Árvore genealógica de Antonio Carlos Lafayette de Andrada


avós
paternos
- + -
PAI
José Bonifácio de Andrada e Silva III (Embaixador)
29-09-1871 - Barbacena (MG) (Brasil)
 †  24-02-1954 - Rio de Janeiro (RJ) (Brasil)
avós
maternos
- + -
MÃE
Corina Lafayette Pereira
07-02-1878 - Rio de Janeiro (RJ) (Brasil)
 †  04-09-1972 - Rio de Janeiro (RJ) (Brasil)

IRMÃO(s)
Antonio Carlos Lafayette de Andrada
1900

Antonio Carlos Lafayette de Andrada
23-03-1900 - Barbacena (MG) (Brasil)
 † 09-12-1974 - Rio de Janeiro (RJ) (Brasil)
(idade: 74 anos)
 
CÔNJUGE(s)
Maria Hilda Tolentino Diniz
- Barbacena (MG) (Brasil)

FILHO(s) de Antonio Carlos Lafayette de Andrada e Maria Hilda Tolentino Diniz
José Bonifácio Diniz de Andrada Sobrinho
05-01-1928 - Rio de Janeiro (RJ) (Brasil) . † 30-06-2003 - Rio de Janeiro (RJ) (Brasil) [idade: 75 anos]
Henrique Augusto Diniz de Andrada
1930 - Rio de Janeiro (RJ) (Brasil)

   NOTAS


Livro: Os Carneiro de Mendonça

- Realizou os estudos secundários no Colégio Santo Inácio e no Colégio Militar de Barbacena, recebendo o título de Agrimensor em 1918. Ingressou na Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, onde bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais em 1923. 

- Exerceu a advocacia, o jornalismo e o magistério. 

- Como Secretário da Embaixada do Brasil, participou das comemorações da Batalha de Ayacucho, no Peru, 1924. 

- Foi Curador de Acidentes do Trabalho, 1925-1934.  

- Ingressando na Magistratura, ocupou os cargos de Juiz de Direito da 7ª Vara Criminal, 1934 e da 2ª Vara de órfãos e Sucessões, 1940. Promovido a Desembargador do Tribunal de Apelação do antigo Distrito Federal, 1943, integrou a 2ª Câmara Criminal, 1943 e a 3ª Câmara Cível, 1944. 

- Nomeado pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal, participou, como Juiz, do Tribunal Superior Eleitoral. 1945. Por decreto de 1 nov 1945 do Presidente José Linhares, foi nomeado Ministro do Supremo Tribunal Federal na vaga decorrente da aposentadoria do Ministro Eduardo Espinola, e tomou posse no cargo em 8 do mesmo mês. Escolhido Juiz Substituto do Tribunal Superior Eleitoral (1946), foi reconduzido em caráter efetivo, exercendo a Vice-Presidência (1946-1947) e a Presidência daquele órgão, 1947-1950. Eleito Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal, em 23 jan 1957, em virtude da aposentadoria do Ministro Edgard Costa, foi reeleito em 21 jan 1959. Exerceu a Presidência da Corte de 29 jan 1962 a 10 dez 1963. 

- Foi aposentado por decreto de 3 fev 1969. O Supremo Tribunal Federal prestou-lhe homenagem em sessão de 5 fev do mesmo ano, quando falou em nome da Corte o Presidente em exercício, Ministro Luiz Gallotti; pela Procuradoria-Geral da República, o Dr. Décio Miranda; e, pela Ordem dos Advogados do Brasil, Seção do Distrito Federal, o Prof. Francisco Manoel Xavier de Albuquerque. A vaga não foi preenchida em face do Ato Institucional nº 6, de 1 fev 1969, que reduziu de 16 para 11 o número de Ministros, restabelecendo a composição anterior ao Ato Institucional nº 2, de 27 out 1965. 

- Pertenceu à Comissão Permanente do Livro do Mérito e ao Conselho da Ordem Nacional do Mérito; ao Instituto Histórico de Ouro Preto; ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro; ao Instituto Genealógico Brasileiro; à Sociedade Brasileira de Direito Internacional; à Sociedade Brasileira de Direito Aeronáutico e Academia Tiberina de Roma, Itália. 

- Foi Provedor da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro; Vice-Provedor da Venerável Ordem Terceira dos Mínimos de São Francisco de Paula; Provedor da Santa Casa de Misericórdia de Barbacena, MG; Presidente da Ordem de Malta, no Rio de Janeiro; membro da Sociedade Amante da Instrução; da Venerável Irmandade do Príncipe dos Apóstolos de São Pedro e São Paulo; do Patronato dos Menores Abandonados; da Fundação Athaulpho de Paiva; da Real Muy Ilustre e Venerável Arquiconfraria do Preciosíssimo Sangue de N.S. Jesus Cristo (Murcia - Espanha); da Instituição Visconde Ferreira d'Almeida; da Cruzada Nacional contra a Tuberculose; da Cruz Vermelha Brasileira e da Sociedade de Amparo aos Psicopatas. Participou do 1º Congresso Jurídico Nacional, presidiu a Comissão de Reforma da Lei de Acidentes do Trabalho, 1943 e fez parte da Comissão Elaboradora da Lei Eleitoral, 1945. 

