Árvore genealógica de Anna Amelia de Queiroz


avós
paternos
José Joaquim de Queiroz + Amélia Borges da Costa
PAI
José Joaquim de Queiroz Junior (Juca - Queiroz Jr)
08-12-1870 - Rio de Janeiro (RJ) (Brasil)
 †  15-09-1919 - Rio de Janeiro (RJ) (Brasil)
avós
maternos
Luiz Alves Pereira Machado + Anna Xavier Palhares
MÃE
Laura Palhares Machado (Laura Machado - Laura Queiroz)
11-04-1874 - Rio de Janeiro (RJ) (Brasil)
 †  29-12-1941 - Rio de Janeiro (RJ) (Brasil)

IRMÃO(s)
Anna Amelia de Queiroz
1896

Anna Amelia de Queiroz
(Anna Amelia Carneiro de Mendonça - Dani)
17-08-1896 - Rio de Janeiro (RJ) (Brasil)
 † 31-03-1971 - Rio de Janeiro (RJ) (Brasil)
(idade: 75 anos)
 
CÔNJUGE(s)
Marcos Claudio Philippe Carneiro de Mendonça
cc 17-12-1917

25-12-1894 - Faz Boa Esperança, Arraial da Meia Pataca (MG) (Brasil)
 †  19-10-1988 - Rio de Janeiro (RJ) (Brasil)

FILHO(s) de Anna Amelia de Queiroz e Marcos Claudio Philippe Carneiro de Mendonça
Eliana Laura Carneiro de Mendonça
17-05-1920 - Rio de Janeiro (RJ) (Brasil) . † 19-12-1920 - Rio de Janeiro (RJ) (Brasil)
Heliodora Carneiro de Mendonça
29-08-1923 - Rio de Janeiro (RJ) (Brasil) . † 10-04-2015 - Rio de Janeiro (RJ) (Brasil) [idade: 92 anos]
m- Priscilla Scott Bueno
m- Patricia Scott Bueno
m- Helen Marcia Potter

   NOTAS


Livro: Os Carneiro de Mendonça

Livro: Queiroz, Borges da Costa, Machado & Palhares - Genealogia e Histórias

- Em 17 agosto 1896 - nascimento de Anna Amélia - JJQJr e Laura moravam em São Paulo quando Laura ficou grávida de Anna Amélia. Nessa ocasião eram vizinhos, possivelmente na rua Santa Isabel, 4, do escritor e jornalista Euclides da Cunha [1866-1909], que sugeriu que no caso de uma menina, que a futura herdeira se chamasse Urraca, em homenagem à rainha consorte Urraca de Castela, casada com D. Afonso II de Portugal [1186-1220].

- Em carta de 12 ago 1902 [para JJQJr] Não me posso conformar com a ideia de não vires para beijar Anniquinha no dia 17 e estou certa que vens, não?  Caso só venhas no sábado, para chegar aqui nesse dia, peço-te que vás para a Tijuca, pois pretendo subir sábado para passarmos os anos dela com Mamãe como lhe prometi, visto não existir mais tua mãe que era madrinha dela, e que por isso teria preferencia.

- Em carta de 14 maio 1905 [Laura para JJQJr] Estamos aqui desde ontem, as filhinhas e eu, e felizmente elas tem se portado muito bem e estão muito bem dispostas, graças a Deus.

Teu pai hoje convidou-me para levá-las com ele ao Parque.

Disse que estava com dor de cabeça (pretexto), mas que ia pedir à Julieta para ir em meu lugar; fui empenhar-me com a Julieta que felizmente foi com mil recomendações minhas, pois apesar de ter confiança nela, sempre temia alguma travessura de Laly.

Imagina em que aflição fiquei, teu pai tendo prometido que iriam no carrossel e no balanço; não sosseguei enquanto não as vi de volta, graças a Deus muito boazinhas e num entusiasmo enorme, coitadinhas nunca tinha, visto nada que se aproximasse daquilo. Anniquinha apreciou muito o magnetismo e a prestidigitação, e Laly os bonecos com o ventríloquo e o carrossel. Cada uma mostra o seu temperamento. Laly não tem tido dor de ouvido, mas o Dr. Moreira de Carvalho disse-me que fizesse as lavagens por mais uns quinze dias, que estão quase passados.

- Em carta de 21 jun  1906 [Laura para JJQJr] Com tua autorização e conforme pretendia, pedi à Mana para ir à casa da senhora que desejava para professora das meninas, pedir-lhe para vir falar-me a respeito; a filha disse que ela está em São Paulo, mas que uma sua prima ficaria satisfeita se eu a tomasse pois procura colocação - e ficou de mandar-lhe recado para vir até cá. Veio ontem, e não desgostei do seu modo: é solteira e moça, mas não menina, parece educada, é bem falante e simples.  Expus o que desejávamos e penso que está nos casos de servir, pois diz que sabe bem o português, francês e inglês gramatical e praticamente, aritmética, geografia, história, música, piano, canto e desenho. Pediu 120$000 por mês, e eu fiquei de resolver pois me havias permitido aí, foi que ela viesse durante o tempo que me demorar aqui, dar lições das matérias já mencionadas, 2 vezes por semana, às duas por 50$000 mensais, comprometendo-se a ir ao Cosme Velho nos dias que estivermos lá.  Penso que estarás de acordo sobre isso e acho que será bom ter alguma convivência com ela durante este tempo; assim irei observando o seu modo e se serve para ir conosco, e no caso de não servir acharei pretexto para despedi-la e procurarei outra. Ella chama-se Emiliana Suckow e diz o Napoleão, são muito bem vistas por aqui, essas moças - E no botequim há línguas!... é sobrinha e cunhada do Dr. Luiz Carlos. Falei nas filhas de Titi e ela pede mais 30$000; sobre isso escrevo à Julia a carta inclusa que peço-te entregares. Em  22 jun 1906 As filhinhas estão num entusiasmo enorme com a Mademoiselle que vem começar hoje as lições.  Coitada, começa com bastante chuva. Em 24 jun 1906 As crianças estão encantadas com as lições e com a professora. Só peço a Deus que conservem o entusiasmo. Em 26 jun 1906 A professora veio sábado e virá hoje; seu ensino parece bom. Lista dos livros solicitados pela professora - 2 exemplares de cada um:

