Livro: Queiroz, Borges da Costa, Machado & Palhares - Genealogia e Histórias
- Faleceu sábado dia 2, em sua residência na rua Coelho Neto, 52 no Rio de Janeiro e foi sepultado domingo dia 3 de outubro de 1937.
- Engenheiro formado pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro.
- No inventário da mãe falecida em 1901, aparece com 16 anos, portanto nascido em 1885.
- Registro de casamento: 4a circunscrição do Rio de Janeiro.
- Em 26 nov 1900 [Gazeta de Notícias] Escola Politécnica - às 10 horas prova oral de exames para admissão de álgebra elementar e superior, geometria e trigonometria retilínea para, entre outros, Alberto de Queiroz; em 27 nov 1900, aprovado simplesmente; em 29 nov 1900 [Gazeta de Noticias] Escola Politécnica, às 11 horas prova oral de exames de admissão de desenho geométrico e elementar para, entre outros, Alberto de Queiroz.
- Em 1902, 1903, 1904, 1905, 1906, 1907 [Correio da Manhã, Gazeta de Notícias, O País] Curso de Engenharia Civil da Escola Politécnica, no Rio de Janeiro.
- Em 2 jun 1903 [Correio da Manhã] Foram propostos e aceitos sócios da Federação de Estudantes Brasileiros, entre outros, Alberto de Queiroz da Escola Politécnica.
- Em 13 set 1903 [O País] Ao intrépido e valoroso aeronauta brasileiro Dr. Alberto Dumont, cumprimenta pelo seu regresso à Pátria o seu admirador Alberto de Queiroz, aluno da Escola Politécnica.
- Em 15 set 1903 [Correio da Manhã] Sr. Redator: Como se tivessem dado na excursão que a São Paulo fizeram acadêmicos afim de assistir as festas em honra à Santos Dumont, atos censuráveis e atentatórios à moral e aos bons costumes todos os alunos da Escola Politécnica que tomaram parte na referida excursão apressam-se em tornar público que nenhuma coparticipação tiveram nos mesmos atos, contra os quais protestam energicamente. Bem assim cumpre declarar que os alunos da Escola Politécnica se conservaram sempre afastados dos grupos perturbadores. Fica subentendido, Sr. Redator, que os abaixo assinados sob a responsabilidade pessoal de seus nomes, desafiam qualquer contestação ao acima exposto.(nomes entre outros) Alberto de Queiroz.
- Em carta de 23 nov 1903 [Laura para JJQJr] O baile do Alberto ontem engrossou um pouco mas só até às 11 ½. Vieram uns mocinhos amigos dele, o senhor Ventura e as duas Machado.
- Em carta de 23 nov 1903 [Laura para JJQJr] O baile do Alberto ontem engrossou um pouco mas só até às 11 ½. Vieram uns mocinhos amigos dele, o senhor Ventura e as duas Machado. Eugênio [Gudin] sentou-se perto de mim na mesa, e creio que é inútil dizer-te qual foi o nosso constante assunto: Advinha?.. Ele pediu-me para mandar-te lembranças suas.
- Em carta de 18 dez 1903 [Laura para JJQJr] O Alberto na quarta feira fez exame de química e tirou simplesmente grau 3. Hoje entra em mecânica; está num nervoso de medo impagável.
- Em carta de 29 dez 1903 [de Laura para JJQJr] Ontem esperávamos o bond no largo de São Francisco de volta do dentista, quando o Alberto e Eugeninho vieram falar-nos. Tinham acabado de fazer exame de mecânica e desenho - 3 ano , mas ainda não sabiam o resultado, disseram eles; achei o Alberto atrapalhado de tão nervoso que estava, mas Eugeninho disse que achava que ele tinha passado, não sei se convencido ou para consolar o Alberto de quem fiquei mesmo com pena. Tomara que ele tenha passado, mesmo com grau 3, como em química.
- Em 25 abr 1905 [Correio da Manhã] Escola Politécnica - dar-se-á hoje para prova oral aos seguintes senhores: Curso Fundamental, 1a. cadeira do 3 ano, astronomia - Alberto de Queiroz (2a. chamada).
- Em carta de 1 maio 1905 [Laura para JJQJr] Vi o Alberto que me disse ter passado em todos os exames do terceiro ano. Ele estava bem satisfeito e com razão.
- Em carta de 14 maio 1905 [Laura para JJQJr] São 10 ½, o Alberto está a meu lado, na mesa de jantar, a estudar hidráulica (parece que desta vez vai nos estudos) e de vez em quando interrompe o estudo, e faz-me interromper esta carta, para conversar banalidades. Já lhe disse que amanhã escreverei a outra hora. Ele pretende mandar-te amanhã um postal, mas é capaz de ainda esquecer-se.
- Em carta de 3 jul 1905 [Laura para JJQJr] O Alberto está impagável com toilettes, namorada Suzane Desprès e ... lições de inglês.
- Em carta de 6 jul 1906 [Laura para JJQJr] São 8 ½ e com certeza já leste agora minha carta de ontem e estás lendo a do Alberto que te vai surpreender bastante. Ele deu-me uma boa cacetada com o pedido, e queria que eu fosse empenho - o que não quis, não só por não ter a pretensão de julgar-me isso, como não tinha ainda conversado bastante contigo sobre o assunto para saber se estás ou não de acordo e não queria que me julgasses insensata. Imagina como ele está nervoso e impaciente por tua resposta. Vamos ver em que dá o entusiasmo.
- Em carta de 8 jul 1906 [Laura para JJQJr] Gostei muito da tua dissertação sobre o casamento. O Alberto deu-me, antes de ir para o teatro, tua carta para que eu a lesse com vagar; fi-lo antes de dormir, bem sossegada e muito apreciei as considerações que fazes. Sou inteiramente de tua opinião e creio que ele concorda, mas diz que ainda vai argumentar.
- Em carta de 9 jul 1906 [Laura para JJQJr] O Alberto escreveu-te ontem e parece que está de acordo em adiar o pedido, mas não para daqui a um ano, diz ele que fica para quando chegares. Não cheguei a ver o post-scriptum aconselhado por mim, pois achava tolice ele obrigar-te a vir antes do que podes, mas creio que aí ele fala na transferência.
- Em carta de 13 jul 1906 [Laura para JJQJr] O Alberto conformou-se em adiar o pedido. O Bichinho foi ontem pagar ao Carlos, que trouxe-me de noite o dinheiro. Voltando ao Alberto, não imaginas como ele hoje está cacete; acordou cedo para a lição de inglês e diz que está muito nervoso, o que não pode negar, pois tem implicado com tudo e todos. Pobre Nair.
- Em 11 abr 1907 [Correio da Manhã] No salão da congregação da Escola Politécnica, em presença de grande número de estudantes, receberam ontem o grau de engenheiros civis os seguintes senhores: (entre outros) Alberto de Queiroz.
- Em 13 abr 1907, José Evaristo Teixeira, escrivão do Segundo Ofício da Segunda Vara de órfãos do Distrito Federal
Certifico que revendo em meu cartório os autos de inventário dos bens da finada dona Amélia Borges de Queiroz, de que é inventariante o Comendador José Joaquim de Queiroz, deles consta , me foi apontada e pedido por certidão o inteiro teor do seguinte:
Termo de quitação: Aos onze de abril de mil novecentos e sete, nesta Capital Federal, o meu cartório compareceu o doutor Alberto de Queiroz e por ele me foi dito em presença das testemunhas no fim assinadas, que tendo recebido e entrado na posse dos bens que couberam no pagamento de sua legítima materna, a folhas cento e nove verso e cento e dez, dava como dá, a seu pai, Comendador José Joaquim de Queiroz, plena e geral quitação para que jamais lhe seja repetido o pedido. E de como disse assegura com as testemunhas.
Eu Vital Bacelar escrevente juramentado o escrevi.
Eu Amynthas de Lima, escrivão interino sub escrevi.
Alberto de Queiroz,
doutor Raymundo José Vieira da Silva,
Joaquim Ferreira Maia de Almeida
(estava selada na forma da lei).
Nada mais se continha em a quitação acima referida e aos próprios autos me reporto nesta cidade do Rio de Janeiro aos doze de abril de mil novecentos e sete. Eu, Vital Bacelar, escrevente juramentado, no impedimento casual do escrivão ...estampilha, Rio 13 - 4 - 907, Vital Bacelar
- Em carta de 9 maio 1907 [Laura para JJQJr] Já sabia da passagem do Alberto por Lisboa, já deve estar na bela Paris!
Em carta de 16 maio 1907 [Laura para JJQJr] Por aqui estão todos com saúde, e o Alberto também vai bem pois escreveu de Dakar um postal a cada um e um diário de bordo. Com certeza recebeste também notícias dele, não?
- Em carta de jul 1908 [Laura para JJQJr) Já estão aqui tuas camisas que me entregou o Alberto, assim como o guarda-chuva, as lindas bonecas e um presente bem bonito que me trouxeram - um jogo de pentes de tartaruga. O teu é o guarda-chuva que, diz ele, não recebeu a carta em que eu lhe pedia nada te dissesse e trouxe o chapéu como presente seu. O enxoval dela é realmente o que há de belo, fino e rico. Fiquei ofuscada com tanto luxo. E querem ir para Esperança! Tenho muito que conversar contigo a esse respeito.
- Em 27 ago 1909 [Gazeta de Notícias] Por ocasião da indicação do senador Ruy Barbosa como candidato à presidência da República, diversos telegramas foram publicados, entre eles: Avenida, 26 - Ao único candidato da intelectualidade brasileira calorosas felicitações - Alberto de Queiroz.
- Em 29 ago 1910 [Gazeta de Notícias] Festas: Foi uma nota verdadeiramente social o match de foot-ball ontem no Campo do Fluminense, Os corinthians, os valorosos jogadores ingleses, fizeram o seu último jogo nesta capital. O match foi disputadíssimo. Houve uma grande, uma extraordinária assistência em todas as localidades. (...) Nas arquibancadas onde a concorrência era verdadeiramente extraordinária além de grande número de foot-ballers notamos as seguintes pessoas: (entre outras) Dr. Alberto de Queiroz e senhora.