- Foi agraciado com as seguintes condecorações, títulos e medalhas: Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito, Brasil; Grã-Cruz da Ordem de São Carlos, Colômbia; Grã-Cruz da Ordem Militar e Hospitalar de São Lázaro de Jerusalém; Grã-Cruz da Ordem do Mérito Militar; Grã-Cruz da Ordem de Rio Branco; Grande Oficial da Ordem do Mérito Aeronáutico; Grande Oficial da Ordem do Mérito Naval; Grande Oficial da Ordem Eqüestre de São Silvestre, Vaticano; Comendador da Ordem do Santo Sepulcro; Donato de 1ª classe da Ordem de Malta; medalhas Cinqüentenário da República; Pacificador; Guerra; Barão do Rio Branco; Rui Barbosa; Marechal Thaumaturgo de Azevedo; Marechal Caetano de Faria; Marechal Souza Aguiar; Padre Anchieta; Mérito Santos Dumont; Alta Distinção da Ordem do Mérito Jurídico-Militar; Princesa Leopoldina; Cruz Vermelha Brasileira; Sílvio Romero; Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras; Mérito, no grau de colaborador, do Ministério do Trabalho; Clóvis Bevilacqua; comemorativa do Cinqüentenário do 1º Vôo do Mais Pesado que o Ar; Isabel, A Redentora; Juan Henriques Dumont (Cruz Vermelha Espanhola); Palmas Acadêmicas da The American International Academy e a Cruz do Mérito Judiciário.

- Teve inúmeras decisões, como Juiz de Direito, Desembargador e Ministro do Supremo Tribunal Federal, publicadas em revistas especializadas.

Ascendência

- seu pai foi o Embaixador José Bonifácio de Andrada e Silva III, diplomata, bacharel em direito pela Universidade de São Paulo em 4 maio 1892, professor, catedrátido do Ginásio Mineiro de Barbacena.  Vereador nesta mesma cidade.  Deputado estadual e federal em várias legislaturas. Embaixador Extraordinário do Brasil nas festas do centenário de Ayacucho no Peru. Membro de várias sociedades científicas, históricas, beneficentes, entre elas do Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro e de Lisboa.  Autor de obras históricas, orador e jornalista.  Embaixador do Brasil em Portugal, Argentina e Santa Sé. Foi condecorado pelos governos do Peru com a Grã-Cruz da Ordem do Sol, de Portugal com a Grã-Cruz da Ordem de Cristo e da Bolívia com a Grã-Cruz da Ordem do Condor dos Andes e com as Palmas de Ouro, primeira classe, da Academia de Ciências de Lisboa e a Grã-Cruz da Santa Sé.

- np. Antonio Carlos Ribeiro de Andrada III (*3 mar 1836 Santos, SP †26 dez 1893 Barbacena, MG) cc. Adelaide Coelho Lima Duarte.

- bpp. Martim Francisco Ribeiro de Andrada I (*27 jun 1775 †23 fev 1844 ambos em Santos, SP) c. 15 nov 1820 c. sua sobrinha Gabriela Frederica Ribeiro de Andrada, filha de seu irmão. Presidente da Câmara dos Deputados e ministro da fazenda do Império do Brasil. Não foi tão célebre quanto seu irmão José Bonifácio de Andrada e Silva, mas foi figura de importância na política do Brasil. Graduado em Filosofia e Matemática pela Universidade de Coimbra em 27 jul 1798. Conselheiro Martim Francisco, como ficou conhecido, com seu outro irmão Antônio Carlos Ribeiro de Andrada Machado e Silva, também graduado em Filosofia em Coimbra em 18 jun 1796, e José Bonifácio, formaram a grande trindade dos Andrada com enorme importância política nos primeiros anos do Brasil livre. Foi membro da Assembléia Constituinte em 1823 por São Paulo e pela mesma província deputado de 1836 a 1842, representou Minas Gerais na Câmara dos Deputados na legislatura de 1830 a 1833. Preso e exilado por ocasião da dissolução da Assembléia, asilou-se na França (Bordéus), retornou em 1829. Financista, foi ministro da Fazenda no Primeiro Império no chamado Gabinete dos Andradas (1822) e o primeiro ministro da Fazenda do Segundo Império no Gabinete da Maioridade, 1840, no ministério deu execução a uma política econômica nacionalista e mostrou-se inimigo de empréstimos externos. Integrava o Conselho do Imperador. Dentre outras, deixou obras escritas sobre mineralogia e uma Memória sobre estatística.