José Portugal - Curso Prático de Português - 5.000 (mil réis)

João Ribeiro - Gramática Portuguesa (curso elementar) - 2$000

Lacerda - Geografia 2$000

Berlitz - Método francês - 4$000

Leopoldo Miguez - Elementos de Teoria Musical - 10$000

Wülner - Primeiro ano de solfejo - 4$000

Lacerda - História do Brasil - 2$000

Lacerda - Pequena História Sagrada - 2$000

1 folha de papel de desenho - 800

1 borracha para lápis - 1.000

Lousas e lápis - 2.400

(que horror!) 35$200

- Em carta de 9 jul  1906 [Laura para JJQJr] As meninas foram ontem com o Alberto e Julieta ao football e estão encantadas, principalmente Anniquinha que compreendeu logo e acompanhou todo o jogo, diz o Alberto, com o maior interesse.  Laly, já se sabe, o que quer é brincar, e pintou o sete pulando nas arquibancadas.

- Em carta de 29 abr 1907 [Anna Amélia para JJQJr) Ontem fomos passear de automóvel com Eugênio [Gudin] e eu gostei muitíssimo. Fomos às avenidas Beira-Mar e Central. Eugênio tomou um automóvel esplêndido que fez muito "fomfom". Mecameca [América Machado] nos acompanhou no passeio.

- Em carta de 19 jul 1908 [Laura para JJQJr] Recebi ontem um postal do Alberto dizendo-me que tendo ido ao Cinematógrafo Parisiense tinha visto a fita do football que as meninas lá estavam e que lembrava leva-las. é inútil dizer-te que estão aflitas por irem ver-se. Depois de amanhã uma das manas as levarão.

- Em 16 ago 1909 [diário de Laly] Hoje, segunda, começamos a ter feriado.  Acordamos tarde, à 7 e meia.  Mamãe tinha escrito ao Dr. Luiz Delfino e mandado uns versos de Annie pedindo a sua opinião franca sobre eles e ele respondeu encorajando-a a continuar.

- Em carta de 17 maio 1911 [JJQJr para Laura] Lembro-te o negócio das poesias de Anniquinha. é preciso que ela escolha as que quer publicar, revê-las de modo que sejam entregues ao Alberto antes da sua partida para Europa.  Convém aproveitar esta oportunidade não só porque fica muito mais barato, como porque provavelmente ficará o serviço muito mais perfeito. Quando entregares a Alberto, deves dizer-lhe para mandar imprimir uns 25 exemplares em edição especial de luxo (não muito luxo, preço módico) e mais uns 150 edição comum.  Como não posso explicar claramente o que desejo, e não será fácil transmitires ao Alberto e para simplificar a encomenda, deves dizer a ele que me será agradável que a despesa não atinja a 500 francos, antes que aquém desta cifra.

(Nota: Paul Giordan gentilmente calculou qual seria o valor atualizado dos 500 francos em 1911 e concluíu que seriam em 2013, seriam 1.718,90 Euros ou R$4.772,50 reais).

- Em carta de 18 out 1911 [JJQJr para Laura] menciona carta de seu irmão Alberto Queiroz, que escreveu de Paris em 27 set 1911 dizendo que o livro de poemas de Anna Amélia estava em processo de impressão.

- Em carta de 18 out 1911 [JJQJr para Laura] Os versos de Anniquinha foram procurados em todas as gavetas, caixas, e etc. ... Provavelmente Anniquinha esqueceu de guardá-los depois de os haver mostrado a D. Quinha.  Admitindo a hipótese, pouco provável, que eles não sejam encontrados, resta o consolo de que eles já se estão imprimindo em Paris, segundo comunicação de Alberto em carta que acabo de receber, datada de Grande Hotel em 27 - 9 - 1911. No dizer de Alberto, virá um trabalho primoroso. 