- Em carta de 16 out 1910 [Laura para JJQJr] ... como já te contei, fomos esperar o Alberto e passamos o dia no Cosme Velho, só voltamos às 9 para pegar o bond de 9 ½ na cidade. Sobre a família Alberto já te falei ontem. Disse a ele que não falasse em negócios nem pedisse dinheiro ao Carlos [Queiroz] que ficaria incomodado de não poder arranjar e os médicos recomendam que ele não se incomode. Ele disse-me que te esperará para falar no que ele ainda tem, pois que saber a quantas anda mas precisará de algum dinheiro pois veio a nenê! Logo de chegada, ainda no cais, pediu-me se eu tinha algum e dei-lhe os 15$000 que tinha e creio que os gastou ali pois quando chegaram as malas, pediu 10 à Bijou. Não imaginas o luxo deles! Não pretendem demorar-se muito pois vieram, isto é, a Zuleika veio cavar com o Pinheiro Machado uma nomeação para ele.
- Em carta de 23 abr 1911 [de Laura para JJQJr] Das visitas que cá estiveram ontem, esqueci-me de Mr. et Mme. Alberto de Queiroz; creio que esse esquecimento foi devido à rapidez da visita. Apenas se demoraram 40 minutos, isso porque o bonde em que desceram passou com 10 minutos de atraso.
- Em carta de 1 maio 1911 [Laura para JJQJr] O Alberto tomou hoje passagens para o Astúrias que parte a 30 de maio,
Em 30 maio 1911 e 1 jun 1911 [Gazeta de Notícias, O País, A Notícia] A bordo do Astúrias parte para a Europa em viagem de recreio, acompanhado de sua Exma. Senhora, o Sr. Dr. Alberto de Queiroz.
- Em carta de 31 maio 1911 [JJQJr para Laura] Alberto seguiu hoje às 9 1/2, fui ao cais, mas não subi a bordo.
- Em carta de 27 set 1911 [JJQJr para Laura] à vista do cartão de Zuleyka, escrevi hoje a Alberto para procurar no antigo endereço uma carta de certa importância que lhe escrevi em 24 ao chegar aqui, cuja resposta não pode ser muito demorada.
- Em carta de 12 out 1911 [JJQJr para Laura] A Alberto responderei logo os serviços o permitam. Acredito que eles venham antes do prazo marcado por Zuleyka, pois espero que Alberto atenda a carta minha que deve ter recebido hoje em Paris.
- Em carta de 22 out 1911[JJQJr para Laura] Remetido pelo Carlos, tive hoje um telegrama de Alberto a mim dirigido em resposta à longa carta que, como te disse, a ele escrevi em 24 pp. O telegrama diz: Tencionávamos partir janeiro possível esperar. Este telegrama me aborrece porque pela exposição clara longa e positiva que fiz na carta, a única resposta razoável seria dizer sigo em tal dia. Assim mando hoje a Carlos para passar-lhe a seguinte resposta: Não. Alberto, ao que parece quer se manter sempre uma eterna criança!
- Em 7 dez 1911 [Gazeta de Notícias] Chegando de Bordeos (Bordeaux) e escalas, no paquete francês Amazone, comandante Magnen, passageiros [entre outros]
- Em 9 dez 1911 [A Noite] Viajantes: regressou da Europa o Sr. Dr. Alberto de Queiroz.
- Em 29 dez 1911 [O País, A Notícia e Gazeta de Notícias] Para Hamburgo e escalas, no paquete alemão Cap Finisterre, capitão Langerhannsz, partirão para a Europa amanhã os Srs. [entre outros] Alberto de Queiroz.
- Em 25 jan 1912 [O País] Acabam de chegar a Paris, a 22 deste mês, entre outros, o Sr. Alberto de Queiroz.
- Em 21 nov 1912 [A Noite] Aniversários: faz anos amanhã o Dr. Alberto de Queiroz, atualmente em Paris.
- Em carta de 22 out 1913 [JJQJr para Laura] Por uma daquelas fúteis cartas de Alberto, tive comunicação que se mudaram para rue Panquet, n. 28 em Paris. Diz ele que é quase certa a vinda dele ao Rio, ele só, em dezembro com Senna, para fixar a colocação prometida pelo Senna a ele, em Paris. Insiste para que lhe compremos o mobiliário e lembra a hipótese de nós lhe alugarmos a casa mobiliada. Já lhe respondi e sobre esse tópico disse-lhe que em dezembro, se ele aqui viesse, conversaríamos a respeito com calma e demoradamente.
- Em carta de 18 nov 1913 [JJQJr para Laura] Tive hoje carta de Alberto, 31 pp., na qual diz que não virá mais em dezembro e que Zuleika deve ser operada de apendicite dentro em poucos dias. Provavelmente já foi operada pelo tempo. O operador será o eminente docteur Gosset [Antonin Louis Charles Sebastian Gosset , *Fécamp 20 de janeiro de 1872 †Paris 24 de outubro de 1944, é um cirurgião francês. Desenvolveu várias técnicas cirúrgicas em cirurgia do aparelho digestivo, o que lhe valeu a eleição para a Academia de Medicina e da Academia de Ciências, em 1934. Serviu principalmente no Hospital Salpêtrière, onde um edifício recebeu o seu nome]. Alguma maravilha médica caída dos céus por descuido como tantos outros especuladores e exploradores da nobre arte de curar!!
- Em 21 nov 1913 [O Imparcial] Faz anos hoje o Sr. Dr. Alberto de Queiroz, que se acha em Paris.
- Em 25 dez 1913 [Diário Carioca] Quando desperta o amor..., essa engraçadíssima comédia que é uma das mais felizes traduções de Alberto Queiroz, continua esgotando as lotações dessa moderníssima casa de espetáculos da Cinelândia.
- Em carta de 2 ago 1914 [JJQJr para Laura] Na mesma carta, ele [Carlos Queiroz] comunica-me que Alberto pede mais 4 mil francos para voltar, devido à guerra europeia!!!
- Em carta de Hauldate [França] em 9 ago 1914, Vila Mimosa [de Alberto para JJQJr) Juca, Vibrante de entusiasmo pela maravilhosa atitude do povo francês, diante desta catástrofe mundial, escrevo-te para dar-te notícias nossas e da guerra. Aqui estamos desde o primeiro dia da mobilização e isto pela dificuldade que tivemos em deixarmos Paris para outros lados. Estamos em plena segurança e sinto-me feliz em poder prestar nesta situação qualquer enfim serviço à França. Estou à disposição da Mairie e espero ser aproveitado nos telégrafos ou na Croix Rouge. Zuleika está ocupada na confecção de camisas, bandas, etc., para os feridos, dos quais os primeiros devem chegar talvez amanhã aqui, onde todos os hotéis estão transformados em hospitais militares.
O patriotismo deste povo admirável ainda uma vez não foi desmentido e apesar do que se dizia antes que haveria sabotage etc., a França marcha como um só homem e o elan é tal que a mobilização está adiantada de 4 dias sobre o tempo previsto no decreto. O governo já se vê obrigado a não requisitar os automóveis particulares, por já ter recebido em demasia. As mulheres já se ocupam dos campos para garantir a alimentação. Da guerra propriamente as notícias parecem excelentes. Os belgas continuam a resistir, dando assim tempo aos franceses, os quais entraram ontem na Alsácia. A primeira grande batalha entre a França e Alemanha parece que se deverá passar em Namur (Bélgica). Os alemães parecem ter feito um erro formidável passando pela Bélgica. Ontem os alemães tiveram que pedir armistício de 24 horas (Não concedido até agora) para apanharem os homens fora de combate [de 15 a 20.000 segundo a nota oficial da Bélgica). Junto a esta uma folha de notícias de hoje de manhã. Saudades mil de todos a todos, Alberto
- Em carta de 12 ago 1914 [JJQJr para Laura] Conquanto já tenha havido duas batalhas de certa ordem, Liege e Mulhose, penso que ainda não começou a verdadeira guerra. Oxalá que no encontro do grosso dos dois exércitos, francês e alemão, a vitória continue a se decidir pelo lado da França. Só assim poderemos ver a vitoria da liberdade com a tirania, de cavalheirismo contra a brutalidade e poderemos talvez descansar um pouco do decantado perigo alemão ao sul do Brasil. A situação na Europa, das pessoas estranhas à guerra parece ter melhorado bastante, pois Alberto telegrafou de Houlgate dizendo en securité atendons. Esse maluco, em vez de se aproveitar das facilidades que os governos francês e brasileiro dão atualmente aos nossos patrícios que queiram voltar ao Brasil, vai, sem dinheiro, divertir-se em Houlgate!!
- Em 25 ago 1914 [Correio da Manhã, Gazeta de Notícias] O consulado do Brasil em Antuérpia informa (...) A nossa legação em Berlin comunicou ainda por telegrama hoje recebido, que o Sr. Alberto de Queiroz, partiu para a Itália; (...)
- Em carta de 23 set 1914 [Laura para JJQJr] Veio na Notícia, que te envio pelo mesmo correio, o nome do Alberto como passageiro do Ré Vittorio chegado de Gênova, mas só soube disto ao chegar aqui e às 8:20 quando saí do Cosme Velho, e o Carlos não sabia de nada, nem ele apareceu lá até essa hora. O vapor chegou cedo e acho esquisitíssimo esta história do Alberto.
- Em carta de 28 set 1914 [Laura para JJQJr] Não há dúvida que foi engano da Notícia o nome do Alberto. Pela carta dele que aqui te devolvo, vê-se que não projetava voltar para cá. Vamos ver se muda de ideia.
- Em 2 out 1914 [A Noite, Correio da Manhã e O País] O Ministério das Relações Exteriores recebeu as seguintes informações sobre brasileiros na Europa: de Roma (...) de Paris (...) de Bordeaux: Partiram de Bordeaux pelo paquete Flandres, entre outros, Alberto Queiroz.
- Em 14 e 16 out 1914 [O País, A época, Gazeta de Notícias] A bordo do paquete Flandres chegaram ontem a esta capital as seguintes pessoas, entre outros, engenheiro Alberto Queiroz acompanhado de sua esposa.
- Em 15 out 1914 [A Noite] Chegou às 6:20 procedente de Bordeaux o paquete francês Flandres que nos faz a primeira visita. Para o Rio, 121 passageiros, entre os quais Sr. Dr. Alberto de Queiroz e senhora.
