que encontrará sempre em cada official que com elle privou, o penhor de sua admiração e a saudade de uma sã, leal e patriotica camaradagem."

- O Estado de Minas de 13 abr 1946, noticiou sua morte: "A Morte do Major Carneiro de Mendonça - Desaparece uma grande figura do Exercito e do quadro de homens de governo do pais - Com a morte do major Carneiro de Mendonça, ocorrida ontem, no Rio , não desaparece apenas uma eminente figura das nossas forças armadas: tem o Brasil de lamentar tambem a perda de um dos seus homens de governo que, nos ultimos tempos, mais inobreceram a carreira publica, pela capacidade, e nobresa e a desambição com que a serviram.  O que havia de mais admiravel na personalidade do major Carneiro de Mendonça é que ele foi, ao mesmo tempo, um grande soldado e um autentico cidadão.  Distinguiu-se no Exercito, antes de tudo, por uma elevada noção dos deveres e responsabilidades do oficio das armas.  A ele se devotou exemplarmente e pode assim, assumir posição entre as maiores figuras militares do seu tempo.  Possuia em alto grau as virtudes características da carreira, - a lealdade, a bravura, o patriotismo de grande soldado.  E, ao lado disso, singularizava-se por uma decidida vocação e homem de governo.  Era uma inteligencia de rara lucidez, não só no sentido de penetrar a fundo dos problemas, mas tambem armada daquela facilidade quase tatil de conhecer os homens e as suas paixões.  Dai o exito que alcançou nos altos postos administrativos para que foi convocado.  Exerceu as funções de interventor em varios Estados e em momentos dificeis da vida politica brasileira.  E deu a essas funções, pelo brilho e a segurança com que se conduziu, um relevo na verdade insuperavel.  Na administraçào do presidente Linhares, o major Carneiro de Mendonça ocupou a pasta do Trabalho, e a sua passagem por esse cargo deixou a marca de uma atuação energica e brilhante.  A morte do ilustre militar e homem publico desfalca as nossas forças armadas de um dos seus valores mais representativos.  Fica, no entanto, o exemplo de uma grande vida, que se consagrou, quase inteira, ao serviço da Nação."  

No mesmo O Estado de Minas, mais duas notas sobre sua morte: "A notícia do falecimento, Rio, 12 (M): Em sua residencia, faleceu hoje, às 22 horas o major Roberto Carneiro de Mendonça ex-diretor do Banco do Brasil e antigo interventos federal em varios Estados.  No governo do sr. José Linhares, o major Carneiro de Mendonça exerceu a pasta do Trabalho"; e "Vitima de um colapso cardiaco, Rio, 12 (Meridional): A cidade foi surpreendida hoje à noite com a noticia da morte subita do major Carneiro de Mendonça, vitimado por um colapso quan do se encontrava em palestra com alguns amigos.  O pais perde, com a morte desse oficial não apenas uma das figuras que mais se salientaram no seio das forças armadas, mas um verdadeiro homem publico dos raros que a revolução vitorioso de 30 pôde oferecer como novos elementos capacitados para o exercicio de funções de governo e de administração.  Ainda tenente, o major Carneiro de Mendonça, impulsionado pelos mesmos sentimentos que levaram seus companheiros de armas ás revoluções de 22, 24 e 30, participou desses movimentos que se caracterizaram por um anseio de repor o pais na posse de si mesmo e na posse dos plenos direitos conferidos pelos regimes democrativos. Coim o fracasso dos dois primeiros levantes, o major Carneiro de Mendonça sofreu as consequencias de suas atitudes, sendo levado às prisões, uma das quais foi a ilha da Trindade, onde passou grande parte de sua vida de detento politico.  Nesses movementos revolucionarios o ilustre morto formou o seu espirito inabalavelmente dentro dos principios de liberdade e de democracia e a ele se manteve fiel até o fim de sua vida.  A revolução de 30 fê-lo interventor em alguns Estados como Pará, Maranhão e Ceará nos quais pôde revelar apreciaveis qualidades de politico e de administrador mais destacaveis pelo fato de lhe ter sido conferido o governo dessas unidaddes numa epoca de agitação e de quase confusão.  O major Carneiro de Mendonça exerceu uma ação ponderada de equilibrio e de harmonia procurando sempre evitar os choques das correntes que então se defrontavam criando assim para si proprio uma autoridade que se apoiava principalmente em atitudes claras, probas e honestas."

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