Árvore genealógica de Octávio Tarquínio de Souza


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Octávio Tarquínio de Souza
07-09-1889 - Rio de Janeiro (RJ) (Brasil)
 † 22-12-1959 - Rio de Janeiro (RJ) (Brasil)
(idade: 70 anos)
 
CÔNJUGE(s)
Lucia Vera Miguel Pereira
12-12-1901 - Barbacena (MG) (Brasil)
 †  22-12-1959 - Rio de Janeiro (RJ) (Brasil)


   NOTAS


Livro: Os Carneiro de Mendonça

- Historiador, escritor. 

- Formou-se em direito, iniciou a sua vida profissional como funcionário dos Correios e a encerrou como Ministro do Tribunal de Contas.  

- Sua carreira de historiador teve início em 1931, com o estudo A Mentalidade da Constituinte. Foi diretor da Coleção Documentos Brasileiros, da Livraria José Olympio, do número 19 ao número 110, coleção que, com sua morte, passou a ser dirigida por seu amigo Afonso Arinos de Melo Franco. Dirigiu a Revista do Brasil, entre 1938 e 1943, e colaborou, ainda em vários jornais como A Noite, O País, Estado de São Paulo e Tribuna da Imprensa.

Publicações

História dos fundadores do Império do Brasil - 10 volumes reunidos em 1957:

  Bernardo Pereira de Vasconcelos e seu tempo, 1937

  Diogo Antônio Feijó, 1942

  José Bonifácio, 1945

  A vida de D. Pedro I, 1952

  Evaristo da Veiga 

  Três golpes de Estado

  Fatos e personagens em torno de um regime

História de dois golpes de Estado, 1939

Tradução em prosa

Rubáiyát, de Omar Kháyyám, Ed José Olympio, 1944. 

Em 1957, Antonio Candido escreveu sobre José Bonifácio, o primeiro volume da História dos Fundadores do Império do Brasil: "Octavio Tarquinio de Sousa vem transformando a biografia histórica no Brasil em um gênero excepcionalmente fecundo para a interpretação do passado. Ninguém, mais do que ele, conseguiu dar firmeza e dignidade a esse gênero (...).  O amor com que o autor constrói os seus biografados (ia escrevendo seus personagens) não precisa de parcialidade para ser fecundo.  Quando fiz a resenha do Feijó, lembro-me de ter acentuado a franqueza com que, a par das qualidades, arrola e estuda os defeitos e falhas do grande homem, sem com isso diminuí-lo, antes tornando-o maior, fazendo mais dramático o seu destino e mais valiosas as conquistas sobre ele. O José Bonifácio vai ainda mais longe nessa impascialidade e, no entanto, duvido que o velho Patriarca tenha jamais conseguido um perfil tão rico e nobilitante."

Em artigo de 10 jan 1960, depois recolhido em Companheiros de viagem (Ed José Olympuo, 1971), escreveu Alceu de Amoroso Lima: "Poderia imaginar todas as mortes para Octavio e Lúcia, menos essa que veio santificar uma vida de reciprocidade no amor pelos esponsais do sangue. Tiveram a morte que gostariam de ter, sem precisarem esperar um pelo outro, que é o grange drama da separação na partida,

Partiram juntos, mas através  de um vendaval de fogo e ranger de ferros, que foi uma contradição abrupta com a vida de ambos.  Vida de paz, de mansidão, de estudo, de recolhimento. (...) Se procurarmos o laço literário que uniu esse casal de Abelardo e Heloísa de nossas letra modernas, poderíamos talvez falar em objetividade e honestidade no espírito e naturalidade na expressão.  Ambos evocaram o nosso passado histórico, no plano dos fatos políticos como no plano dos fatos literários, com uma preocupação de fidelidade a esses fatos, que representa um exemplo para todos os historiadores."

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