- Em carta de 15 out 1914 [Laura para JJQJr] De volta do Cosme Velho onde passei com as meninas o dia, venho dar-te notícias nossas e do Alberto, que chegou com a madame, bebé, le petit chien e la bonne. Ontem Anniquinha telefonou 3 vezes para a companhia e a resposta era sempre que não tinham notícia do Flandres, mas devia chegar hoje. Logo que Anniquinha acordou, foi saber e voltou correndo pois o homem disse-lhe que o vapor estava atracado. Vesti-me às pressas e as meninas também! Lá fomos no bond de 8 1/2 e com medo do não chegar a tempo, resolvi tomar um taxi na rua Haddock Lobo. Ao chegarmos no armazém 18, começavam a sair algumas pessoas, depois de procurarmos entre elas o Alberto, resolvemos ir ao vapor e subimos. à entrada perguntei a um criado de bordo que me disse que M. e Mme. de Queiroz estavam no salon. Pouco adiante encontramos o Alberto que não nos conheceu, senão depois de falarmos! Estava com eles um amigo de Paris, Sr. Rezende e a Zuleika disse-me que o Alberto já estava meio desapontado de não ver ninguém da família. Conversamos um pouco ali e descemos. Fomos de taxi para a casa da Bijou onde almoçamos e jantamos juntos. Podes bem imaginar como estão eles parisienses. Tenho muita coisa interessante para contar, mas só de viva voz, por carta é difícil. A Zuleika está magríssima, mas linda de cara. O Alberto magro e sempre o mesmo. A pequenina enfeitou bastante e é muito viva e engraçadinha. A Bijou indignada dela não falar o português e escandalizada com o exagero da Zuleyka e com o cigarrinho como à Mme. Curot!
- Em 20 nov 1914 [A Noite] Faz anos amanhã o Sr. Dr. Alberto de Queiroz, que regressou há pouco da Europa.
- Em 4 jan 1915 [A Noite] Veranistas: O Sr. Dr. Alberto de Queiroz e sua Exma. esposa já se acham em Petrópolis onde passarão toda a estação calmosa.
- Em carta de 2 jul 1915 [Laura para JJQJr] ... Fui depois ver a Zuleyka um pouco; assisti à sua toilette para o Huguenet e fui para a casa da Bijou... O Alberto vendeu a casa e creio que está tratando de liquidar o que apurou, pois os vestidos para teatro são novos e lindos.
- Em carta de 5 jul 1915 [JJQJr para Laura] Alberto consultou-me quando aí, sobre a venda que pretendia fazer da casa do Cosme Velho, próximo ao Corcovado. Se já vendeu e aplica o apurado em vestidos novos para a Mme e em assinaturas do Lírico, claro é que em muito pouco tempo ficará "a tinir". Que súcia de doidos!!! como dizia o papai!
- Em 20 nov 1915 [A Noite, O Imparcial e Gazeta de Notícias] Fazem anos amanhã: [entre outros] Dr. Alberto de Queiroz.
- Em 19 - 20 jul 1916 [A Notícia] Primeira publicação da Pé de coluna, noticiário social assinado por Alberto de Queiroz com o pseudônimo Guy de Maupant.
- Em 21 nov 1916 [Gazeta de Notícias] Faz anos hoje o Dr. Alberto de Queiroz, nosso colega da A Notícia.
- Em 22 nov 1916 [A Noite] Por motivo de seu aniversário natalício, tem recebido hoje muitos cumprimentos o Sr. Dr. Alberto de Queiroz, nosso colega da A Notícia.
- Em 25 jan 1917 [Correio da Manhã] O ministro da Fazenda deferiu o requerimento de Alberto de Queiroz pedindo permissão para pagar em 24 prestações mensais, a quantia de 4.735,55 francos que recebera por adiantamento na Europa para regressar ao Brasil.
- Em 27 jan 1917 [Gazeta de Notícias] Pelo ministro da Fazenda foi indeferido o requerimento em que Alberto de Queiroz pede lhe seja facultado pagar em 24 prestações mensais o débito proveniente do auxílio que recebeu para regressar da Europa.
- Em 10 maio de 1917 [Correio da Manhã] Pé de Coluna do jornal A Notícia está órfão de Guy de Maupant, o Dr. Alberto de Queiroz, o DX da Politécnica, DX pela sua reduzida estatura, mas homem de talento integral.
- Em 30 jul 1917 [O Imparcial] Esmerado cronista mundano e crítico de arte.
- Em 22 ago 1917 [A época] Foi encantadora a tarde de ontem na Avenida, por isto que tivemos um dia alegre de sol, sem uma só nuvem a afear o céu todo azul de agosto. Todos querem, parece, aproveitar a temperatura agradável de agosto para gozar este mês de Avenida. A Alvear, à hora em que lá estivemos, era um encanto com suas elegantes mesas, todas tomadas com todos aqueles sorrisos adoráveis a alegrarem os que entram. E vimos, então, entre outros o cronista Alberto de Queiroz e Sra.
- Em 21 nov 1917 [O Imparcial] é com um especial prazer que recordamos a data natalícia que hoje passa do Dr. Alberto de Queiroz, engenheiro, jornalista, cronista mundano da Notícia, onde mal de esconde sob o pseudônimo de Guy de Maupant, e crítico de arte. O Dr. Queiroz, pelo seu espírito culto, e pela finura do seu temperamento, que lhe permitiram irradiar a sua inteligência por aqueles assuntos de que habitualmente se ocupa com bom gosto e competência, é ainda o cavalheiro da mais delicada educação social e um causeur encantador, ocupando por todos esses motivos um justo lugar de destaque na nossa sociedade.
- Em 17 abr 1918 [O País] Batalha de lança-perfume e serpentinas, corso de carruagens, chá e matinée dançante. Para a comissão do chá e matinée dançante, entre outros o Sr. Alberto de Queiroz.
- Em 6 maio 1918 [A época] Leio a impressão de A Notícia sobre a première de Pavlowa. é um estudo simples, sincero e muito bem traçado. O Sr. Dr. Alberto de Queiroz, cronista dos mais admirados em nosso meio, faz justiça à arte atrevida e divina desta serpente da forma, desta deusa da beleza que é Anna Pavlowa, a incomparável.
- Em 20 dez 1918 [A Noite] Há tempos o Dr. Alberto de Queiroz e madame requereram perante o juiz da 4a. Pretoria Civil o desquite por mutuo consentimento. Estavam ambos de acordo na medida que alvitravam. Como se sabe os juízes em tais casos protelam o mais possível a homologação do acordo. Com o tempo muitas vezes os cônjuges se reconciliam e desistem da separação. Mas ambos permaneceram inabaláveis em sua resolução. E assim foi que afinal o juiz homologou o acordo e após a 1a câmara da Corte de Apelação, confirmava a sentença.
- Em 24 set 1919 [A Noite, Gazeta de Notícias, O Pais e Correio da Manhã] O Sr. Procurador Geral da Fazenda Pública, à vista de uma representação do escriturário Britto Fernandes resolveu mandar intimar o Sr. Alberto de Queiroz a recolher de uma só vez, dentro do prazo de oito dias, sob pena de cobrança executiva, as prestações em atraso de sua dívida para com a Fazenda Nacional, no total de 4.735,44 francos para sua repatriação.
- Em 21 nov 1919 [O Imparcial e O Pais] Passa hoje o aniversário natalício do Dr. Alberto de Queiroz, engenheiro e cavalheiro muito relacionado no nosso set.
- Em 20 dez 1919 [Gazeta de Notícias, O Pais] O procurador geral da Fazenda Pública remeteu ao 3 procurador da República para a cobrança executiva a certidão da dívida de 3.157 francos contra o Dr. Alberto de Queiroz, que não obedeceu à intimação feita pela Procuradoria do Tesouro Nacional no sentido de indenizar a Fazenda, daquela importância ao mesmo adiantada para seu repatriamento.
- Em 5 dez 1920 [O País] Marcos Carneiro de Mendonça, Laura Machado de Queiroz e Alberto de Queiroz, registraram empresa de artes gráficas com capital de 200:000$.
- Em 10 maio 1922 [Gazeta de Notícias] ... não usar nenhum colete. O Dr. Henrique Dodsworth, o do róseo sorriso de Gioconda e o Dr. Alberto de Queiroz, o do eterno cravo sanguíneo à lapela, estilo Brulé, há muito que assim agem. é prático, cômodo, inteligente sobretudo em noites de calor profundo. Em todo o caso essa solução brinca nos limites da originalidade. O exato, o certo, o clássico é o colete preto. é verdade que muita gente manda fazer uma casaca e um smoking, uma só calça comum a ambos e um só colete branco, também comum a esses ambos...
- Em 22 nov 1923 [Gazeta de Notícias] Nesta data passa o aniversário natalício do Dr. Alberto de Queiroz, distinto engenheiro civil, cintilante cronista mundano e um dos mais finos homens de sociedade que o Rio conhece. Por seu espírito culto e requintado, por suas nobres qualidades de alma, por sua envolvedora simpatia, o Dr. Alberto de Queiroz soube conquistas numerosas e sinceras amizades em todos os meios em que exerce sua atividade. O brilhante aniversariante receberá homenagens sem conta, hoje, como sempre.
- Em 4 dez 1923 [O País] Serão recebidas ainda amanhã as contribuições para o levantamento de um túmulo em perpetuação da memória do saudoso escritor Roberto Gomes, prematura e tragicamente desaparecido. Essa homenagem foi promovida por um grupo de amigos seus, dentre eles, Alberto de Queiroz.
- Em 22 nov 1924 [Gazeta de Notícias] No Alto mundo carioca, assinala-se hoje a passagem dos aniversários natalícios de dois dos mais perfeitos cavalheiros que dela fazem parte. São os de Manoel de Oliveira e Alberto de Queiroz. (...) Alberto de Queiroz, engenheiro civil bem conhecido, sempre se distinguiu por sua celebração luminosa e uma incontestável autoridade que como cronista mundano, quer como crítico de arte, servido por uma alma simpática e boa.
- Em 28 mar 1926 [O País] Radiotelefonia - A Radio Sociedade fará hoje e amanhã com onda de 400 metros as seguintes irradiações: (...) Amanhã, às 20 horas e 45 minutos - transmissão integral da ópera Bohème que será cantada no teatro Lírico pela Companhia Lírica, sob a direção do maestro Luigi Billoro, regência da orquestra maestro Arturo de Angelis. Nota: No intervalo do 1 para o 2 ato, palestra pelo Sr. Guy de Maupant [pseudônimo de Alberto de Queiroz].
- Em 7 abr 1926 [Correio da Manhã] Sem fio - as irradiações de hoje Radio Club do Brasil (onda de 320 metros) e Radio Sociedade (onda 400 metros). Radio Sociedade: 8:45 transmissão integral da ópera Elixir de Amor que será cantada no teatro Lírico pela Companhia Lírica. Nota: no intervalo do 1 para o 2 ato, crônica por Guy de Maupant.