- Em carta de 8 jun 1912 [de Maria Luiza Machado, Chachacha - sobre a publicação do primeiro livro de poesias de Anna Amélia - Esperanças) Minha querida sobrinha  A minha ignorância não permite que eu diga o que sinto lendo Esperanças.  Opiniões abalizadas fazem os elogios de que és merecedora, eu também quisera fazer mas faltam-me expressões. Este belo livrinho que é a tua estreia será guardado como uma preciosa relíquia.  Com os sinceros agradecimentos envia-te parabéns e beija-te tua tia que te dedica verdadeira amizade.  Chachacha

- Em carta de 9 jun 1912 [de Belloca para Laura] Prezada Laura,  Foi com muita alegria e admiração que li, de uma assentada, o delicado e mimoso livro de tua filhinha.  Realmente, é assombroso, como tão jovem ainda, uma criança quase, já revele tal éstro poético e tanta doçura, meiguice e elevação de ideias!  Sua almazinha pura, seu coração terno e amoroso, sua inteligência santamente impressionável se traduzem ali.  Tudo a enternece, tudo a sensibiliza e arranca-lhe uma pérola do escrínio precioso que é o seu coração.  Quase que se a conhece sem se lhe haver sondado a alma.  Tudo tão puro, tudo tão leve!  Que ela continue a  produzir assim e teremos em nossa literatura tão pobre e tão deficiente para as jovens, uma preciosa poetiza e livros que se possam aconselhar ás almas delicadas e nobres.  Senti ao ler - Rola - Gotas de orvalho - Coração - Cruz - etc. o desejo de abraça-la e, direi mais, de prepara-la, se ainda não a fez, ou de tê-la preparado, se já a fez, para sua Primeira Comunhão.  Uma alma assim, tão cândida e virginal, saberia abrir-se a Nosso Senhor como o lírio em botão abre sua carola perfumada aos raios do sol e nosso Deus desferiria em seu coração as mais belas cordas das santas emoções!  Finalizando, abraço-a como uma mãe que sabe apreciar o talento unido a inocência, e abraço-te a ti, também.  Eu e Zezinho felicitamos ao teu bom marido também.  Envia-te mil e mil felicitações e agradecimentos pelos bons momentos proporcionados por aquele mimo, a amiga  Belloca  R das Palmeiras 61 Botafogo

- Em carta de 2 jun 1913 [JJQJr para Laura] Estou apreciando em pensamento o entusiasmo da Anniquinha nas discussões do football com Napoleão e a carinha da Laly sem compreender esse entusiasmo de Anniquinha quando ela não o tem pelo football. Conta-me o que elas trouxeram de impressão do famoso match, e quem afinal venceu América ou Fluminense?  E em carta de 2 jun 1913 [Laura para JJQJr] As meninas chegaram às 11, entusiasmadas, principalmente Anniquinha com o seu gênio de entregar-se com ardor a qualquer opinião que toma, chegou contando vitória pelo clube vencedor América, do qual já eram ambas partidárias. às 7 horas tinha chegado o Sr. Nhonhô Buarque para jantar e com elas veio o Sr. Roberto, desceram às 11 1/2 e nessa 1/2 hora só falaram no feio que fez o Fluminense.

- Em carta de 12 jun 1913 [Anna Amelia para JJQJr) Anteontem não soubemos bem a lição de geografia. Vamos estudá-la para terça feira. Fazemos agora descrições verbais, que depois escrevemos. Vamos esta semana escrever a primeira que fizemos.

- Em carta de 28 ago 1913 [Laura para JJQJr] As meninas ficaram com a Mana, Anniquinha queria correr as livrarias para não comprar os livros por achar caros! Na Garnier [Livraria Garnier 1844-1934 Rio de Janeiro], foram elas apresentadas pela Mana ao Hermes Fontes e por este ao Alberto de Oliveira. A poetisa voltou contentíssima com os novos conhecimentos e em 30 ago 1913 [JJQJr para Laura] Anniquinha enquanto não se convencer que livros custam dinheiro, não deve pensar em compra-los. Felicita-a pelas relações "poéticas" principalmente pela de Alberto de Oliveira, que é um homem intelectual e um homem equilibrado, o outro é um tanto desorganizado mentalmente.

- Em carta de 30 ago 1913 [Laura para JJQJr] Anniquinha está aqui sentindo-se muito bem e a conversar com o Napoleão; já se sabe o assunto: football!! As duas [Anna Amelia e Laly] estão a pensar se hão de preferir o América à exposição de cães, amanhã! Em carta de 31 ago 1913 [JJQJr para Laura] Diz às grandalhonas que fico torcendo pela vitória do América e pelos sucessos do MARCOS, rei dos goalkeepers nacionais!!!

O assunto football é tratado em muitas cartas anteriores a essas, mas essa é a primeira vez que há uma referência específica ao Marcos, com quem Anna Amélia se casaria 4 anos depois.

- Em carta de 5 set 1913 [Laura para JJQJr] As meninas ontem à noite tiveram ocasião de conversar com o Hermes Fontes. O Sr.  Lulu (irmão da linda Violeta) tinha ficado de vir cá ontem e não veio. às 9 h. chegou o Hermes [Fontes] (poeta) pensando encontrar-se aqui com o amigo. Meio atrapalhado entrou e muito gago começou a prosa com as duas. No correr da conversa pediu para ver alguma poesia da nossa poetisa e parece ter ficado muito bem impressionado com algumas das poesias, notando e explicando alguns defeitos de outras. Há uma que ele diz perfeita e entusiasmado escreveu a lápis ótima e assinou! Diz ele que encontra uma diferença enorme nos versos, que a evolução  fez-se de uma maneira espantosa, parecendo pelos versos ter Anniquinha vivido e pensado uns 20 anos, nestes 3 que se passaram! Em fim, muitos elogios, ela protestava e ele assegurando que achava realmente o que dizia, alegando que poderia esquivar-se de julgar calando-se, sorrindo e dizendo que as poesias eram boazinhas! Saiu daqui à meia noite, desculpando-se de se ter esquecido da hora e dizendo que tinha encontrado duas almas eleitas! Impagável aquela figurinha feia, quase disforme, que parece iluminar-se ao falar (embora gagueje)!

