Livro: Queiroz, Borges da Costa, Machado & Palhares - Genealogia e Histórias
- Em carta de 21 jul 1895 [JJQJr para Laura] Estou bem impressionado com a doença do Carlos e aborrece-me esse telégrafo impossível que não transmite telegramas ou não os entrega; telegrafei ontem pedindo notícias e como até agora, 2 horas da tarde, nem uma resposta, tu compreende bem quanto isso aflige a quem tem uma preocupação com um irmão e pensando na aflição de mamãe que com certeza está assustada e porque como tu sabes a Bijou é uma penina doente e não se pode contar muito com ela.
- Em carta de 23 jan 1900 [JJQJr] confirmação da data de nascimento.
- Em carta de 6 fev 1904 [Anna Machado para sua filha Laura] Soube ontem por carta de papai que o Carlos Queiroz estava bem doente coitado, Deus lhe dê melhoras.
- Em carta de 12 mar 1904 [Anna Machado para sua filha Laura] Estimei saber que o Carlos já está bom e agora com a mudança de ares deve aproveitar muito e fazer-lhe bem. Lembranças a ele. (Carlos estava em Esperança)
- Em 25 set 1904 [Correio da Manhã] Bahia, 24: Foi lavrado o contrato entre o Estado e Diogo Clemente Santos, Carlos Queiroz, José Joaquim Queiroz, Alexandre Leander e Silva Lobo, representados por Alkain, para extraírem areias monazíticas nos lotes de Lençóis, Riacho Doce e Ostras, Barro Novo e Veldos, nos municípios de São José, Porto Alegre e Caravelas.
- Em carta de 3 jul 1905 [Laura para JJQJr] Ontem fui um pouco com as filhinhas à casa do Carlos, pois elas estavam loucas por ver o gato.
- Em carta de 14 maio 1907 [Laura para JJQJr] O baile da Bijou pouco engrossou, ela teve diversos ameaços e no último, antes das 8 h., foi para a cama. A essa hora Mercedes e Carlos foram-se preparar para irem ao teatro - Boêmia.
- Em 30 nov 1907 [Correio da Manhã] A Caixa de Amortização e o Poder Judiciário, Alvará desrespeitado: O Sr. Carlos de Queiroz propôs ao juiz federal da 1a. vara uma ação ordinária pedindo a anulação do ato da junta administrativa da Caixa de Amortização que se negou a cumprir um alvará do Dr. Zacharias Monteiro, então juiz do extinto Tribunal Civil e Criminal, para o fim de ser eliminada a cláusula do usufruto de oito apólices da Dívida Pública que foram dadas de bonificação pela reconversão de 29 apólices que ele possui em usufruto e em comum com os seus irmãos José Joaquim de Queiroz Junior, Dr. Júlio de Queiroz Moura [sua irmã Julia de Queiroz Moura e não Júlio] e Alberto de Queiroz e sobre mais outros no valor de 5.200$000 que são de plena propriedade.
- Em 1909 (Almanak do Rio de Janeiro) Importação, Exportação e Comissões e Consignações de gêneros nacionais e estrangeiros, aparece a firma Queiroz, Moreira & Cia, rua General Câmara, 45, sócios: José Joaquim de Queiroz, José Moreira da Silva Lobo, Diogo Clemente dos Santos e Carlos de Queiroz.
- Em 1910 (Almanak do Rio de Janeiro) Sócio e guarda-livros da Queiroz, Moreira & Cia.
- Em 19 out 1912 (Correio da Manha) Vende-se uma grande e boa casa para residência (...) informa-se e trata-se com Queiroz, Moreira & C., rua General Câmara, 45.
- Em 24 out 1912 [Correio da Manhã] Naufrágio do vapor Fagundes Varela: Tendo a Congregação da Marinha Civil por uma comissão de seus sócios tomado a seu cargo promover uma subscrição em benefício das abandonadas famílias das vítimas do Fagundes Varela (...) Quantias recebidas ontem: entre outros, de Queiroz, Moreira & C. - 50$000
- Em 1913 [Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de Janeiro] A empresa Queiroz, Moreira & C., rua General Câmara, 45, telefone 744 aparece agora sem José Joaquim de Queiroz e somente com os sócios: José Moreira da Silva Lobo, Diogo Clemente dos Santos e Carlos de Queiroz.
- Em carta de 9 maio de 1913 [Laura para JJQJr] Fomos as 3, e Silvéria, que chegou bem, à Boa Vista encontrando todos bons. As crianças do Carlos muito bem dispostas, não parecendo os mesmos. Em carta de 11 maio 1913 [JJQJr para Laura] Fico satisfeito das boas notícias de saúde do povo de Carlos, oxalá a sua pequenada se fortaleça bem e que diminua, com a saúde, a verba enorme que ele dispende com médico e farmácia.
- Em 9 out 1914 [Correio da Manhã] Aluga-se por 60$ mensais a boa casa da rua Conselheiro Agostinho, 34 (...) trata-se com Queiroz, Moreira & C., rua General Câmara, 45.
- Em 1914 [Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de Janeiro] Queiroz, Moreira & Ca., rua General Câmara, 45, telefone 744, endereço telegráfico: Alexandria, Caixa do Correio, 713, sócios: José Moreira da Silva Lobo, Diogo Clemente dos Santos e Carlos de Queiroz.
- Em 11 dez 1914 [Correio da Manhã] O diretor geral do gabinete do Ministério da Fazenda remeteu ao diretor comercial do Lloyd Brasileiro, para informar a respeito, o requerimento em que Queiroz, Moreira & Comp. pedem o pagamento de 1.590 debentures da empresa Esperança Marítima.