- Em 9 abr 1926 [Gazeta de Notícias] Radio - os programas de hoje: às 8:45 a transmissão integral da ópera Iria cantada no teatro Lírico pela Companhia Lírica. Nota: no intervalo do 1 para o 2 ato, crônica por Guy de Maupant.
- Em 9 jul 1926 [Correio da Manhã] Radio Sociedade (400 metros) - às 8:45 transmissão integral da ópera Carmen que será cantada no teatro Municipal pela Companhia Lírica da empresa Walter Mocchi. Nota - no intervalo do 1 para o 2 ato: crônica mundana e artística por Guy de Maupant.
- Em 15 jun 1927 [A Noite] Sem Fio - programa para hoje: às 21 horas 5 minutos: concerto no estúdio da Radio Sociedade - programa do concerto - entre outros: a musa (poetisa Laura Margarida de Queiroz), o poeta: Guy de Maupant.
- Em 6 jul 1927 [Correio da Manhã e Gazeta de Notícias] Radio Sociedade (Onda 400 metros), às 9:05 horas Programa lítero-musical com o concurso de entre outros: Anna Amélia de Queiroz Carneiro de Mendonça, senhorita Laura Margarida de Queiroz e Sr. Guy de Maupant.
- Em 22 jul 1927 [Correio da Manhã] Na festa da Pro Matre que se realizará a 3 de agosto no teatro João Caetano, consta a primeira parte da comédia em 2 atos de D. Maria Eugênia Celso: Por causa dela. Os papeis serão desempenhados por, entre outros, Guy de Maupant, que constituem a julgar pelos ensaios a que temos assistido um conjunto harmonioso que põe em relevo a leveza, o espírito, a finura de observação e o ritmo do verso fluente da obra de D. Maria Eugênia Celso.
- Em 7 ago 1927 [Gazeta de Notícias] Binóculo - Eis na integra a carta que nos dirigiu o Dr. Alberto de Queiroz: Meu caro Waldemar, afastado há muito dos meios mundanos e da vida da imprensa, só hoje tive conhecimento pela nota do Demore, da ideia que esboçastes o ano passado da fundação de uma sociedade nos moldes da que ora nos ocupa. Felicitando-me para coincidência, apresso-me em pedir a tua colaboração na obra que vamos iniciar e que não devemos deixar morrer, tão bem ela se apresenta. O Rio que já possui mais de uma sociedade de música, não pode com efeito deixar de ter uma Sociedade de Cultura Teatral onde nos possamos dedicar ao teatro de declamação para o qual possuímos tantos e tão bons elementos como acabam de modo claro, de nos evidenciar os festivais do embaixador Conty e da Pró Matre em que brilharam as Sras. Izar Betim Paes Leme e Francesca Noziéres e onde se revelaram outros elementos como esse magnífico Picolino da peça de D. Maria Eugênia, o Sr. Américo Azevedo, e ainda moças e rapazes com boas disposições para a cena. Trabalhemos pelo bom teatro com elementos da sociedade já que o teatro profissional, condescendendo com o público, enveredou quase que exclusivamente pela revista. Certo do teu concurso nesta obra que espera encontrar em ti um de seus melhores esteios, manda-te um abraço, o Queiroz.
- Em 1 set 1927 [O País] Sociedade de Cultura Teatral - Está fundada desde anteontem, tendo à sua frente um grupo de senhoras e cavalheiros da alta sociedade carioca, a Sociedade de Cultura Teatral. (...) Assumindo a presidência o Dr. Rafael Pinheiro convidou para 1 e 2 secretários, respectivamente, os Srs. Mário Nunes e Alberto de Queiroz.. (...) Em seguida falou o Sr. Américo L. Azevedo que propôs posse a uma comissão composta de entre outros, Alberto de Queiroz. (...) Encerrada a sessão depois do Sr. Alberto de Queiroz ter declarado que que haviam aderido por carta, entre outros, a Sra. Laura Margarida de Queiroz, marcou-se a primeira reunião da comissão.
- Em 27 set 1927 [Correio da Manhã e O País] Está fundado o Centro de Cultura Teatral - o seu primeiro espetáculo será a 15 de novembro próximo - (...) Para secretários foram eleitos D. Maria Eugênia Celso e o Sr. Alberto de Queiroz. Do Conselho Auxiliar da diretoria fazem parte, entre outros, Anna Amélia de Queiroz, Paschoal Carlos Magno, Claudino Muniz. Abertas as inscrições para o quadro de amadores já com, entre outros os nomes de Laura Margarida de Queiroz e Alberto de Queiroz. O primeiro espetáculo será no dia 15 de novembro, em récita da gala, com o drama histórico de Luiz Edmundo A Marquesa de Santos, e com a comédia de João do Rio, Eva. Para maior brilhantismo desse espetáculo que marcará o início de uma nova era para o nosso teatro, o Centro de Cultura Teatral nomeou uma comissão que vai solicitar uma audiência particular ao presidente da República, afim de lhe expor o vastíssimo programa da nova associação. Dessa comissão fazem parte, entre outras, a Sra. Anna Amélia de Queiroz.
- Em 26 nov 1927 [Gazeta de Notícias] Na noite de segunda feira próxima, a Sociedade de Cultura Teatral, fundada pelo fino escritor e abalizado crítico Dr. Alberto de Queiroz, fará sua apresentação ao público carioca, no palco do Municipal. Representar-se-á Eva de Paulo Barreto com a senhorita Laura Margarida de Queiroz, na protagonista.
- Em 29 nov 1927 [Gazeta de Notícias] Eva, de João do Rio, pela Sociedade de Cultura Teatral - (...) Ora, no caso tudo se realizou e brilhantemente por vontade dos agentes. Com o espetáculo de ontem está definitivamente criado o teatro nacional. Alberto de Queiroz, esse sonhador, esse espírito sincero, esse idolatra da arte, vê finalmente transformado em fato o pássaro azul que há tanto tempo vinha perseguindo. Renda-se pois esta homenagem primeira a Alberto de Queiroz, A ele e a todos os seus companheiros de tão nobre cruzada intelectual.
- Em 4 dez 1927 [O País] Nomeada a comissão organizadora da Sociedade de Cultura Teatral, para a exposição de teatro em 1928. Dentre os membros: Anna Amélia de Queiroz Carneiro de Mendonça e Alberto de Queiroz.
- Em 18 abr 1928 [O País] Terminada a estação de verão que havia afastado do Rio a maioria dos seus dirigentes e de seu corpo cênico, composto dos melhores elementos da nossa sociedade, a prestigiosa Cultura Teatral vai dar início, no próximo mês de maio, aos seus espetáculos deste ano. Embora o corpo cênico da sociedade conte um grande número de amadores, todas as pessoas que se julgarem com aptidões para o palco, assim como as que quiserem se inscrever como sócias da Cultura, poderão se dirigir ao secretário Sr. Alberto de Queiroz para a caixa postal 598.
- Em 14 jul 1928 [A Esquerda, Correio da Manhã e A Noite] Radio Sociedade do Rio de Janeiro - programa de hoje - às 21 horas 5m - Concerto em homenagem à França, de música francesa e brasileira com o concurso de entre outros: La nuit d'octobre de Alfred de Musset com Srta. Laura Margarida de Queiroz, como a Musa e Dr. Alberto de Queiroz como o Poeta.
- Em 28 jul 1928 [O Jornal] Sai a primeira crítica teatral assinada por Alberto de Queiroz, sobre a opereta francesa Quand on est trois com a cantora Alice Cocea, no Copacabana Casino Teatro.
- Em 1 set 1928 [Diário Carioca] Avant-scène: O Sr. Alberto de Queiroz, cronista de teatro dos mais brilhantes e competentes do nosso meio fez ontem referências elogiosas ao seu colega do Diário Carioca, a propósito da peça deste O líder da maioria, que a companhia do Sr. Leopoldo Froes está ensaiando.
- Em 22 nov 1928 [Correio da Manhã] Faz anos hoje o Dr. Alberto de Queiroz, nosso colega de imprensa.
- Em 22 jan 1929 [A Manhã] Pequenas notícias teatrais: regressaram de São Paulo o empresário Oduvaldo Vianna e o crítico teatral Alberto de Queiroz.
- De 1929 a 1934 crítico de teatro no O Jornal.
- Em 25 jan 1929 [A Noite] Plateia: O Alberto de Queiroz, que é da mesma altura do Viriato Corrêa, vai se fazer ator na Companhia do Oduvaldo.
- Em 1 abr 1929 [A Noite] O comentário do dia: O Alberto de Queiroz afirmou em um artigo, que nós ainda não temos teatro com T grande.
- Em 20 abr 1929 [Correio da Manhã, O Pais e Gazeta de Notícias] Sem Fio, transmissões de hoje - 6 aniversário da Radio Sociedade (onda de 400 metros) - das 5 às 6: entre outros: Anna Amélia de Queiroz Carneiro de Mendonça Uma cena de amor, inspirada na Ceia dos Cardeais - pelo Sr. Alberto de Queiroz.
- Em 12 maio 1929 [A Manhã, Diário Carioca, O País e Correio da Manhã] Irradiação da Radio Sociedade - programa para amanhã: Concerto comemorativo da data da Abolição - 13 de maio - no Studio da Radio Sociedade com o concurso de, entre outros, declamação do Sr. Dr. Alberto de Queiroz e Orquestra da Radio Sociedade do Rio de Janeiro.
- Em 28 maio 1929 [A Manhã] A Nota Teatral: O Sr. Alberto de Queiroz, crítico de arte e homem entendido em questões de elegância e mundanismo, respondendo, recentemente a uma enquete teatral, declarou que um dos grandes males de que se ressente o teatro entre nós, é o da falta de diretores com capacidade de formar elencos e dirigir companhias. Aqui estão as suas palavras: Para formar elencos e dirigir companhias, seria preciso haver diretores. Diretor de companhia só conheço Oduvaldo Vianna. Os empresários teatrais procuram com o teatro o seu negócio, como fariam com o bacalhau, a carne seca, a empresa de mudanças ou coisa semelhante.(...)
- Em 22 nov 1929 [Diário Carioca] Fazem anos hoje: entre outros - Alberto de Queiroz.