- Em carta de 20 set 1913 [JJQJr para Laura] Já tinha lido o resultado do match, resultado aliás muito honroso para o América. Avalio o entusiasmo e a tensão nervosa com que as nossas duas torciam pelo América e polo "notabilíssimo" goalkeeper e "eminentíssimo player" Marcos!!!

- Em carta de 28 maio 1914 [Laura para JJQJr] As meninas estavam aflitas por ir pagar a visita às Mendonça e lá fui eu acompanha-las.  As senhoras são realmente muito agradáveis e simples. Estivemos lá das 3 às 5 1/2. O Marcos esteve lá e eu pedi-lhe para te propor para sócio do Fluminense. As meninas estão anciosas por isto para poderem ir à patinação e eu creio que o Octavio esqueceu-se.

- Em 22 jun 1914 [Laura para JJQJr] As nossas demoiselles já patinam regularmente, aprenderam na varanda da casa do Carlos. Estão ansiosas pela patinação de amanhã no Fluminense. Na véspera  de virmos para cá combinaram com o Sr.  Nhonhô chegar à rua Guanabara no rink às 8 horas para, antes da chegada do pessoal chic, darem uma lição com ele.

- Em 27 jun 1914 [Laura para JJQJr] ... vi que não tinha mandado dizer que o célebre  goalkeeper esteve aqui das 8 à 1/2 noite e 1/4.  Está animando-se....

- Em carta de 8 ago 1915 [Laura para JJQJr] As meninas chegaram às 20 h do picnic e, já se sabe, o goalkeeper veio com elas, jantou e desceu agora às 23 1/4. Estão se amiudando muito as visitas!

- Em 12 out 1916 (A Notícia - Pé de coluna) No rink do Fluminense F.C. entre as graciosas demoiselles que se entregaram aos prazeres da patinação: entre outras, Laly e Anna Amélia de Queiroz.

- Em 16 dez 1917 [O Imparcial] Casamentos: Realiza-se amanhã o casamento da senhorita Anna Amelia de Queiroz, filha do engenheiro e industrial J.J. de Queiroz Junior, diretor da Usina Esperança, com o Sr. Marcos de Mendonça, diretor gerente da Companhia Locativa e Construtora. Serão testemunhas no ato civil por parte da noiva o Dr. Moreira de Carvalho, diretor do Banco do Brasil e o Sr. Claudino Moniz, industrial, e do noivo, Drs. Gonzaga de Campos, diretor do Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil e Arnaldo Guinle, e no religioso, por parte da noiva o seu avô materno, Sr. Luiz Alves Pereira Machado e a Srta. Maria Luiza Machado e do noivo o Dr. Plínio de Almeida Magalhães e senhora.

- Certidão de casamento: 5a. circunscrição: Lagoa e Gávea, livro 24, fls. 127 n. 353.

- Em 18 dez 1917 [O País] Realizou-se ontem o enlace matrimonial da senhorita Anna Amélia de Queiroz com o Sr. Marcos de Mendonça. O ato civil efetuou-se às 14 1/2 horas na residência dos pais da noiva à praia de Botafogo, e o religioso às 15 horas na matriz do Sagrado Coração de Jesus, à rua Benjamin Constant.

- Em carta de 25 jun 1922, São Paulo - Anna Amélia querida - Li o livro que mandaste a papai e mamãe; li e fiquei verdadeiramente deslumbrada! Eu que sou prima sinto-me engrandecida com esse parentesco, imagino agora o teu Marcos!  Anna Amélia eu não tenho palavras para exprimir o meu entusiasmo, bem sabes que sou tão pequenina á teu lado, que confesso tenho acanhamento em te escrever cumprimentando mais esta revelação do teu grande talento.  Mas não quero que deixes de saber que no meio de tantos intelectuais existe uma insignificante criatura que te admira sinceramente.  Um abraço para o Marcos que foi, e é a tua inspiração.

Beijos para Marcita e José Joaquim, e abraçando-te saudosa beija-te a

Beatriz [Beatriz Pereira Machado, filha de Christiano e Julia Machado].

- Em carta de 18 jul 1922 [para Anna Amelia] Minha senhora, Apresso-me em muito cordialmente agradecer o tríplice obséquio com que V.Excia. me distinguiu: o oferecimento de seu belo livro, as generosas palavras da dedicatória e o requinte da gentileza de vir pessoalmente em companhia de seu digno marido, trazer-me o volume. Creia que estou deveras sensibilizado e desvanecido. Alma é realmente a revelação de uma alma superior, cheia de harmonia e elegância, impregnada de nobres aspirações e sabendo deleitosamente traduzi-las. Queira aceitar as minhas respeitosas homenagens e congratulações pelo seu merecido triunfo literário, que espero e desejo seja seguido de muitos outros. Tenho a honra de subscrever-me, de V.Excia., admirador e respeito servo, Conde de Affonso Celso.