- Em 22 dez 1914 [Correio da Manhã] Aluga-se o 2 andar da casa da rua General Câmara, 45 com bons cômodos para família, com luz elétrica - para ver e tratar na mesma casa, com Queiroz, Moreira & C.
- Em carta de 12 mar 1915 [Laura para JJQJr] O que te disse do Carlos, foi o que soube lá mesmo; o próprio Carlos disse-me que o médico achava-lhe o pulmão muito pior do que o coração, mas que faltava ainda o exame da urina para ver o que havia nos rins. A Mercedes foi quem me disse que o Dr. Austregésilo [Terceiro ocupante da Cadeira 30 da Academia Brasileira de Letras, eleito em 29 de agosto de 1914, na sucessão de Heráclito Graça e recebido pelo Acadêmico Mário de Alencar em 3 de dezembro de 1914. Antônio Austregésilo (Antônio Austregésilo Rodrigues Lima), médico, professor e ensaísta, nasceu no Recife, PE, em 21 de abril de 1876, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 23 de dezembro de 1960. Era filho do advogado José Austregésilo Rodrigues Lima e de Maria Adelaide Feitosa Lima. Educou-se no Colégio das Artes, no Recife. Lá conheceu Tobias Barreto e participou, precocemente, do movimento literário e artístico da Escola de Recife. Aos 16 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro para cursar a Faculdade de Medicina. Teve, entre seus mestres, Francisco de Castro, que exerceu grande influência sobre ele. Formou-se em 1899, defendendo a tese Estudo clínico do delírio. Foi o início da sua copiosa bibliografia sobre doenças mentais. Em 1902, tornou-se médico da Santa Casa de Misericórdia. No governo Rodrigues Alves (1902-1906), integrou a equipe do professor Juliano Moreira, que assumira a Diretoria de Assistência aos Alienados. Foi o seu reencontro com a neurologia, que veio a ser sua especialização. Em 1909, foi designado, pela Congregação da Faculdade de Medicina, para professor substituto de Clínica Médica, Patologia Interna e Clínica Propedêutica. Em 1912, foi designado professor da recém-fundada cátedra de Neurologia na Universidade do Brasil. Principiou ali a sua grande obra de mestre, lançando no Brasil as bases de uma especialidade nova e criando a primeira escola de Neurologia. Fundador dos Arquivos Brasileiros de Medicina e dos Arquivos Brasileiros de Neurologia e de Psiquiatria, representou o Brasil em vários congressos internacionais de Neurologia. Foi deputado federal por Pernambuco, de 1922 a 1930; membro da Academia Nacional de Medicina e da Sociedade Brasileira de Neurologia, das quais foi presidente; membro correspondente da Academia das Ciências de Lisboa; membro correspondente da Academia de Medicina de Paris e da Academia de Medicina de Nova York; membro honorário de todas as associações médicas do Brasil e da América do Sul; professor Honorário da Faculdade de Medicina de Pernambuco; e professor emérito da Universidade do Brasil. Além de numerosas obras de medicina e psicologia, escreveu ensaios que evidenciam as qualidades do escritor. Seu pendor literário foi para o Simbolismo] já lhe havia feito uma receita que tinha ficado no bolso.
- Em 29 abr 1915 [Correio da Manhã] Aluga-se o prédio da rua da Quitanda, 71, as chaves estão na rua General Câmara, 45, Queiroz, Moreira & C., onde se trata.
- Em 14 nov 1915 [Correio da Manhã] Serraria movida a vapor, nos subúrbios da E.F. Leopoldina, vendo-se uma bem montada; para informações com os Srs. Queiroz, Moreira & C., à rua General Câmara. 45.
- Em 13 set 1919 (Correio da Manhã, O País e época) Anúncio fúnebre: José Moreira da Silva Lobo, Queiroz, Moreira & C. profundamente magoados pelo infausto passamento do seu prezado sócio comanditário José Moreira da Silva Lobo, mandam celebrar segunda feira 15 do corrente 1as 9 1/2horas na igreja da Venerável Ordem Terceira do Carmo, uma missa pelo seu eterno repouso para a qual convidam os seus amigos e pessoas das relações do extinto, o que agradecem.
- Em 5 nov 1920 [Gazeta de Notícias] Faleceu o Sr. Carlos Queiroz - vitimado por uma tuberculose da laringe, faleceu à 1 hora da madrugada o Sr. Carlos de Queiroz, antigo comerciante desta praça e irmão dos Drs. Alberto de Queiroz e Queiroz Junior. O finado tinha 47 anos de idade e o seu enterramento efetuar-se-á hoje às 5 horas da tarde,. saindo o féretro mortuário da casa à rua 19 de fevereiro, 155, para o cemitério de São João Batista.
- Em 9 nov 1920 [O Imparcial] Anúncio fúnebre: Carlos de Queiroz - Mercedes Sanchez de Queiroz e seus filhos, Julia Romagueira Sanchez e filha, Julia de Queiroz Moura e filhos, Alberto de Queiroz, viúva Queiroz Junior e filhas, Laura Sanchez Steele e filhos, Marcos Carneiro de Mendonça e senhora comunicam o falecimento do seu querido esposo, pai, genro, irmão, cunhado e tio, Carlos de Queiroz, e convidam seus amigos e parentes acompanhar o seu enterramento hoje, terça feira 9, às 5 horas da rua Dezenove de Fevereiro, 155, Botafogo para o cemitério de São João Batista.
- Em 24 maio 1923 [diário de Laly] Tio Carlos morreu um ano depois de papai, tísico da laringe com dois meses de sofrimentos horríveis, dolorosos.