- Em 1 fev 1930 [A Batalha e Diário Carioca] Companhia de Comédias Belmira de Almeida - Odilon Azevedo: Hoje a companhia dará três sessões, sendo uma em matinée e duas em soirée.(...) A seguir serão apresentadas todas as peças do repertório e dentre elas a comédia ultimamente representada pelo grande De Feraudy no Teatro Municipal, Ces Dames Aux Chapeaux Verts, traduzida e adaptada pelo escritor e jornalista Alberto de Queiroz, com o título de As solteironas dos chapéus verdes.
- Em 13 fev 1930 [Correio da Manhã] O Dr. Alberto de Queiroz propõe a fundação de uma Sociedade de Amigos do Teatro, como remédio à desesperadora crise teatral.
- Em 15 fev 1930 [Diário Carioca] Avant-scène - O nosso confrade Alberto de Queiroz do O Jornal com aquela competência e sincero amor ao teatro que o caracterizam e o destacam no nosso meio, bateu-se nas colunas que tanto honra, pela criação da Sociedade dos Amigos de Teatro, de que há dias falei, julgando uma excelente base para o levantamento moral, intelectual e econômico da arte de representar no Brasil.
- Em 16 fev 1930 [A Batalha] Belmira - Odilon em Petrópolis: Em Petrópolis, além das peças já estreadas, serão representadas mais as seguinte: entre outras, Les Dames aux Chapeaux Verts, traduzida pelo Sr. Alberto de Queiroz com o título de As solteironas dos chapéus verdes.
- Em 25 fev 1930 [Diário Carioca] As solteironas dos chapéus verdes: Em primeira representação A Companhia Belmira de Almeida - Odilon Azevedo levou à cena no Capitólio de Petrópolis, a comédia As Solteironas dos Chapéus Verdes, de Albert Acrément, tradução de Alberto de Queiroz. A interessante comédia em cujo diálogo há a graça da mais fina espiritualidade, agradou plenamente à sociedade elegante que presentemente veraneia na cidade das hortênsias.
- Em 11 mar 1930 [Diário Carioca] A próxima temporada da Cia Belmira de Almeida x Odilon Azevedo no Politeama baiano - entre outras As solteironas dos chapéus verdes, tradução do Dr. Alberto de Queiroz. A companhia deve partir dia 14 deste mês.
- Em 6 e 7 maio 1930 [Diário da Noite, Correio da Manhã e Gazeta de Notícias] Já está no Rio a companhia André Brulé e Madeleine Lely, que deverá estrear amanhã no Municipal com a peça Notre Amour. André Brulé e Madeleine Lely estiveram ontem em vários teatros do Rio, discretamente sem alarde, sem homenagens, acompanhados do nosso brilhante colega do O Jornal, Dr. Alberto de Queiroz, que também os acompanhou em visita à redação do Correio da Manhã e da Gazeta de Notícias.
- Em 11 maio 1930 [Gazeta de Notícias] Sexta feira: segunda récita da assinatura da temporada Brulé. (...) Aliás na estreia houve um grave erro de técnica mundana no escolher de um espetáculo apenas com dois entre atos. Para uma première de companhia francesa, quando são lançadas as modas de estação, dez intervalos seriam poucos para que a curiosidade se saciasse. Causa-nos realmente uma grande surpresa que o nosso fulgurante confrade Alberto de Queiroz, que como Guy de Maupant tem sido um dos cronistas sociais de maior prestígio no Rio, houvesse consentido na estreia com uma peça de dois intervalos somente. Imperdoável o cochilo.
- Em 14 maio 1930 [Diário da Noite] Foi anteontem no Casino Beira Mar. Uma mesa distinta e amiga: Brulé, Madeleine Lely e o Dr. Alberto de Queiroz, crítico teatral do O Jornal e o nosso colega Victor de Carvalho.
- Em 15 maio 1930 [A Batalha] O lado cor de rosa da vida: Iniciamos hoje a crônica elegante que, diariamente encabeçará esta seção. Traz a assinatura de Guy de Maupant, assinatura que dispensa apresentação, pois, ainda vive na memória da sociedade carioca a recordação do comentário leve e cintilante que manejava com agrado e sutileza o registro mundano do Pé de Coluna, a prestigiosa nota que por muitos anos publicaram os nossos prezados colegas da A Notícia. Há doze anos, quando Brulé nos visitou pela última vez, assinava eu com o mesmo pseudônimo de hoje Pé de Coluna de A Notícia. Depois, nunca mais, a não ser esporadicamente, as seções mundanas dos nossos jornais atraíram a minha atenção. Os anos se passaram. Outras preocupações, outra necessidades, mantiveram-me afastado do nosso mundanismo. E, assim continuaria a ser se não fosse a insistência tão mal empregada dos meus amigos que hoje dirigem A Batalha. Procurei recusar o convite que me era feito, inclusive mostrando com a maior sinceridade que não seria possível ao cronista do Pé de Coluna, hoje tão afastado da vida social, preso do struggle for life, à luta de todos os dias, na roda exaustiva da imprensa, escrever, despreocupado uma seção que tem por título Do lado cor de rosa da vida. Não houve meio de resistir. Os diretores de A Batalha fizeram questão de amizade na suposição errônea de que a minha colaboração possa interessar aos seus leitores. Não seria elegante insistir na recusa e, por isso aqui estou, assinando esta coluna, que talvez fosse melhor que tivesse por título Do lado cinzento da vida. Pelo menos estaria o título mais de acordo com a hora que vivemos. Guy de Maupant
- Em 18 ago 1930 [Diário da Noite] Na sessão de hoje do Tribunal do Júri, foram sorteados os seguintes jurados para o próximo mês: entre outros: engenheiro Alberto Queiroz.
- Em 1 out 1930 [Gazeta de Notícias] O Círculo dos Críticos Teatrais - Velho sonho dos que exercem nos nossos jornais a perigosíssima função de crítico teatral e que Alberto de Queiroz pretende tornar agora uma realidade.
- Em 3 out 1930 [O País, Crítica, Diário da Noite e Correio da Manhã] Na sede da ABI reuniram-se ontem às 17 horas os críticos teatrais a fim de darem os primeiros passos para a criação da Associação dos Críticos Teatrais. Ficou constituída a comissão que dentro de oito dias deverá apresentar os estatutos da novel sociedade, recaindo a escolha nos Srs. Mario Nunes, Abadie Faria Rosa e Alberto de Queiroz.
- Em 1 jan 1931 [Diário Carioca] Teatro - como a crítica recebeu a opereta Alvorada do Amor de Octávio Rangel. No O Jornal o Sr. Alberto de Queiroz constata: A sala do João Caetano encheu-se literalmente havendo apenas vagos em toda ela os camarotes oficiais e o público que lá foi, aplaudiu com vontade, saindo visivelmente satisfeito.
- Em 24 jul 1931 [A Batalha, Diário da Noite, A Noite e Diário Carioca] Procurando corresponder condignamente à repercussão a que se destina seu empreendimento na realização da próxima temporada de comédia brasileira do teatro João Caetano, o artista empresário Jayme Costa desejou na sua iniciativa a colaboração de um escritor e jornalista que fosse um homem de teatro e um homem de sociedade e convidou para diretor da temporada o nosso confrade Dr. Alberto de Queiroz. Aceito o convite ficou assim constituída a direção da temporada: diretor geral: Jayme Costa, diretor da temporada: Dr. Alberto de Queiroz, e outros.
- Em 31 jul 1931 [Diário Carioca] O diretor artístico da Comédia Brasileira - uma escolha feliz - (...) Para essa missão, que é ao mesmo tempo de arte e de patriotismo, foi escolhido o nosso ilustre confrade Alberto de Queiroz, brilhante e autorizado redator teatral do O Jornal, em cujas colunas vem pugnando desde muito pela necessária elevação do nosso teatro (...). O Dr. Alberto de Queiroz além de praticar diariamente a crítica teatral com independência e maestria, versa de vez em quando, no terreno doutrinário, todas as questões relacionadas com a evolução da arte cênica. E para documento da segurança e finura com que a tais estudos se dedica, bastaria a série de pequenos ensaios publicados há pouco tempo, naquele matutino, sobre as mais notáveis produções do teatro contemporâneo em França.
- Em 14 ago 1931 [A Batalha, Diário Carioca e Correio da Manhã] Esteve ontem no Itamarati o Sr. Alberto de Queiroz, diretor da temporada de Comédia Brasileira no teatro João Caetano, afim de convidar o Sr. Dr. Afrânio de Mello Franco, ministro das Relações Exteriores, para assistir ao espetáculo de estreia, hoje.
- Em 18 ago 1931 [Diário Carioca] Dentre os 25 societários fundadores da Academia Brasileira de Teatro estão: Alberto de Queiroz, Leo Froes, Oduvaldo Vianna, Procópio Ferreira, Ruy Castro e Viriato Correa.
- Em 21 set 1931 [A Noite] O Dr. Alberto de Queiroz, crítico teatral e cronista mundano, só frequenta restaurantes de primeira ordem. é o que pode haver de mais natural, pois que se trata de um cavalheiro da maior distinção e acostumado a passar bem. Isto entretanto não quer dizer que o Dr. Alberto de Queiroz, ou simplesmente o Queirozinho, como é mais conhecido nas rodas jornalísticas e teatrais, seja um perdulário. Ao contrário. Escolhendo os restaurantes mais caros, o ativo secretário do maestro Piergile, procura defender-se nos preços do cardápio, optando sempre pelos pratos mais em conta. é mesmo pela coluna dos preços que ele organiza o seu menu. E assim embora tomando, às vezes, duas sopas ou comendo três sobremesas, o Dr. Queiroz tem realizado milagres no capítulo da defesa em restaurantes de grande reputação. Todos lhe admiram essa habilidade de que o jovem cronista se vangloria. Anteontem, porém, a coisa teria chegado ao cúmulo. Com a insignificante quantia de 2$500, o Dr. Queiroz teria jantado, principescamente em uma das casas mais elegantes da cidade. - Com 2$500?! - interveio assombrado o Dr. Rafael Pinheiro. Isto não pode ser verdade. - Pois bem - concordou o Dr. Queiroz, não é verdade. Mas você há de confessar que é barato..
- Em 16 out 1931 [Diário da Noite] Entrou em ensaios no Trianon, a peça Um homem entre as mulheres, tradução do Sr. Alberto de Queiroz.
- Em 20 out 1931 [Diário de Notícias e Correio da Manhã] A peça a seguir Um homem entre as mulheres, é um original engraçadíssimo de Mazzolottu, traduzido por Alberto de Queiroz.
