História de Eduardo Roquete Carneiro de Mendonça (Talvez Eduardo Antônio - Vovô Eduardo)


1814 . 2-9-1893 [idade: 79 anos]

   NOTAS


Livro: Os Carneiro de Mendonça

- Decreto nomeando Eduardo Antonio Carneiro de Mendonça Moço da Imperial Câmara, dado no Palácio do Rio de Janeiro a 30 de outubro de 1840 - livro 7º da Casa Imperial, fls 116 (Relação dos Moços da Real e Imperial Câmara, nomeados entre 1810 e 1866 - Carlos Eduardo de Almeida Barata).

- Recebeu o Hábito de Cristo.

- Arquivo Publico Mineiro - Relação dos Alunos que exercem a aula das primeiras letras nesta Vila de Paracatu do Principe - 1823: Eduardo Roquette Carneiro Baptista Franco branco já está lendo scripto e principiando a escrever com hum anno de Escola

Signatário do manifesto republicano de Itu de 1870. Moço fidalgo da casa imperial, mandava fazer roupas na Inglaterra. 

- Senado Federal - decreto 6095 de 12 jan 1876: "Concede a Eduardo Baptista Roquette Franco privilegio para uma machina brunir e separar café.

Attendendo ao que Me requereu Eduardo Baptista Roquette Franco, e de conformidade com o parecer do Conselheiro Procurador da Côroa, Soberania e Fazenda Nacional, Hei por bem Conceder-lhe privilegio, por oito annos, para fabricar e vender uma machina de sua invenção, destinada a brunir e separar o café.

Thomaz José Coelho de Almeida, do Meu Conselho, Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Agricultura, Commercio e Obra Publicas, assim o tenha entendido e faça executar.  Palacio do Rio de Janeiro em doze de Janeiro de mil oitocentos setenta e seis, quinquagesimo quinto da Independencia e do Imperio.

Com a rubrica de Sua Magestade o Imperador. Thomaz José Coelho de Almeida."

- Senado Federal - decreto 6125 de 23 fev 1876: "Conceda privilegio a Eduardo Baptista Roquette Franco para o melhoramento que introduziu na machina de sua invenção, destinada a preparar café.

Attendendo ao que Me requereu Eduardo Baptista Roquette Franco, e de conformidade como parecer do Conselheiro Procurador da Corôa, Soberania e Fazenda Nacional.  Hei por bem Conceder-lhe privilegio, por oito annos, para o melhoramento que, na machina de sua invenção, de que trata o Decreto n. 6095 de 12 de Janeiro ultimo, introduziu a fim do despolpar, descascar e ventilar o café.

Thomaz José Coelho de Almeida, do Meu Conselho, Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Agricultura, Commercio e Obra Publicas, assim o tenha entendido e faça executar.  Palacio do Rio de Janeiro em vinte e tres de Fevereiro de mil oitocentos setenta e seis, quinquagesimo quinto da Independencia e do Imperio.

Com a rubrica de Sua Magestade o Imperador.  Thomaz José Coelho de Almeida"

- Senado Federal - decreto 6957 de 6 jul 1878:

"Concede privilegio a Eduardo Baptista Roquette Franco para fabricar a machina de sua invenção destinada a brunir café.

Attendendo ao que Me requereu Eduardo Baptista Roquette Franco, e de conformidade com o parecer do Conselheiro Procurador da Corôa, Soberania e Fazenda Nacional, Hei por bem conceder-lhe privilegio por 10 annos para fabricar e vender a machina que denomina "Brunidor Roquette", e declara ter inventado a fim de brunir o café, segundo o desenho que apresentou com a respectiva descrição.

João Lins Vieira Cansansão de Sinimbú, do Meu Conselho, Senador do Imperio, Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Agricultura, Commercio e Obras Publicas, assim o tenha entendido e faça executar.  Palacio do Rio de Janeiro em 6 de Julho de 1878, 57° da Independencia e do Imperio.