- Em carta de 1922 [de Totota, Maria da Gloria Alves Machado para sua prima Anna Amelia) Anniquinha, Estive até agora à espera de Lulu para agradecer-te a Alma. E isso porque ele queria por força juntar a crônica que fez. Muitíssimo obrigada. Sinto não saber fazer aqui o elogio que tanto merece, só sei dizer que tenho lido e relido, achado cada vez mais belas as tuas poesias. Podes crer que tens em mim a maior admiradora do entusiasmo que tens pelo teu herói. E as tuas alminhas, como vão? Gostei muito do retratinho do Juco. Dê-lhe e à Marcia muitos beijinhos de Maria Lygia e Hélio. Saudades a todos. Abraça-te e ao Marcos a muito amiga Totota. Tia Laura tem passado bem? - no verso de Armando Luiz Silveira da Motta - Lulu, marido de Totota, para Anna Amelia: Anniquinha, Muito obrigado pela oferta de teu lindo livro. Li-o todo com viva emoção. Reuni numa crônica as minhas desvalias impressões e dei-as à Gazeta, onde ainda não foram publicadas, devido aos acontecimentos do Rio. Receba com Marcos os meus parabéns e um abraço muito afetuoso. Lulu

- Em abril de 1926 - ... A escassez do tempo com que foram tomadas estas notas ligeiras, que não tem outro fim senão significar-te e ao teu querido esposo Marcos, e meu velho amigo de infância, a minha modesta e insignificante homenagem, impediu-me que discorresse sobre outras passagens da tua primorosa obra, principalmente aquelas que se concentram nas Velhas Páginas e na Alma Ansiosa, para não falar nessa maravilhosa porta de ouro com que abre o palácio encantado do teu livro: Voai, versos meus!  Tua alma, Anna Amélia, e digo-te com toda a sinceridade, sem qualquer espírito de lisonja, é uma harpa capaz de dar de si, notas ainda mais vibrantes. Cultiva-o minha excelsa poetisa, com aquela força de expressão, com aquele encanto da forma, com aquela funda sensibilidade de que desta esplêndida revelação neste livro Alma e no que acabaste de ler aos intelectuais desta terra: Ansiedade. São Paulo, abril de 1926, Melchior Carneiro de Mendonça

- Em 6 jul 1927 [Correio da Manhã] Radio Sociedade (Onda 400 metros), às 9:05 horas Programa litero-musical com o concurso de entre outros: Anna Amélia de Queiroz Carneiro de Mendonça, senhorita Laura Margarida de Queiroz e Sr. Guy de Maupant.

- Em carta de 17 ago 1927 [de Austregésilo de Atahyde] Querida mestra do Mal de Amor: Leio hoje que lhe acontece a vulgaridade do seu aniversário. Essas datas não significam muito, servem porém para que os amigos digam uns aos outros quanto se estimam e admiram. A vida em geral não é um bem comemorável, mas sua vida da eleita da poesia, merece bem que se celebre de ano em ano como um favor do céu à pobre humanidade que se delícia ainda com o brinquedo infantil das palavras rimadas. Não posso ir pessoalmente beijar-lhe as mãos, mas aqui lhe deixo a expressão viva do meu respeito e dos votos que faço pela crescente alegria da sua alma.

- Em 27 set 1927 [Correio da Manhã e O País] Está fundado o Centro de Cultura Teatral - o seu primeiro espetáculo será a 15 de novembro próximo - (...) Para secretários foram eleitos D. Maria Eugênia Celso e o Sr. Alberto de Queiroz.  Do Conselho Auxiliar da diretoria fazem parte, entre outros, Anna Amélia de Queiroz, Paschoal Carlos Magno, Claudino Muniz. Abertas as inscrições para o quadro de amadores já com, entre outros os nomes de Laura Margarida de Queiroz e Alberto de Queiroz. O primeiro espetáculo será no dia 15 de novembro, em récita da gala, com o drama histórico de Luiz Edmundo A Marquesa de Santos, e com a comédia de João do Rio, Eva. Para maior brilhantismo desse espetáculo que marcará o início de uma nova era para o nosso teatro, o Centro de Cultura Teatral nomeou uma comissão que vai solicitar uma audiência particular ao presidente da República, afim de lhe expor o vastíssimo programa da nova associação. Dessa comissão fazem parte, entre outras, a Sra. Anna Amélia de Queiroz.

- Em 30 out 1927 [O País] Sociedade de Cultura Teatral - No palacete de residência da Viúva Queiroz Junior, a convite da poetisa Anna Amélia de Queiroz Carneiro de Mendonça, reuniram-se ontem os organizadores da Sociedade de Cultura Teatral, para distribuição e leitura pelos seus interpretes dos principais papeis das peças que servirão para apresentação daquela sociedade, que se propõe a trabalhar pelo desenvolvimento e apuro da arte de representar entre nós.

- Em carta de 1 ago 1929 [de Laura para Anna Amelia] Deve chegar esta, talvez no dia 17. Tenho imensa pena de não poder abraçar-te nesse dia! Chachacha a 19 e Barbarinha a 29. Mil abraços à velha e mil beijos à guria!

- 1934 -Participou do Tribunal Eleitoral quando da apuração das eleições para a Constituinte de 1934 

- Em 25 nov 1934 [Diário Carioca] Uma noite de literatura, Luis Martins.  O meu parentesco com Anna Amelia de Queiroz Carneiro de Mendonça não me deixa constrangido para proclamá-la uma das criaturas mais fascinantes deste mundo de Deus.  Poetisa brilhante, nome prestigioso na nossa literatura de hoje, ela é principalmente uma conservadora, admiravelmente inteligente, conquistadora de admirações esparsas por uma porção de gente, desde os estudantes que não quiseram mais outra rainha, até os graves senhores importantes que usam colarinho duro no pescoço e nas ideias, impedindo-os de gesticular muito e de pensar demais.  

Ana Amelia olhando o panorama da nossa vida intelectual, percebeu logo uma coisa evidente: não há de forma alguma essa hipotética vida intelectual.