- Em 24 out 1931 [Diário de Notícias] Alberto de Queiroz e Um homem entre as mulheres:
- Como escolheu a peça para traduzir?
- Como escolho uma gravata: porque me agrada. Quando gosto de uma comédia, traduzo-a para meu gozo íntimo. é a melhor prova de gratidão para com as obras de arte que nos impressionaram. O Trianon pediu-me uma peça traduzida. Ofereci algumas. A de Mazzolotti agradou plenamente. Eis porque Um homem entre as mulheres, meu beguin teatral íntimo saiu do meu gabinete para o palco do Trianon, onde estreará terça-feira.
- Que é a peça?
- Uma deliciosa blague com a gravidade dos filósofos e a intransigência das feministas. Platão e Miss Pankurst se estivessem sentados na plateia, ririam amarelo, mas ririam. A sátira é desenvolvida com tanta linha, com uma noção tão exata da justa medida humorística que os filósofos e a feministas...
- Em 27 out 1931 [A Esquerda] Um homem entre as mulheres - A Companhia de Comédias Musicadas, dá hoje no Trianon, em primeiras representações Um homem entre as mulheres, peça em três atos. Trata-se de um original italiano, traduzido pelo nosso confrade Alberto de Queiroz.
- Em 28 out 1931 [Diário de Notícias] A peça em três atos que ontem representou a atual companhia do Trianon, aliás traduzida com habilidade e segurança por Alberto de Queiroz, no gênero comédia ligeira...
- Em 29 out 1931 [Diário Carioca] O comentário da noite: Eu sei que a minha peça caiu, asseverava à porta do Trianon o Dr. Alberto de Queiroz. Agora, o que eu lamento é que ela não tenha caído no gosto do público.
- Em 17 nov 1931 [A Noite] A Companhia do Trianon já tem em ensaios a peça que substituirá no seu cartaz a República das Laranjeiras. é a comédia francesa Ces dames aux chapeaux verts, traduzida por Alberto de Queiroz com o título As solteironas de chapéus verdes.
- Em 24 nov 1931 [A Noite] Alberto de Queiroz, o brilhante crítico teatral e fino homem de sociedade, fez anos anteontem. Foi essa uma grata oportunidade para que o nosso distinto confrade, mais uma vez visse através das muitas e expressivas homenagens que recebeu, quanto é querido e admirado.
- Em 25 nov 1931 [Diário de Notícias] Ontem tivemos As solteironas de chapéus verdes no Trianon, inteligentemente traduzida e adaptada por Alberto de Queiroz.
- Em 14 dez 1931 [Diário da Noite] Em época de crise é um fato notável uma peça alcançar mais de 50 representações seguidas. é o que se festeja hoje no Trianon. As solteironas de chapéus verdes é o título da encantadora comédia que o nosso festejado confrade Alberto de Queiroz traduziu do original de Abel Acrément.
- Em 18 dez 1931 [Correio da Manhã] Será amanhã apresentado ao público o número de Natal do triunfante magazine ilustrado Bazar. A colaboração é assinada por nomes brilhantes da literatura nacional e estrangeira, entre outros: Henrique Pongetti, Guilherme de Almeida, Manoel Bandeira, Lazinha Luiz Carlos, Carlos Drummond de Andrade, Alberto de Queiroz, Gloria Swanson - e ilustrações, entre outros, de Cândido Portinari, Anita Malfati, Gilberto Trompowsky.
- Em 6 fev 1932 [A Batalha] A rentrée da Companhia de Comédias no Trianon: Já se sabe qual a peça de estreia a 1 de março da Companhia do Trianon, da empresa Staffa. Denomina-se Rosário e a tradução é de Alberto de Queiroz.
- Em 17 abr 1932 [Correio da Manhã] No Trianon, terça feira serão iniciadas as representações de Rosário, magnificamente traduzida por Alberto de Queiroz e destinada a ter grande sucesso.
- Em 19 abr 1932 [Diário da Noite] O Rosário, já dissemos, foi traduzida magistralmente por Alberto de Queiroz, que conservou toda a beleza original desse verdadeiro poema.
- Em 21 abr 1932 [Correio da Manhã] Fazendo a crônica da estreia de O Rosário no Trianon, a crítica teatral sem discordância elogiou calorosamente a notável comédia de A. Bisson, a tradução primorosa de Alberto de Queiroz e a interpretação impecável dos comediantes brasileiros. (...) O Rosário de A. Bisson traduzido primorosamente por Alberto de Queiroz, humaniza os personagens eternos de um dos mais célebres romances familiares do mundo The rosary, de Florence Barclay.
- Em 21 abr 1932 [Diário Carioca] Rosário no Trianon (...) O trabalho de tradução é dos mais felizes que se tem feito entre nós, vindo colocar A de Queiroz entre os nossos mais profundos teatrólogos.
- Em 28 abr 1932 [Diário de Notícias] Alberto de Queiroz espera que O Rosário bata o recorde das Solteironas: Alberto de Queiroz, o tradutor de As solteironas de chapéus verdes, detém um recorde no nosso teatro de comédia: Ces dames aux chapeaus verts de Acrémant teve sessenta e oito representações consecutivas, na pior época teatral do Rio. Traduzindo O Rosário, o brilhante cronista deu ao Trianon as melhores casas da sua temporada e parece que ele mesmo melhorará o seu recorde, tal o êxito que O Rosário está obtendo.
- Em 23 jun 1932 [Correio da Manhã e Diário Carioca] O Rosário despede-se hoje do cartaz com cem representações - O Trianon festeja hoje as cem representações de O Rosário que se despede do cartaz encerrando uma carreira altamente honrosa para o teatro brasileiro. (...) Os espetáculos de hoje são dedicados a Alberto de Queiroz, o fino cronista que traduziu O Rosário.
- Em 2 jul 1932 [Diário Carioca] As solteironas dos chapéus verdes voltam ao cartaz do Trianon (...) tão bem transplantada pela pena brilhante de Alberto de Queiroz à cena brasileira.
- Em 5 jul 1932 [Correio da Manhã, Diário Carioca e A Batalha] A Castelã de Schenstone no Trianon - Comédia para moças que vai do sorriso à gargalhada, do sentimentalismo suave à emoção forte, A Castelã de Shenstone que A. Bisson extraiu do romance de Florence Barclay e que Alberto de Queiroz, o mesmo tradutor de O Rosário, passou para o nosso idioma, é uma peça destinada a êxito igual ao de O Rosário.
- Em 3 ago 1932 [A Batalha] No Trianon - Está em adiantados ensaios a peça a seguir. Trata-se da comédia de Jean Sarment, traduzida por Alberto de Queiroz, Les plus beaux yeux du mond, de agrado certo.
- Em 12 ago 1932 [Diário Carioca] Trianon, hoje inauguração dos espetáculos por sessões às 8 e 10 horas com as primeiras representações da encantadora comédia de Jean Sarment Les plus beaux yeux du monde, na brilhante tradução de Alberto de Queiroz, Os mais lindos olhos do mundo.
- Em 29 out 1932 [Diário Carioca] O comentário da noite: - Onde devia ser levada a Marquesa de Santos, quando sair do João Caetano? perguntou ontem o Mario Nunes ao Alberto de Queiroz. E o crítico que traduziu Rosário respondeu: - Penso que a Marquesa de Santos irá para o Pedro I, com certeza.
- Em 31 maio 1933 [Diário da Noite] O nosso confrade Alberto de Queiroz deixou sobre uma das mesas do Café Belas Artes, um exemplar datilografado da comédia Trois et une, original de Denús Amiél. Tratando-se de uma peça francesa que, no momento não existe nas livrarias, Alberto de Queiroz pede a quem achá-la entregá-la na secretaria da Empresa Artística Teatral no edifício do Teatro Municipal.
- Em 25 jun 1933 [A Batalha] Está trabalhando com grande agrado no Boa Vista, de São Paulo, a Companhia de Comédias Dulcina de Moraes - Manoel Durães. A peça em cena é As solteironas de chapéus verdes, tradução do nosso confrade Alberto de Queiroz.
- Em 1 ago 1933 [Diário Carioca] O Sr. Procópio Ferreira há tempos encomendou ao nosso colega Dr. Alberto de Queiroz a tradução da peça L'homme qui jouait du banjo, tendo sido pago o respectivo a valoir, por intermédio da SBAT. Não tendo até a presente data aquele ator satisfeito o seu compromisso, o Dr. Alberto de Queiroz vai chamá-lo a juízo, tendo constituído seus advogados os Drs. Lauro Demoro e Sá Leitão Filho.
- Em 5 set 1933 [Diário Carioca] De Alberto de Queiroz, diretor de publicidade do Municipal, recebemos um gentil agradecimento pelo que fizemos durante a última temporada lírica.
- Em 10 jan 1934 [A Batalha, Diário de Notícias] Teatro Carlos Gomes, sexta feira, a pedidos, As solteironas de chapéus verdes, tradução de Alberto de Queiroz.
- Em 18 jan 1934 [Correio da Manhã] De acordo com edital da Prefeitura do Distrito Federal, será realizado domingo próximo no Stadium Brasil, na Feira de Amostras o grande concurso de músicas carnavalescas para 1934. O júri que selecionou as vinte músicas para o julgamento final de domingo era constituído de, entre outros, Alberto de Queiroz de O Jornal.
- Em 24 jan 1934 [Correio da Manhã] Teatro Casino, hoje, a famosa peça de Barclay, traduzida por Alberto de Queiroz, Rosário.
- Em 23 maio 1934 [Correio da Manhã] Teatro Rival, a seguir outro grande sucesso Ela e Eu ... de Verneiul e Berr, tradução de Alberto de Queiroz.
- Em 6 jun 1934 [Diário Carioca] ... só depois então ocupará o cartaz a deliciosa obra de George Berr e Louis Verneiul que Alberto de Queiroz traduziu com capricho Ela e Eu, e que tanto sucesso marcou aqui, em 1932 no Municipal.
- Em 17 jun 1934 [Diário de Notícias] Assim os que forem assistir Ela e Eu no Rival - Teatro verão a linda comédia de passagens cômicas tão irresistíveis, tal ela é no seu original pois a preocupação de Alberto de Queiroz foi traduzi-la fielmente conservando-a de maneira impecável o espírito e todos os grandes característicos dessa peça de sucesso que fez Paris inteira rir durante longos meses (...).
- Em 30 jun 1934 [A Noite] Primeiras - Ela e eu no Rival. Ele e eu, de Verneuil na brilhante versão do nosso colega Alberto de Queiroz ...
