Livro: Os Carneiro de Mendonça
- 9º filho de seus pais.
- Engenheiro
- Casaram-se em 6 de fevereiro de 1888 em Belém, PA, na igreja de Nossa Senhora de Nazareth do Desterro.
- Frequentou a escola e o Liceu e já aos quatorze anos, em 1 de novembro de 1873, era nomeado para o cargo de Colaborador da Secretaria do Governo da Provincia. Em 9 de junho de 1876 for nomeado Guarda Conferente da Recebedoria Provincial do Amazonas, época em que começou a juntar dinheiro para a realização de seu sonho que era estudar engenharia no Rio de Janeiro, para onde seguiu em outubro de 1877.
- Pela Lei nº 412 de 8 de abril de 1879 era concedido o subsídio de 600$000 por ano aos estudantes amazonenses Manoel e Estellita, para que um deles estudasse Engenharia e outro Medicina. Constam ainda nos orçamentos da Província os subsídios nos anos de 1880, 1883 e 1884.
Lutou com muitas dificuldades, estudando e trabalhando como auxiliar técnico da Inspetoria de Obras Públicas, vindo a formar-se pela Escola Politécnica do Império do Brasil em 12 de novembro de 1887. A partir de então, no exercício de sua profissão trabalhou nos estados do Amazonas, Pará, Pernambuco, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo.
Merecem destaque seus trabalhos no saneamento das cidades de São Paulo (como engenheiro da firma carioca, proprietária da Chácara Rego Freitas, planejou o bairro de Vila Buarque e a seguir Higienópolis). Nomeado para a Comissão de Estudos e Direção dos Serviços de Saneamento da Capital, Santos e outras cidades em 23 de maio de 1892, realizou diversos trabalhos, entre os quais: o levantamento topográfico da Várzea do Carmo; os estudos dos rios Tamanduateí e Anhangabaú; as construções das Caixas d'água da Consolação e Avenida Paulista; estudos sobre o abastecimento de água de Sorocaba e Lorena. é nas proximidades do Tamanduateí que se encontra a Rua Tapajós, homenagem que lhe foi prestada. Em Santos, a abertura dos canais é também obra sua. Havendo falecido seu irmão, o engenheiro Torquato Tapajós, em 1898, foi escolhido pelos Governos do Amazonas e Pará, a fim de continuar os estudos sobre os limites daquelas Províncias e pelo Governo do Amazonas, para acompanhar junto ao Superior Tribunal Federal, o trabalho relativo às fronteiras Amazonas-Mato Grosso. No Espírito Santo: trabalhando no trecho da serra da Estrada de Ferro que partia em direção a Diamantina. Em Pernambuco: na Comissão Fiscal e Administrativa das Obras do Porto de Recife (início da construção do cais e abertura da Avenida Central). Na Bahia, na Chefia da Fiscalização das Obras do Porto de Salvador (inaugurado a 13 de maio de 1913 o primeiro trecho do cais, bem como o Mercado Modelo - primitivo ; e a 7 de março de 1914 o Edifício dos Correios e Telégrafos). Transferido em 1922 para a Inspetoria de Portos, Rio e Canais no Rio de Janeiro, aposentou-se aos 70 anos. Era sócio do Instituto Politécnico Brasileiro, do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia.