Livro: Os Carneiro de Mendonça
- Casaram-se no dia 8 de dezembro de 1951
- Hidrógrafo formado pela Escola Naval em 1954.
- Na década de 1960 foi Comandante do navio NHi Canopus - H22 classe Sirius e do NHi Argus - H31 classe Argus.
- Em 1981 assumiu o comando do 5° Distrito Naval em Florianópolis, SC.
- Foi presidente da Fundação de Estudos do Mar no Rio de Janeiro, RJ de 01 jul 1988 a 7 jan 2003.
CPDOC - FUNDAçãO GETúLIO VARGAS
Fernando Mendonça da Costa Freitas nasceu no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, em 27 de março de 1925, filho de Rossini da Costa Freitas e Rita Mendonça da Costa Freitas.
Tendo ingressado na Escola Naval em 1943, como aspirante, em abril de 1947 foi declarado guarda-marinha do corpo de Armada. A partir do ano seguinte, quando passou a segundo-tenente, foi sucessivamente promovido: a primeiro-tenente em março de 1950, a capitão-tenente em março de 1953 e a capitão-de-corveta em junho de 1958.
Em agosto de 1959, foi designado encarregado da divisão de construção de cartas, na diretoria de hidrografia e navegação, cargo que ocupou até setembro de 1962, quando assumiu o comando do navio-hidrográfico (NH) Argus, bem como a chefia da Comissão de Levantamento da Lagoa dos Patos. Ainda em 1962, integrou a delegação brasileira na VIII Conferência Hidrográfica Internacional, realizada em Mônaco. Em dezembro de 1964, foi promovido a capitão-de-fragata, tendo deixado no mês anterior o comando do NH Argus. De fevereiro de 1966 a março do ano seguinte, comandou o NH Canopus e chefiou as comissões de Atualização do Levantamento Hidrográfico do Braço Norte do Rio Amazonas e de Levantamento de Abrolhos (BA). Ainda em 1967, Freitas integrou novamente a delegação brasileira na IX Conferência Hidrográfica Internacional, realizada também em Mônaco. Durante o evento, foi escolhido ainda secretário da Comissão de Especificações Internacionais para Levantamentos Hidrográficos, subordinada ao Bureau Hidrográfico Internacional.
Em março de 1967, desocupando-se de tais atividades, assumiu a subchefia de Marinha do Gabinete Militar da Presidência da República, cargo em que manteve-se até maio de 1969, quando então foi promovido a capitão-de-mar-e-guerra. Logo a seguir, assumiu a vice-diretoria do pessoal civil da Marinha, atribuição que o ocupou apenas por um período de quatro meses. Em outubro de 1969, foi nomeado subchefe do Gabinete da Vice-Presidência da República, tendo exercido tal função até fevereiro de 1971. Em março, foi designado comandante do navio-oceanográfico Almirante Saldanha, cargo que exerceu até julho do ano seguinte.
Assim que deixou o comando dessa embarcação, foi nomeado vice-diretor da diretoria de hidrografia e navegação, atribuição que lhe foi conferida até abril de 1974. Em maio, tornou-se instrutor da Escola de Guerra Naval da Marinha do Equador, cargo que exerceu até agosto de 1975, um mês depois de ter sido promovido a contra-almirante. Em setembro seguinte, assumiu a direção do Instituto de Processamento de Dados e Informática da Marinha, mantendo-se à frente desse órgão até julho de 1977.
A partir de julho de 1978, passou a responder pela diretoria do pessoal militar da Marinha. No ano seguinte, em novembro, foi promovido a vice-almirante. Em fevereiro de 1981, cumulativamente, assumiu o comando do V Distrito Naval (DN), sediado em Florianópolis, em substituição a João Carlos Gonçalves Caminha.
Em fevereiro de 1983, ao tempo em que desobrigava-se das duas últimas atribuições, o V DN transferia-se para Rio Grande (RS). Freitas, portanto, como último comandante do distrito em Florianópolis, por ocasião da inauguração da nova sede, passou o comando a Francisco Aripena Leão Feitosa. No mês seguinte, assumiu a vice-chefia do Estado-Maior da Armada (EMA).
Em maio de 1984, tendo deixado o EMA, foi transferido para a reserva remunerada. Ainda nesse ano, já desligado de suas atividades na Marinha, tornou-se diretor do Instituto Nacional de Estudos do Mar, cargo que exerceu até junho de 1985, quando transferiu-se para a Petrobrás, como assistente-chefe e, posteriormente, assistente do diretor, e depois conselheiro, Maximiano da Fonseca, ex-ministro da Marinha de 1979 a 1984. Freitas permaneceu na Petrobrás até o mês de março de 1993.
Preside desde agosto de 1988 a Fundação de Estudos do Mar (Femar).
Casou-se com Norma Garcia da Costa Freitas, com quem teve quatro filhos.