- Em 19 jul 1934 [Diário Carioca] Cinquenta vezes seguidas o fino público carioca vem aplaudindo Dulcina no seu magistral desempenho em Ela e Eu ... a deliciosa comédia de Berr e Verneuil que Alberto de Queiroz verteu para a nossa língua com rara felicidade.
- Em 2 ago 1934 [Diário Carioca] A première de hoje no Casino: Procópio vai aparecer num trabalho de grande merecimento e de muitas dificuldades. (...) Com as representações de Quick que Alberto de Queiroz habilmente traduziu, Procópio nos dá um presente de primeira ordem...
- Em 4 ago 1934 [Diário Carioca] Primeiras: Quick no Casino - Alberto de Queiroz que traduziu Ela e Eu.. ora em crescente êxito em cartaz no Rival, traduziu também e magistralmente a linda peça que Procópio escolheu para ser o seu cartaz no mês, na cidade, Quick.
- Em 24 out 1934 [Diário Carioca] Rival hoje, Gaiola Dourada (Liberté Provicoire), comédia em 4 atos de Michel Duran em tradução de Alberto de Queiroz.
- Em 24 out 1934 [Gazeta de Notícias] Procópio está apresentando no Boa Vista de São Paulo a tradução de Alberto de Queiroz O rei do cobre.
- Em 6 jan 1935 [Gazeta de Notícias] O conjunto Dulcina-Odilon que está realizando uma temporada interessante no Teatro Apolo da capital paulista, apresentou anteontem a comédia Ela e Eu, original de Berr e Verneuil (Ma soeur e moi) em brilhante tradução do nosso ilustre confrade Alberto de Queiroz.
- Em 28 fev 1935 [Correio da Manhã] Teatro Escola (antigo Casino), reapresentação da encantadora comédia Rosário, traduzida por Alberto de Queiroz.
- Em 10 maio 1935 [Correio da Manhã] na sexta-feira próxima estreará no Rival Teatro, Fredaine vai casar, a famosa comédia de André Picard, em tradução de Alberto de Queiroz.
- Em 25 maio 1935 [Correio da Manhã] Fredaine venceu! Fredaine vai casar foi um êxito! Hoje a peça bonita (Le mariage de Fredaine, de André Picard) , traduzida por Alberto de Queiroz será representada em vesperal e em duas elegantes soirées no Rival Teatro.
- Em 29 maio 1935 [Diário da Noite] Fredaine vai casar (...) A tradução que é de Alberto de Queiroz vem consolidar o renome conquistado por esse brilhante crítico em trabalhados de tal natureza.
- Em 2 jun 1935 [Gazeta de Notícias] A linda tradução de Alberto de Queiroz - Dulcina no papel de Fredaine está irresistível.
- Em 4 jun 1935 [Diário da Noite] Le mariage de Fredaine, de André Picard presentemente apresentado aqui pela Companhia Dulcina-Odilon, na esmerada versão de Alberto de Queiroz, com o título de Fredaine vai casar...
- Em 7 set 1935 [Diário Carioca] As novas peças que vão ser representadas, (...) teremos depois Les Amants terribles e Liberté procisoire de Michel Durand, tradução de Alberto de Queiroz.
- Em 9 set 1935 [A Noite] A seguir: Alegria de amar! (La joie d'aimer) de Louis Verneuil, tradução de Alberto de Queiroz.
- Em 21 set 1935 [Gazeta de Notícias] Última Hora Teatral, Alegria de Amar no Rival Teatro pela Companhia Dulcina-Odilon - Já uma vez eu tive a ocasião de dizer nesta coluna que considerava o meu confrade Alberto de Queiroz um verdadeiro técnico para escolher bons originais para traduzir. Ainda desta feita La joie d'aimer, inteligente e habilmente traduzida sob o título Alegria de amar, veio confirmar o concerto que emiti.
- Em 11 e 15 dez 1935 [Diário Carioca e Diário da Noite] Depois de O grande banqueiro, o brilhante conjunto do Regina, encabeçado por Olga Navarro e Jayme Costa, apresentará uma engraçadíssima comédia francesa Cotte d'Azur, de Birabeau e Dolley, que na brilhante tradução de Alberto de Queiroz recebeu o sugestivo título de Quando desperta o amor...
- Em 19 dez 1935 [Correio da Manhã] Quando desperta o amor, na tradução de Alberto Queiroz, ressente-se das impropriedades inevitáveis nos que, lendo exclusivamente livros franceses, acabam achando naturais, expressões francesas que, traduzidas literalmente para o brasileiro, redundam em verdadeiras aberrações sintáticas e infringem o gênio do nosso idioma. Sem embargo excetuados alguns trechos onde a falta de correção era patente, o original não se viu muito maltratado no texto brasileiro. Havia certa fluência no período, certa graça na expressão - Heitor Lima.
- Em 19 dez 1935 [Gazeta de Notícias] Quando desperta o amor (...) É original esta produção literária dos imaginosos autores parisienses e em cuidadosa forma vertida para o nosso idioma por Alberto Queiroz.
- Em 20 dez 1935 [Diário Carioca] Primeiras - Quando desperta o amor, no Regina - De autoria de Birabeau e Dolley dois comediógrafos de renome mundial e magistralmente traduzida pelo escritor Alberto de Queiroz, o consciencioso tradutor que já nos deu Rosário, As Solteironas dos chapéus verdes e muitas outras comédias...
- Em 20 dez 1935 [Gazeta de Notícias] Quando desperta o amor... Registrou um extraordinário sucesso artístico de bilheteria e de gargalhada a apresentação da nova comédia do teatro Regina, Quando desperta o amor..., habilíssima tradução que Alberto de Queiroz fez da impagável comédia francesa Cote d'Azur.
- Em 7 abril 1936 [Diário Carioca] Referem-se os jornais chegados de Porto Alegre que a estreia da Companhia Dulcina-Odilon no teatro Coliseu, revestiu-se de um brilho extraordinário sem precedentes na história do teatro porto-alegrense. A peça de estreia foi Ela e eu, original de Louis Verneuil e Georges Berr na tradução primorosa de Alberto de Queiroz, conhecido jornalista e crítico autorizado....
- Em 20 maio 1936 [O Imparcial] Na Cinelândia: O público principia a voltar ao teatro, afirmava o Alberto de Queiroz. Os recitais de Brailowsky [pianista Alexander Brailowsky] tiveram sempre grande concorrência.
- Em 7 jun 1936 [Diário Carioca e Gazeta de Notícias] Alberto de Queiroz: Segue depois de amanhã para Belo Horizonte onde irá fixar residência, Alberto de Queiroz, conhecido homem de letras e que durante muitos anos foi um dos críticos teatrais mais conceituados e queridos. Na capital mineira irá trabalhar no Diário da Tarde.
- Em 5 out 1937 [A Nação, RJ] Alberto Queiroz - Faleceu ontem nesta capital um dos mais dedicados homens de teatro que a atual geração de artistas conheceu: Alberto de Queiroz.Tendo iniciado a sua carreira na imprensa como cronista mundano em A Noite, Alberto Queiroz veio a optar no jornalismo pelo exercício da crônica teatral e logo a interessar-se pelas atividades da cena e a exercer sua operosidade nos escritórios da empresa do Teatro Municipal, dirigindo a publicidade de temporadas prestigiosas, secretariando enfim o principal teatro da cidade. Foi também diretor da temporada oficial de Jayme Costa em 1931, no Teatro João Caetano e tradutor de peças francesas de marcante sucesso, entre as quais O Rosário e As solteironas dos Chapéus Verdes, para citar apenas duas de suas traduções que maior número de representações atingiram em todo o Brasil. No repertório de Dulcina e de Procópio, Alberto Queiroz contou também trabalhos de sucesso inconfundível. Tendo exercido durante largos anos a crítica dos teatros em O Jornal, Alberto Queiroz ultimamente transferira residência para Belo Horizonte e exerceu sua função de redator em O Estado de Minas. Em revistas como O Cruzeiro, desta capital, Alberto Queiroz escreveu crônicas admiráveis, inclusive balanços do ano teatral. Era escrupulosissimo como crítico e redator dos assuntos de teatro, mas não há memória de haver alguma vez sido menos justo ou deselegante das suas apreciações sobre artistas.
- Em 5 out 1937 [Diário de Notícias, RJ] - Alberto de Queiroz - O falecimento desse escritor teatral, crítico e jornalista -
A morte de Alberto de Queiroz era esperada. Há muito que o festejado tradutor, escritor e jornalista se encontrava doente.
Tentara a cura da moléstia que o minava até em Belo Horizonte, de onde voltara melhor de seus sofrimentos e pior de outros. Apelou então para o clima carioca.
Tudo em vão. Alberto de Queiroz acaba de falecer nesta capital, à rua Coelho Neto n. 92.
Alberto de Queiroz era figura muito relacionada nos vários meios sociais e teatrais. Surgiu como cronista mundano na rósea Notícia de quinze para 20 anos atrás, em pleno período da sua mocidade, quando dirigia naquele popular vespertino já desaparecido, a seção elegante Pé de Coluna. Depois fez-se crítico de teatro, criando nome.
Há uns anos para cá, Alberto de Queiroz dedicava-se também à tradução de peças teatrais, principalmente francesas, idioma que conhecia a fundo, brindando os repertórios das nossas companhias de comédias com inúmeras traduções que fizeram sucesso.
A Associação Brasileira dos Críticos Teatrais, recém criada, e que o elegera há pouco, seu presidente de honra, fora há uns anos passados uma ideia sua.
O enterro de Alberto de Queiroz teve lugar domingo às 17 horas no cemitério de São João Batista, com grande acompanhamento, sendo aquela associação representada pelo seu presidente o sr. Bandeira Duarte.
Domingo à noite, a Companhia Brasileira do Teatro Olympia, ao começar a primeira sessão, relembrou o amigo da gente do teatro que fora Alberto de Queiroz.
O ator Humberto Catalano, antes do início do espetáculo, pediu à assistência um minuto de silêncio em memória di escritor e jornalista falecido.
Alberto de Queiroz morre com menos de 50 anos.
- Em 5 out 1937 [Correio da Manhã, RJ] - Faleceu o jornalista Alberto de Queiroz - O óbito ocorreu nesta cidade do último domingo - Na madrugada de anteontem faleceu nesta cidade, à rua Coelho Neto n. 82, o jornalista e escritor teatral dr. Alberto de Queiroz, presidente de honra da Associação dos Autores Teatrais.