Isso é para falar com toda a franqueza.

A gente aqui vive dispersa, sem se reunir, sem um lugar, não digo pra trocar ideias, mas ao menos para trocar palavras. Isso não custa nada. Agora lugar é que não temos. Café, não interessa por que tem muitas coisas atrapalhando. Bar, no bar a gente quer é beber e não tratar de literatura.  No meio da rua?

Evidentemente não é bom lugar. Então não há mais nada.  Porque a gente aqui não cultiva a vida em comum, o club, o local, exato de reunião e numa época de sindicalização intensíssima, o homem de letras não pensou nisso ainda, porque o homem de letras não tem tempo de pensar...

Bem. Pois Anna Amelia e Marcos de Mendonça pensaram, pensaram, viram que tinham uma casa bonita, boa para gente se reunir, tomar chá, ouvir uma palestra, versos, música, sair de lá contente com a felicidade ingênua de tornar a virar porta outra vez. E então pronto. Vamos fazer reuniões assim desse jeito.  Para começar convidaram Odilo Costa Filho para falar sobre Tavares Bastos.

Odilo foi. Foi e falou. Falou e foi um sucesso magnífico. (...)

- Compraram a casa da rua Cosme Velho 233 (depois 857) em janeiro de 1944 e se mudaram para lá em 7 de maio de 1946, após a reforma.

- Em 17 ago 1958 [Correio da Manhã] Vida cultural - Anna Amélia e sua poesia: Entre as poetisas cariocas avulta o nome de Anna Amélia de Queiroz Carneiro de Mendonça, das mais inspiradas e espontâneas e cujo estro magnífico lhe deu uma justa notoriedade.  Anna Amélia que hoje festeja seu natalício, nasceu nesta cidade, filha do engenheiro José Joaquim de Queiroz Junior e de D. Laura Machado de Queiroz, tendo ido muito cedo para a Usina Queiroz Junior, ex-Esperança, em Minas, juntamente com sua irmã Laura Margarida, também poetisa.  Estreou aos quinze anos com o livro de versos Esperanças e logo no ano seguinte voltava ao Rio, aqui prosseguindo os estudos.  Dedicando-se aos interesses da classe estudantil, fundou em 1929  a Casa do Estudante do Brasil, sendo então eleita Rainha dos Estudantes Cariocas pelos alunos da antiga Universidade do Rio de Janeiro.  Encarregada de páginas femininas passou a colaborar em vários jornais e revistas, tendo também desempenhado diversas comissões de caráter cultural e estudantil.  Foi delegada do Brasil ao XX Congresso Internacional Feminista em Istambul, no ano seguinte.  Tem ocupado vários postos em diversas instituições femininas e educacionais, como a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, a Associação Brasileira de Educação, a Associação dos Artistas Brasileiros, os Institutos Brasil-Chile, Brasil-Uruguai, Brasil-Bolívia e vários outros.  Casada com o historiador Marcos Carneiro de Mendonça, Anna Amélia tem realizado várias viagens havendo já visitado quase todos os estados do Brasil e quarenta países.  Além da poetisa de rara sensibilidade, de suave lirismo, Anna Amélia é ainda conferencista, dedicada a assuntos pedagógicos, folclóricos, sociais e históricos.  Depois daquele livro de estreia, tem publicado: Alma, Ansiedade, A harmonia das coisas e dos seres, Mal de amor, Poemas, além de várias conferências. N.C. 