- por seu b. Martim Francisco Ribeiro de Andrada, t. Bonifácio José Ribeiro de Andrada (*14 maio 1726 †16 set 1789 ambos em Santos, SP) cc. Maria Barbara da Silva (*27 ago 1740 †22 ago 1821 ambos em Santos, SP).

- por sua b. Gabriela Ribeiro de Andrada, t. José Bonifácio de Andrada e Silva, o Patriarca (*13 jun 1763 Santos, SP †6 abr 1838 Niterói, RJ) c. 1790-1793 em Portugal c. Narcisa Emilia O'Leary (*a. 1776 Irlanda †27 jul 1829)

José Bonifácio, conhecido como o Patriarca da Independência, teve papel fundamental na preparação e consolidação da Independência do Brasil. Sua família era uma das mais ricas e importantes da cidade de Santos. Aos 21 anos partiu para estudar na Universidade de Coimbra, onde se especializou em Mineralogia. Já em 1822, quando ocupava o cargo de ministro de D. Pedro I, era chamado por seus partidários de "Pai da Pátria", "Timoneiro da Independência", "o Patriarca".  Foi ministro do Reino e dos Negócios Estrangeiros de jan 1822 a jul 1823. De início, colocou-se em apoio à regência de D. Pedro de Alcântara. Proclamada a Independência, organizou a ação militar contra os focos de resistência à separação de Portugal, e comandou uma política centralizadora. Durante os debates da Assembléia Constituinte, deu-se o rompimento dele e de seus irmãos Martim Francisco Ribeiro de Andrada e Antônio Carlos Ribeiro de Andrada Machado e Silva com o Imperador. Em 16 jul 1823, D. Pedro I demitiu o ministério e José Bonifácio passou à oposição. Após o fechamento da Constituinte, em 11 nov 1823, José Bonifácio foi banido e se exilou na França por seis anos. De volta ao Brasil, e reconciliado com o Imperador, assumiu a tutoria de seu filho quando Pedro I abdicou, em 1831. Permaneceu como tutor do futuro imperador até 1833, quando foi demitido pelo governo da Regência.

- bpm. Comendador Feliciano Coelho Duarte.

- nm. Conselheiro Lafayette Rodrigues Pereira, advogado, jornalista, jurista, orador, político, senador, ministro e conselheiro de estado no reinado do Imperador D. Pedro II, eleito para a cadeira 23 da Academia Brasileira de Letras na sucessão de Machado de Assis, tomou posse em 3 set 1910 (*28 mar 1834 Queluz, MG †27 jan 1917 Rio de Janeiro, RJ) cc. Francisca de Freitas Coutinho (*10 mar 1851 RS †10 jul 1901 Rio de Janeiro, RJ).

- bmp. Coronel Antonio Rodrigues Pereira, Barão de Pouso Alegre, por decreto de 15 jun 1881, fazendeiro em Queluz, MG (†22 dez 1883) cc. Clara de Lima (*Congonhas do Campo, MG).

- por seu b. Antonio Rodrigues Pereira, t. Tenente Felisberto da Costa Pereira cc. Eufrásia Rodrigues Milagres.

- bmm. José Julio de Freitas Coutinho cc. Francisca de Paula Marcondes de Brito Pereira de Freitas.

Referências


ANUÁRIO GENEALÓGICO BRASILEIRO, Salvador Moya, Vol. I, São Paulo

  • pp. 233 a 244

  • ANUÁRIO GENEALÓGICO BRASILEIRO, Salvador Moya, Vol. II, São Paulo, 1940

  • pp. 267 a 281

  • ANUÁRIO GENEALÓGICO BRASILEIRO, Salvador Moya, Vol. III, São Paulo, 1941

  • pp. 294 a 296

  • DICIONÁRIO BIBLIOGRÁFICO BRASILEIRO - V.A. Sacramento Blake, Vols I, II, III, IV, V, VI e VII - 1895 - reedição de 1970

  • Volume VI - p. 244

  • OS NOBRES DO BRASIL - 2ª Edição - Fernando Carvalho Neto, 1990, São Paulo, SP

  • p. 90

  • RAÍZES MINEIRAS E CEARENSES - Waldemar Alves Pequeno, Belo Horizonte, MG, 1971

  • pp. 45 a 102

  • REVISTA DO INSTITUTO GENEALÓGICO DA BAHIA, ano XVIII, nº 18, Salvador, BA, 1972

  • p. 189

  • VELHOS TRONCOS MINEIROS, Vol. 1, Cônego Raymundo Octávio da Trindade, Empresa Gráfica da Revista dos Tribunais Ltda., 1955, São Paulo (Coleção Vera Lanari)

  • pp. 26, 28, 31, 42, 44, 51, 52, 59, 83, 90, 151

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