Na direção de Manuel da Rocha, Alberto de Queiroz manteve na A Notícia uma seção diária, Pé de Coluna, onde eram tratados com elevação assuntos de arte. Foi o tradutor de duas peças muito representadas: As meninas dos chapéus verdes e Rosário. O seu sepultamento realizou-se anteontem à tarde no cemitério de São João Batista.
- Em 05 out 1937 [Gazeta de Notícias, RJ] - Gazeta Teatral - Alberto de Queiroz - Os círculos teatrais foram surpreendidos domingo pela manhã com a notícia da morte do brilhante jornalista Alberto de Queiroz, um dos mais acatados críticos teatrais do país, elemento de grande prestígio entre os seus pares, ainda recentemente aclamado presidente de Honra da Associação Brasileira de Críticos Teatrais. Alberto de Queiroz soube honrar a crítica teatral. Brilhante, independente, amigo, o ilustre cronista de O Jornal soube se impor `1a admiração não somente dos elementos dos círculos teatrais - autores ou artistas - mas também do público porque ele era uma opinião acatada.
Inteligente e culto, Alberto de Queiroz, no setor teatral não se limitou ao exercício da crítica, contribuindo para o levantamento do nível do nosso teatro, com uma série de traduções admiráveis de peças francesas. Pode-se arrolar entre os seus magníficos trabalhos, pelos notáveis êxitos que registraram: As solteironas dos chapéus verdes, Rosário, Quando desperta o amor e Cote d'Azur.
O profundo pesar nascido com a notícia de sua morte, foi uma viva demonstração do quanto era estimado e respeitado esse brilhante dos nossos colegas da crítica teatral. Geysa Boscoli.
- Em 05 out 1937 [Diário da Noite, RJ] Festa e Luto - No momento em que a Associação Brasileira de Críticos Teatrais dava uma demonstração pública do seu prestígio com a realização do seu primeiro grande espetáculo, avizinha-se do seu presidente de honra a morte para, enfim o tragar. Festa e alegria, num contraste chocante com pesar e luto.
Alberto de Queiroz, esse amigo dedicado, o crítico conscencioso que ilustrou com o seu talento, muitos anos, a seção teatral de O Jornal; p autor do estilo correto e elegante, deixava o mundo no instante justo em que o seu sonho de muito tempo, a ABCT se transformava na mais auspiciosa realidade! Parece que o golpe rude do destino fora, na sua crueldade, complacente ainda permitindo que antes, nós os críticos de hoje e diretores da sociedade que ele idealizara, prestássemos a homenagem de que se fizera credor, levando-lhe o conforto e a emoção nos seus derradeiros dias, com a investidura na presidência de honra. Queiroz, quando Bandeira Duarte lhe comunicou a nossa deliberação, enterneceu-se, chorou de alegria e mal pode balbuciar as primeiras palavras de agradecimento; os seus colegas, os companheiros de ontem, não se esqueceram dos seus benefícios: a sua ausência do nosso convívio não conseguira apagar o traço indelével e ... de sua passagem pela crítica teatral.
A sua morte não impedirá também que o seu estilo continue a orientar os que aqui ficam, admirando-nos ao seu exemplo e forçando-nos para cada vez mais dignificar a classe que Alberto de Queiroz tanto elevou e tanto honrou.
- Em 05 out 1937 [Diário da Noite, RJ] Homenagens póstumas a Alberto de Queiroz - Várias homenagens foram prestadas anteontem nos meus artísticos a Alberto de Queiroz. A ABCT se fez representar no seu enterramento pelo presidente Bandeira Duarte, enviando também uma coroa.
No teatro Olympia o espetáculo foi suspenso por um minuto, uma sensível demonstração do fato.
A ABCT recebeu condolências da Companhia Clara Leon da empresa e artistas do teatro Olympia e de vários atores e atrizes.
- Em 5 out 1937 [A Noite, RJ] Falecimentos - Alberto de Queiroz - Após um longo período de enfermidade, acaba de falecer nesta capital o Dr. Alberto de Queiroz, engenheiro civil e jornalista. Não só em nossos meios intelectuais como na aristocracia carioca, era o extinto uma personalidade que se singularizava tanto por seus brilhantes dotes de espírito, como por suas qualidades de alma. Em nossa imprensa, Alberto de Queiroz se tornou admirado como fino cronista mandando e abalizado crítico teatral. Sua morte foi, pois, profunda e sinceramente sentida tendo seus colegas e amigos prestado à sua memória expressivas homenagens.
- Em 06 out 1937 [Gazeta de Notícias, RJ] - BINÓCULO - Alberto de Queiroz foi o que se pode chamar um homem elegante. Elegância de maneiras. Elegância de estilo.
Redigindo seu Pé de Coluna, durante uma das fases mais brilhantes de A Notícia, foi o cronista encantador da vida mundana da cidade, numa época em que a metrópole mais linda do mundo não havia sido alcunhada ainda de Cidade Maravilhosa.
Seus comentários dentro de um espírito de suave ironia, focalizando os aspectos de uma sociedade que vinha pouco a pouco se libertando das algumas de certos e determinados preconceitos, não tinham a vulgaridade dos lugares-comuns que caracterizavam em geral, as crônicas deste gênero.
Antes, senhor de uma forte cultura, ditadas pelos seu valor intelectual e pelo conhecimento da vida mundana dos centros elegantes das grandes capitais, Alberto de Queiroz emprestava às suas palavras em torno deste ou daquele fato de interesse, para a sua seção, um sabor parisiense, leve e agradável.
Mas, desapareceu um dia Guy de Maupassant aquele Pé de Coluna que a gente lia com prazer.
E um dia vim a conhecer Alberto de Queiroz fazendo a crítica teatral de O Jornal.
Um autêntico crítico, por sinal.
Não atacava pelo prazer de atacar, não elogiava pela obrigação de ser amável.
Discordando ou elogiando era sempre o mesmo espírito que pairava por sobre os detalhes insignificantes para só exaltar ou condenar a essência da peça a que assistira ou do trabalho do artista que a interpretara. Mas tudo com aquela elegância de forma dando à sua crítica o caráter de um ensinamento estético longe, bem longe, da preocupação de arrasar os valores negativos ou positivos, ajudando entretanto a construir teatro à altura da nossa mentalidade.
Cabe nesta coluna uma nota de saudade.
E esta é a que nos inspira a notícia da morte de Alberto de Queiroz, ocorrida domingo último, quando os seus amigos de teatro proclamavam-no presidente de honra da Associação dos Críticos Teatrais. Que homenagem maior poderia engrinaldar o esquife de Alberto de Queiroz que esta, nascida espontaneamente do coração de seus colegas?
T. De S.
- Em 6 out 1937 [Jornal do Brasil, RJ] - Alberto de Queiroz - Em muitos anos de convívio nessa labuta de todos os dias que é a tarefa de fazer jornal, Alberto de Queiroz, que desapareceram dentre nós há longos meses e que pertinaz enfermidade abateu definitivamente sábado último, só uma impressão nos deixou - a do companheiro leal e cavalheiresco, atencioso e bom, incapaz por interesse próprio de criar dificuldades a outrem. Era como nós, como tantos outros, um persistente batalhador pelo teatro na nossa terra que ele sonhava igual ao francês que ele queria com os extremos de uma cultura orientada pelo gênio gaulês. Por anos e anos como crítico teatral animou todas as iniciativas dignas, levou o seu aplauso a todos os empreendimentos honestos visando o engrandecimento e a expansão das diversões teatrais na nossa cidade, merecendo-lhe sempre, os novos, palavras de incitamento, de encorajamento. Era traço marcante do seu caráter a cordura e não me recordo de o ver irritado, senão magoado com as injustiças de que acaso era vítima. Além da alta missão de orientar uma outra o seduziu: fez-se tradutor de peças e muitas das mais interessantes comédias encenadas nos nossos teatros traziam sua chancela, foram vertidas por ele para o português. Sejam pois estas palavras de saudade pelo amigo que se foi, pelo companheiro que da nossa grei desertou, a expressão do nosso sentido pesar. Para o teatro, a morte de Alberto de Queiroz foi uma grande perda. Para os que o admiravam, o estimavam como nós, a contingência dolorosa que só encontra consolo na exaltação de suas virtudes e no carinho culto de sua memória. Ass: Mario Nunes
- Em 06 out 1937 [Correio da Manhã, Jornal do Comércio, Diário Carioca, RJ] - O falecimento de um sócio da ABI. Logo que teve notícia do falecimento do seu consócio Alberto de Queiroz, a Associação Brasileira de Imprensa fez hastear em funeral o seu pavilhão e expressou as suas condolências à família enlutada e à Associação de Cronistas Teatrais, da qual era presidente de honra.
- Em 7 out 1937 [A Noite, RJ] - O desaparecimento de um crítico - Morreu Alberto de Queiroz.
Ele era um excelente companheiro. Homem de teatro, foi um idealista. Alimentou esse ideal durante largo espaço de tempo. No dia em que se desiludiu, afastou-se de tudo e passou a contemplar o teatro de longe.
Moço distinto, inteligente, culto, viajado, Alberto de Queiroz exerceu, durante vários anos, a crítica teatral. Fê-lo sempre com grande critério, com grande escrúpulo, escrevendo coisas sensatas, vendo com agudeza, observando com penetração. Sua crítica impessoal era sempre uma palavra de boa apreciação expendida com independência e com justeza.
Alberto de Queiroz deixou amigos em todos os ramos da atividade teatral brasileira, entre autores, artistas, empresários, críticos teatrais.
Doente há já algum tempo, esperava-se a qualquer momento o seu trepasse. Nem por isso foi menos sentida a sua morte. Aqui lhe deixamos estas palavras de saudade. - H.
- Em 8 out 1937 [A Noite, Correio da Manhã, Jornal do Comércio, RJ] - Dr. Alberto de Queiroz - Sua família convida para a missa de 7º dia que será rezada amanhã, sábado, dia 9, no altar-mor da igreja da Candelária, às 10 horas.
- Em 9 out 1937 [O Imparcial, RJ] - Missas, rezam-se hoje, entre outras: Dr. Alberto de Queiroz, às 10 horas no altar-mor da igreja da Candelária.
- Em 13 sw outubro de 2023 fiz busca na Hemeroteca da Biblioteca Nacional utilizando = O Jornal e Alberto de Queiroz = e encontrei 482 menções, a grande maioria para a coluna Teatro e Música, assinada por ele.