Chamada de Anniquinha pelas tias e irmãs, de Anni pela mãe e de Dani pelos netos. Passou seus primeiros anos na Usina Esperança, depois Usina Queiroz Junior em Minas Gerais onde, juntamente com sua irmã Laura Margarida, Laly, recebeu instrução de preceptoras, com quem aprenderam francês, inglês e alemão. Nas suas palavras, "comecei a fazer versos desde que comecei a pensar e falar" e publicou aos 15 anos seu primeiro, com os versos escritos dos 12 aos 14. Transferindo-se com a família para o Rio de Janeiro, publicou versos em algumas revistas, e em 1922, já casada, editou seu segundo livro de poesias. Quando ficou noiva, em 15 de agosto de 1916, morava com seus pais na praia de Botafogo, 88. Quando se casou, no ano seguinte, já haviam se mudado para o número 210. Grávida de sua primeira filha, foi quem não contraiu gripe espanhola na família, e cuidou de todos os outros.  Em 1928 foi eleita Rainha dos Estudantes pelos universitários do Rio de Janeiro. Em 1929 fundou a Casa do Estudante do Brasil, da qual foi presidente vitalícia fundação com a finalidade de dar assistência, promover intercâmbio e cultura entre os estudantes do Brasil e correspondência com outros países, assim como moradia e refeições subsidiadas, serviço médico e odontológico, bolsas de estudo, orientação vocacional e um serviço de empregos.  Participou ativamente do Movimento Feminista, em favor da emancipação política e social da mulher, e como vice-presidente da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, representou oficialmente o Brasil em 1935 no Congresso Internacional de Mulheres em Istambul na Turquia, quando viajou com o marido e a filha mais velha de Zeppelin para Munique e depois pelo Expresso Oriente para a Turquia. Foi escolhida para representar o Brasil na Comissão Internacional de Mulheres com sede na União Pan-Americana em Washington, USA, reunida em 1942 e em 1967 foi convidada pelo governo do Estado de Israel para representar a mulher brasileira no Congresso Internacional Feminino pela Paz e Desenvolvimento.  Nunca exerceu cargo remunerado e nunca se envolveu em política embora tenha colaborado na Campanha Feminista.  Em jul 1930 era diretora artística do Automóvel Club do Brasil, Gazeta de Notícias, Rio, 9 jul 1930. Seu nome foi dado a uma Escola no Rio de Janeiro e a prefeitura desta cidade deu seu nome à praça em frente ao edifício sede da Casa do Estudante do Brasil, onde mais tarde foi inaugurado seu busto em bronze.  Junto com o marido, viajou pelas Américas do Norte, Central e do Sul, Europa, áfrica e Oriente Médio.  Pertenceu ao Conselho de Menores, ao Conselho Diretor da Associação Brasileira de Educação (da qual foi duas vezes presidente), da Associação dos Artistas Brasileiros e do Hospital Pro Matre cuja finalidade era amparar a mãe carente. Dirigiu as atividades artísticas do Automóvel Clube do Brasil do qual era sócia Honorária.  Era membro da Associação dos Artistas Brasileiros, da Associação Cristã Feminina, da Sociedade Americana de Escritores e Artistas de Havana, Cuba, da Sociedade Brasileira de Cultura Inglesa, do Instituto Brasil-Estados Unidos, Brasil-Chile e Brasil-Bolívia.  Colaborou em vários jornais do Rio de Janeiro como O Globo, Diário da Noite, A Noite,  O Jornal e Diário de Notícias no qual dirigiu por 2 anos a Página Feminina e na revista O Cruzeiro.  Foi a primeira mulher a ser membro do Tribunal Eleitoral, fazendo parte de uma mesa apuradora nas eleições de 1934. Em dez 1936 a revista O Malho promoveu uma enquete, para seus leitores apontarem a mulher literata que mereceria integrar o quadro titular da Academia Brasileira de Letras, a qual, na época, não as admitia. O resultado foi em 1º) Maria Eugênia Celso; 2º) Gilka Machado; 3º) Alba Canizares do Nascimento; 4º) Ana Amélia de Queiroz Carneiro Mendonça; e 5º) Henriqueta Lisboa. As vencedoras foram homenageadas em solenidade na Associação Brasileira de Imprensa. A cada uma das vencedoras O Malho ofereceu um medalhão em bronze, contendo no verso e reverso as inscrições: Plebiscito promovido pelo O Malho e Levemos a Mulher à Academia de Letras - 1936. Anna Amélia e Marcos foram grandes colecionadores de antiguidades que incluía mobiliário brasileiro, louça brasonada, prata e imagens sacras e peças arqueológicas. 

Publicações 

- Quatro pedaços do planeta no tempo do Zeppelin, Edições Arquimedes, RJ, póstuma, 1976

- O Bandeirante de Ferro (em colaboração), RJ, 1970

- Jóias do Brasil Antigo, Edições Arquimedes, RJ, 1968

- 50 Poemas de Anna Amélia, Livraria São José, RJ, 1957

- Poemas, Livraria Editora da C.E.C., RJ, 1951

- Castro Alves, um estudante apenas, Editora CEB, RJ, 1950

- A Boa Linguagem na Poesia, 1940

- Mal de Amor, Litotipografia Fluminense Ltda, RJ, 1939

- A harmonia das coisas e dos seres, Irmãos Pongetti Editores, RJ, 1936

- Ansiedade, Empresa Brasil Editora, RJ, 1926

- Alma, Empresa Brasil Editora, RJ, 1922

- Esperanças, Librairie Garnier Frères, Paris, 1911

Traduções 

- Hamlet, de William Shakespeare,  Livraria Agir Editora, RJ, 1968 - Ed Nova Aguilar, 2004

- Ricardo III, William Shakespeare, Nova Fronteira, RJ, 1993

- Todomundo, autor anônimo inglês (final sec xv), Edição particular, 1959

- América Hispânica, de Waldo Frank, 1946

Conferências & discursos

- Castro Alves - Um estudante apenas, Ministério da Educação, RJ, Ed CEB, 1950

- Dois meses entre os americanos, Instituto Brasil-Estados Unidos, RJ, Ed CEB, 1944

- A boa linguagem na poesia, Departamento de Imprensa e Propaganda RJ, 1940

- Pan-Americanismo, Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, Palácio do Itamarati, RJ, 1938

- Saudação a Gabriela Mistral, Instituto Internacional de Cooperação, Ministério das Relações Exteriores, RJ, 1938

- Paz dos Estudantes na América, Sociedade Universitária de Intercâmbio Cultural, RJ, 1937

- A mulher como cidadã, Congresso Internacional de Mulheres, Istambul, Turquia, 1935

- Minhas Viagens - Um filme maravilhoso, Associação dos Artistas Brasileiros, RJ, 1935

- Saudação do presidene Getúlio Vargas, Congresso Feminista, RJ, 1934

- Poetisas e Escritoras Brasileiras, Instituto Histórico e Geográfico do Brasil, RJ, 1929

- Estudantes do meu país, na sua coroação como Rainha dos Estudantes, Teatro Municipal, RJ, 1928

- Aos doutourandos em  Direito, Hotel Glória, RJ, 1928

- Um salto de meio século - Feminismo, Federação Brasileira pelo Progresso Feminino e Instituto de Educação, RJ, 1925

