Árvore genealógica de América Pereira Machado


avós
paternos
Antônio José Pereira Machado Filho + -
PAI
Luiz Alves Pereira Machado
06-07-1837 (RS) (Brasil)
 †  25-04-1923 - Rio de Janeiro (RJ) (Brasil)
avós
maternos
Joaquim José Palhares + Anna Rita Xavier
MÃE
Anna Xavier Palhares (Annica - Anna Palhares Machado)
22-04-1839
 †  01-07-1913 - Rio de Janeiro (RJ) (Brasil)

IRMÃO(s)
América Pereira Machado
1865

América Pereira Machado
(América Machado - Mecameca - Memeca - Paca)
02-12-1865 - Rio de Janeiro (RJ) (Brasil)
b. 17-03-1866 † 23-11-1925 - Rio de Janeiro (RJ) (Brasil)
(idade: 60 anos)
 
Nenhum casamento indicado.


   NOTAS


Livro: Queiroz, Borges da Costa, Machado & Palhares - Genealogia e Histórias

- Nasceu às 6 horas da tarde na rua de Carvalho de Sá.

- Restos mortais [ossada] depositados no carneiro 5142, cemitério São João Batista, Rio de Janeiro, em 20 dez 1930, normalmente 5 anos após o falecimento.

- Era madrinha de Edgar Simonsen, que por ela foi criado em vista de ter ficado órfão muito cedo. 

- Laura Margarida (Laly): Viviam muito modestamente e minha tia América cozia à máquina coletes femininos cor-de-rosa, para uma fábrica.  Lembro-me bem de vê-la sentada horas a fio cozendo à maquina incansavelmente.  Esse ruído incessante fez com que um dia alguém fosse lá verificar...se não se estava fabricando dinheiro!  

Dessa vida modesta nenhuma porem se queixava, apesar do frisante contraste com a vida de uma irmã de Vovó que casara rica e vivia com grande luxo, chegando a ponto de ter sempre uma criada adiante dela para ir abrindo as portas do palacete não fosse o contato dos trincos alterar lhe a maciez das mãos...

- Marcia Moura Castro, sua sobrinha, disse: Mecameca era ótima, alegre, engraçada, gorda e sempre pronta a ajudar no que fosse preciso.

- Em carta de 15 out 1902 [Anna Machado para Laura] Por cá vamos passando bem, a América .. está melhor pois hoje já vai comigo e a Margarida ao concerto que dá o Arthur Napoleão, que creio deve estar muito bom. Foi Eugênio [Gudin] que nos mandou os cartões, sinto bastante que não estejas aqui para apreciares também a boa música.

- Em 15 out 1902 [Suplemento Literário A Estação] Uma grande festa que sem dúvida despertará grande interesse às minhas formosas leitoras, é o concerto de Arthur Napoleão, o grande pianista, anunciado para a noite de 17 do corrente, no Cassino, com uma orquestra de 70 executantes. é uma festa auspiciosa porque representa a volta de Arthur Napoleão à atividade artística. - Eloy, o Herói.

- Em carta de 3 fev 1903 [Anna Machado para Laura] A América manda te dizer que é toda Viscondessa, pois tem muitas costuras e como sabes ela fica muito contente, mas muito rabugenta, que depois te escreve.

- Em carta de 18 mar 1903 [Anna Machado para Laura] a América é que está com o pé ainda inflamado e ainda não se pode calçar, está em tratamento.

- Em carta de 24 mar 1903 [Anna Machado para Laura] Nós vamos indo bem exceto a América que ainda está doente do pé, imagina o aborrecimento em que ela está de se ver sentada numa cadeira sem poder andar, ela está melhor, mas vai devagar, está seguindo o tratamento do Dr. Gabizo, ele viu o pé e disse que eu fosse dar notícias um dia sim, um não, enfim me amofina muito ver ela aborrecida e contrariada por estar presa sem poder sair.

- Em carta de 5 set 1903 [América Machado para Laura) Não tenho te escrito por estar com muitas costuras; de segunda até ontem estive fazendo um vestido branco com rendas, para uma menina de 12 anos que me deu muito trabalho, pois além de cozer muito todo dia, tive que cozer duas noites uma até às 2 e outra até às 5 ½ da manhã. 

- Em carta de 28 nov 1903 Laura diz que Paca faz anos dia 2 de dezembro, confirmando que apelido é da América.

- Em carta de 3 jan 1908 [Anna Machado para Laura] Amanhã a América vai para casa de Adolpho para batizar o Edgard depois de amanhã.

 

é uma pedra brutal

à tia América

Esperança, 15 jul 1912

Anna Amelia de Queiroz

 

I

é uma pedra brutal. negra, disforme,

No caminho da mata; a nuvem lesta

Das aves nela pousa e canta em festa:

Ao lado dela o caminheiro dorme.

 

Eu fui vê-la uma tarde. Na Uniforme

Ondulação das folhas, a floresta

Sussurrava; a canção saudosa e mesta

Dos sabiás enchia a mata enorme...

 

Extasiei-me a contemplar em torno:

Um recorte de luz, auriazulado,

Acentuava das serras o contorno.

 

Recostei-me na pedra, e então me veio

Aos ouvidos um ruído compassado:

Um coração pulsava no seu seio ...

 

II

 

Um coração pulsava no seu seio ...

Eu sonhava, feliz... E há tanta gente

Que não sente o crepúsculo, não sente

O por do sol todo de sonhos cheio ...

 

Quantos, à hora em que a noite cai, silente,

Não buscam o prazer de ouvir, em meio

Da mata, as notas do último gorjeio

Que geme e harpeja ao luar lactescente...

 

Quem não entende a mágica poesia,

Em que o espírito a sonhar, se livra,

num crepúsculo, em plena solidão,

 

Quem não sabe sentir, como eu sentia,

Na pedra um coração que pulsa e vibra,

Tem menos que essa pedra um coração...

  

- Em 24 nov 1925 [O País] convite para o enterro de América Machado que sairá às 17 horas, neste 24 nov da rua Marquês de Abrantes, 189 para o cemitério de São João Batista.

- Em 2 dez 1925 [O País] missas: rezam-se hoje: D. América Machado às 9 1/2 horas de 7 dia na igreja de São Francisco de Paula.

Álbuns


Anna Amelia & Laly



26 fotografias.


Residências - Marques de Abrantes - a casa

Rua Marquês de Abrantes, 189 - Casa para onde se mudaram Laura Machado Queiroz, após a morte de seu marido José Joaquim de Queiroz Junior, suas filhas Anna Amelia e o marido Marcos Carneiro de Mendonça e a filha nascida em 1918 Marcia, Laura Margarida (Laly), Maria José (Jujuca), e as irmãs de Laura, Margarida, Maria Luiza e América.

25 fotografias.


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