Com a rubrica de Sua Magestade o Imperador. João Lins Vieira Cansansão de Sinimbú"

- Arquivo Nacional, Rio de Janeiro - doc M48 decreto 24 fev 1883 - imagem no áLBUM DE FOTOGRAFIAS

"Atendendo ao que me requereu Eduardo Baptista Roquete Franco, brasileiro, industrial, residente em Juiz de Fora, Provincia de Minas Gerais, Hei por bem conceder-lhe o uso, gozo, beneficios e vantagens, pelo praso de quinze annos, para a machina de sua invenção destinada a matar formigas saúvas, e denominada - Fulminante -, segundo a descripção e desenho que depositou no Arquivo Publico.  Henrique d'Avila, do Meu Conselho, Senador do Imperio, Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Agricultura, Commercio e Obras Publicas, assim o tenha entendido e faça executar. Palacio do Rio de Janeiro, em 24 de Fevereiro de mil oitocentos e oitenta e tres, sexagesimo segundo da Independencia e do Imperio. (rubrica do Imperador D. Pedro II) -  Henrique d'Avila"

- Fazenda Itamarati - Ainda a Fazenda Itamarati, Tribuna de Petrópolis, 4 set 1955, Ricardo Martins (Guilherme Auler):

"O oitavo proprietário da Itamarati é Francisco Antonio Correa, casado com Marcelina Maria de Jesus.  Falecendo ambos, o inventário de seus bens processou-se na cidade de Barbacena, sendo inventariante Francisco Garcia de Matos e co-herdeiros Manuel Garcia de Matos e Antonio Julião Fortes. Em 5 de maio de 1843, o inventariante requereu ao Juiz a venda em praça da Fazenda, alegando que a mesma se achava abandonada e havia muitas dividas a pagar.  O edital de arremataçào foi expedido em 2 de outubro de 1849, sendo a propriedade avaliada em 11:250$000, compreendendo a casa de vivenda, casa pequena, casa de negócio, ranchos de cima e de baixo.  A praça realizou-se em 14 de Dezembro desse ano, tendo arrematado o Itamarati por 20:000$000, os irmãos Eduardo e Joaquim Carneiro de Mendonça.  Finalmente, em 28 de Setembro de 1840, Dom Pedro II adquiriu por compra uma parte da Fazenda, isto é, as terras situadas a oeste da Estrada Geral, pelo preço de 24:000$000. ..."

- Jornal do Commercio - 25 maio 1858:

"Estrada União e Industria. Lê-se no Parahyba de ante hontem: Estão já fazendo-se os preparos necessarios, e brevemente começarão os trabalhos da construção da nova Estação da Posse, pertencende à Estrada União e Industria, cujas obras, segundo nos consta, serão dirigidas por dous importantes fazendeiros, os Srs Joaquim e Eduardo Carneiro de Mendonça. "

- Notas de Antonio Candido:

"João José chamou o filho Eduardo (vovô Eduardo) e disse: 'Sr. Eduardo, queria comunicar que contratei seu casamento com a filha do Antonio Diniz Junqueira'.  No dia do casamento, foi para a fazenda em Mar de Espanha e quando viu a noiva, amulatada e alta, ficou decepcionadíssimo.  Depois do casamento ao invés de ir para a câmara nupcial, trancou-se em outro quarto durante 3 dias e só então saiu e consumou o casamento."

Anexos


Antonio Candido (1)

Os Carneiro de Mendonça por Antonio Candido (1) Estas anotações foram feitas em 1976 por Antonio Candido de Mello e Souza, bisneto de Joaquim Carneiro de Mendonça por linha materna, para sua prima Priscilla Bueno (então Maranhão), trineta do mesmo. Seria interessante que os parentes interessados que as lessem pudessem: (1) corrigir erros, muito frequentes neste gênero de escritos; (2) acrescentar informações fidedignas, sobretudo sobre o ramo respectivo. Assim, seria eventualmente possível: (1) averiguar as origens da família e fatos relativos a ramos colaterais a João José; (2) reconstituir em detalhe a descendência deste, que hoje é enorme, como Priscilla fez para a de Joaquim.

Antonio Candido (2)

autor: Antonio Candido de Mello e Souza
Os Carneiro de Mendonça por Antonio Candido (2) Estas anotações foram feitas em 1976 por Antonio Candido de Mello e Souza, bisneto de Joaquim Carneiro de Mendonça por linha materna, para sua prima Priscilla Bueno (então Maranhão), trineta do mesmo. Seria interessante que os parentes interessados que as lessem pudessem: (1) corrigir erros, muito frequentes neste gênero de escritos; (2) acrescentar informações fidedignas, sobretudo sobre o ramo respectivo. Assim, seria eventualmente possível: (1) averiguar as origens da família e fatos relativos a ramos colaterais a João José; (2) reconstituir em detalhe a descendência deste, que hoje é enorme, como Priscilla fez para a de Joaquim. Nos 32 anos que passaram desde a elaboração dessas notas, documentos que chegaram às nossas mãos e minha intensa pesquisa, esclareceram algumas questões aqui colocadas, razão pela qual inclui as notas de rodapé, que foram revistas e acordadas por Antonio Candido.

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