Links externos


Anna Amelia

descrição: 2020 - CPDOC FGV

“'Anna Amélia - Feminismo no tempo do Zeppelin' aborda a trajetória da poeta Anna Amélia de Queiroz Carneiro de Mendonça cuja obra literária e atuação na luta pelo direito das mulheres no século XX é pouco conhecida." Este filme foi produzido na Oficina de Audiovisual em Sala de Aula, ofertada pelo Núcleo de Audiovisual e Documentário da FGV CPDOC no ano de 2019. Direção: Tarcila Soares Formiga


Anna Amelia

descrição: 2021 - FGV

Webinar | Mulheres escritoras – arquivos literários e feminismos na América Latina Mesa 1 - 2 de agosto de 2021


Anna Amelia

descrição: 1984 - Amor Eterno (Soneto CXVI) - Elba Ramalho

Soneto de Shakespeare, tradução de Anna Amelia de Queiroz Carneiro de Mendonça, musicado por Tadeus Mathias, 1984 Universal Music Ltda


Anna Amelia

descrição: 2020 - Fotografias - CPDOC FGV

Anna Amelia

descrição: 2023 - Quartas Públicas da Rede Sem Fronteiras

Anna Amelia

descrição: Quartas Públicas da Rede Sem Fronteiras

Anna Amelia e Laura Constância

descrição: 2022 - Poema

Multi Rio 30 Anos

descrição: Anna Amélia: a poetisa apaixonada por futebol

Anexos


Anna Amelia & Barbara Heliodora

Todomundo - Tradução do auto sacro medieval do século XV, de autor inglês desconhecido, tradução de Anna Amelia de Queiroz Carneiro de Mendonça, encenado na igreja Matriz da Glória no Largo do Machado, durante a Semana Santa, abril de 1959, direção de Barbara Heliodora, figurinos de Marie Louise Nery e Dirceu Nery, cenário de Joel de Carvalho, com o seguinte elenco:
Ana Maria Magnus, Glauce Rocha, Jacqueline Laurence, Ivan Candido, Fernando José, Joel de Carvalho, Luiz Oswaldo, Oswaldo Neiva e Paulo Serrano.

Anna Amelia & Barbara Heliodora

Todomundo - auto sacro medieval do século XV, de autor inglês desconhecido, tradução de Anna Amelia de Queiroz Carneiro de Mendonça, encenado na igreja Matriz da Glória no Largo do Machado, durante a Semana Santa, abril de 1959, direção de Barbara Heliodora, figurinos de Marie Louise Nery e Dirceu Nery, cenário de Joel de Carvalho, com o seguinte elenco:
Ana Maria Magnus, Glauce Rocha, Jacqueline Laurence, Ivan Candido, Fernando José, Joel de Carvalho, Luiz Oswaldo, Oswaldo Neiva e Paulo Serrano.
Notas da direção do espetáculo.

Anna Amelia & Marcos

1935 - Resumo da viagem de Zeppelin e as entrevistas concedidas por Anna Amelia durante o trajeto, gentilmente criado e cedido por Pedro Auler.

Álbuns


Anna Amelia



64 fotografias.

Anna Amelia & Laly



26 fotografias.

Anna Amelia & Marcos



29 fotografias.

Anna Amelia & Marcos - 1967 Bodas de Ouro

Bodas de Ouro de Anna Amelia e Marcos. Reunião da família pela manhã e algumas fotos da recepção à noite no dia 17 de dezembro de 1967.

9 fotografias.






Anna Amelia - Traduções Todomundo

A tradução completa da peça está na opção: ANEXOS / ARQUIVOS

4 fotografias.





Residências - Cosme Velho - a casa

A casa da rua Cosme Velho, 233 depois 857 foi mandada construir por José Borges da Costa.

71 fotografias.



Residências - Marques de Abrantes - a casa

Rua Marquês de Abrantes, 189 - Casa para onde se mudaram Laura Machado Queiroz, após a morte de seu marido José Joaquim de Queiroz Junior, suas filhas Anna Amelia e o marido Marcos Carneiro de Mendonça e a filha nascida em 1918 Marcia, Laura Margarida (Laly), Maria José (Jujuca), e as irmãs de Laura, Margarida, Maria Luiza e América.

25 fotografias.


Túnel Rebouças - construção e impacto na casa do Cosme Velho

A construção do Túnel Rebouças, no Rio de Janeiro, afetou muito o dia-a-dia da família Carneiro de Mendonça, residente na última casa antes do canteiro de obras, de lado esquerdo de quem sobe a rua Cosme Velho.
Pelo menos três vezes por dia soava o alarme de 3 apitos, antes de ser acionada a dinamitação, e nessa hora todos da casa deviam se afastar dos quartos que davam para o canteiro de obras, pois as pedras soltas invariavelmente quebravam os vidros e caiam dentro de casa. Após cada explosão, um funcionário da obra visitava a casa, anotava e media todas as janelas quebradas e providenciava a troca dos vidros, que em alguns casos só duravam 1 dia. Numa dessas ocasiões, uma pedra de uns 80 ou 90 cm de diâmetro, atravessou as telhas, o sótão e caiu amparada somente pela malha de ferro do concreto armado, no teto do segundo andar, em cima da escada. Uma sorte ela não ter passado dali, nem atingido ninguém.

9 fotografias.

Usina Esperança (Queiroz Jr.) & Gagé e Bonga

Com a morte do Engenheiro José Joaquim de Queiroz Junior, o nome da Usina Esperança passou a ser Usina Queiroz Jr., no entanto, em família, sempre nos referimos a ela somente como: Usina, ou Esperança ou Usina Esperança.

166 fotografias.

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